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Segundo o Diário Económico, a Educação e a Ciência vão ser os ministérios mais beneficiados no próximo orçamento, no que diz respeito a despesas de funcionamento:
Curiosamente, o mesmo jornal assinala que: «nos dez ministérios em causa (Negócios Estrangeiros, Administração Interna, Justiça, Economia, Obras Públicas, Trabalho e Segurança Social, Saúde, Educação, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Cultura), regista-se um aumento médio das despesas de investimento na ordem dos 4,1%. Quanto às despesas de funcionamento, estas ficam praticamente inalteradas, subindo uns meros 0,1%.»
Significa isto que o ministério da Educação tem um aumento muito superior à média, no que diz respeito a despesas de funcionamento e um pouco inferior à média, no que concerne às despesas de investimento.
Como devemos interpretar este facto?
Quanto às despesas de funcionamento, como bem assinalou o Paulo Guinote, uma parcela destina-se a repor parte do dinheiro que foi furtado aos professores ao longo da legislatura: «a necessidade óbvia de finalmente ser necessário pagar ao fim de 4 anos reais de suspensão (os do congelamento conjugados com a dilatação dos novos escalões) a progressão de alguns professores, só tem uma vantagem: demonstra que até 2009 o Ensino não foi uma prioridade nos Orçamentos de Estado.»
Mas, e para onde vai a parcela restante?
Talvez para as despesas com o funcionamento do modelo de avaliação (horas de redução da componente lectiva aos avaliadores e quem sabe se alguns incentivos monetários)?
Talvez para pagar aos novos directores e seus adjuntos?
Talvez para mais alguns prémios a distribuir por alunos e professores que mais brilhantemente acatem as orientações do ministério?
Ou, quem sabe se para, a coberto da transferência de competências para as autarquias, fazer uma distribuição de verbas condizente com o empenhamento que os autarcas mostrem em relação ao projecto Rosa 2009/2013.
Mas isto sou eu a falar, que tenho mau feitio e vejo sempre gigantes onde apenas há moinhos de vento.