Etiquetas
… acabando nos braços um do outro
31 Segunda-feira Maio 2010
Posted a bem da nação
inEtiquetas
… acabando nos braços um do outro
31 Segunda-feira Maio 2010
Posted educação, escola pública
inEtiquetas
Já estão nos Caminhos da Escola mais dois textos que remetem para alguma da investigação que se faz em Portugal e na Europa, sobre Acção Pública, Conhecimento e Decisão Política.
31 Segunda-feira Maio 2010
Posted a mim não me enganas tu
inEtiquetas
Uma das bandeiras frequentemente agitadas pelos especialistas da luta contra a “hegemonia do PC nos sindicatos” é a de que se assiste a uma perda de representatividade da FENPROF no seio dos professores.
O assunto foi até tema de notícia de 1ª página do DN, durante o X congresso desta federação de professores e foi, pressurosamente, recuperado por alguns blogues e seus comentadeiros.
A propósito de uma espécie de polémica, que aqui ocorreu ontem, fui à procura de imagens do 8 de Março, duas das quais publiquei.
Depois fiquei a matutar: mas se é verdade que o apoio “aos sindicatos” tem vindo a diminuir, com tantas “dessindicalizações” como para aí se apregoa, e ao mesmo tempo os movimentos se revigoraram e se constituíram em pólos aglutinadores do sentir dos professores, onde estariam aquelas centenas de t-shirts pretas das fotos que publiquei, durante a manifestação do último sábado.
Do MUP reconheci o Ilídio, com quem estive à conversa. Da Apede encontrei o Ricardo, o António, a Isabel e o Zé Filipe, com quem também desci um troço da avenida, falando sobre escola e políticas de educação. Os outros, se estiveram lá não se deu por eles, porque engrossavam a presença dos sindicatos da FENPROF.
Daí que me fique a dúvida? Está tudo bem com os professores, ou quem desceu a avenida em Março de 2008, sob as faixas dos movimentos, já não está para seguir os apelos dos seus dirigentes?
30 Domingo Maio 2010
Posted ambiguidade
inEtiquetas
Sobre a existência ou não de uma agenda dos media, no caso da luta que se travou entre professores e governo, há quem negue a sua existência pura e simples, há quem relativize a sua importância por achar que a mediatização da luta foi a única questão verdadeiramente importante e há quem, como eu, procure analisar os motivos que levaram a que, alguns jornalistas primeiro, e parte significativa da opinião publicada depois, tivessem mudado de campo e passassem a considerar menos positiva a acção de Maria de Lurdes Rodrigues.
30 Domingo Maio 2010
Posted acção pública
inEtiquetas
Está disponível nos Caminhos da Escola:
Pierre Lascoumes e Patrick Le Galès são investigadores do Centre d’études européennes. Na sua obra Gouverner par les Instruments abordam a temática da acção pública e da sua instrumentação, situando-nos relativamente ao conhecimento disponível no campo da sociologia do Estado e na forma como esta aborda a questão dos instrumentos da acção pública.
Estes investigadores consideram que a nova governança tem como preocupação central a resolução de problemas e não as questões de poder e de legitimidade.
Para o conseguir, os detentores do poder recorrem a uma despolitização das questões fundamentalmente políticas, criando um consenso mínimo de reforma, que se apoia numa aparente neutralidade de instrumentos, apresentados como modernos, e cujos efeitos se farão sentir a prazo… ler mais
30 Domingo Maio 2010
Posted (in)verdades
inEtiquetas
O Mário Machaqueiro resolveu escrever um longo comentário num post mais abaixo, em que me faz várias acusações de falta de carácter, a ponto de se vangloriar do facto de se ter recusado a aceitar o cumprimento que lhe dirigi, na sexta-feira à noite.
Há gente que de tão pura e imaculada, não admite misturar-se com raças menores, mas isso é problema bem conhecido, que a história do século XX europeu bem documenta.
Sei bem que a história, mesmo com todo o aparato científico de que procura munir-se, nunca é mais do que a interpretação que alguém faz de factos ocorridos no passado, à luz do conhecimento que constrói sobre eles, com base nos relatos de quem os viveu. Os limites da objectividade histórica são o que são e cada um dos intérpretes faz a leitura do que viveu de acordo com as suas subjectividades.
O Mário, que dedicou bons anos da sua vida a fazer uma leitura da revolução soviética de 1917, está há muito convencido de que eu sou um perigoso e empedernido estalinista. Não é o único, mas no seu caso a fixação atinge as raias do absurdo. Daí achar que torço e retorço os factos que ele conta de forma diferente da versão que eu vivi.
Recuando uns dias antes do 8 de Março de 2008, a minha verdade é que se encontraram no Centro Comercial Colombo 6 ou 7 professores que tinham estado na semana anterior na reunião das Caldas da Rainha. Eu era um deles e o Mário outro. A agenda da reunião tinha um ponto: decidir da participação ou não, na manifestação de dia 8, da associação formada (informalmente, é certo) na tal reunião das Caldas.
O grupo decidiu maioritariamente pela participação, com grande entusiasmo do núcleo da escola D. Carlos de Sintra, representado por dois ou três professores. O representante de Montelavar e Ericeira também apoiou e disponibilizou-se para conseguir as t-shirts que envergaríamos durante a manifestação. Pela minha parte comprometi-me a mobilizar professores da Amadora e Odivelas. O Mário e quem o acompanhava, ficando em minoria, não garantiram a sua presença e muito menos se propuseram mobilizar quem quer que fosse nas respectivas escolas.
No dia 8 de Março de 2008, os professores da escola D. Carlos de Sintra compareceram em força, trajando de negro e trazendo as faixas identificativas. De Montelavar, Ericeira, Amadora, Odivelas, Minho e Douro compareceu também muita gente, todos envergando as t-shirts que nos identificavam. Todos não, por que houve gente que não se sentia suficientemente à vontade para se misturar com os outros considerando o luto um folclore demasiado popularucho, como se pode constatar nas fotos abaixo.
30 Domingo Maio 2010
Posted educação, escola pública
inEtiquetas
Dei início, aqui, a um outro projecto de escrita sobre escola e educação.
A ideia é mudar o registo da escrita, embora não esteja no horizonte o encerramento destas (re)flexões.
Se por um lado pretendo fazer uma ligação maior a outros trabalhos que tenho em curso, o combate que envolve uma dimensão mais mediática, corporizado neste blogue, continua suficientemente actual para justificar a permanência e um trabalho de escrita menos elaborada e mais guerreira.
Rumo ao mesmo objectivo: a defesa de uma concepção de Escola Pública de Qualidade para Tod@s, contra a elitização e contra a escola-instrumento, ao serviço exclusivo das necessidades da globalização hegemónica.
30 Domingo Maio 2010
Etiquetas
Chegados aqui, com um governante cuja credibilidade se arrasta pela lama, tanto em Portugal como no estrangeiro, o que espera o senhor presidente da república para remover a mentira de cargo de tão elevada responsabilidade?
29 Sábado Maio 2010
Posted certificação
inEtiquetas
Na mesa da polémica, organizada pelo BE, O Paulo Guinote esclareceu os presentes sobre o início da intervenção pública (blogosférica) dos professores, a propósito do combate às políticas de Sócrates.
Como na altura ficaram dúvidas, que em casa posso esclarecer por ter registo dos primeiros posts dos blogues conotados com a “blogosfera docente”, incluindo blogues de professores não dedicados especificamente à Luta dos Professores, aqui vai o registo:
Para que não fiquem “macaquinhos” na cabeça de algumas almas mais sensíveis, entre os professores que lutam na blogosfera, devo esclarecer que estes são dados recolhidos no âmbito de um trabalho académico, e que o ficheiro de onde foram retirados contém apenas as referências agora disponibilizadas e o conteúdo dos respectivos posts, não fazendo parte do trabalho construir uma base de dados com todos os posts, ou que inclua qualquer tipo de comentários que suscitaram.
Alguns destes blogues só muito esporadicamente afloraram questões relacionadas com o ECD, a ADD ou a Gestão Escolar. No período a que se reporta o estudo, entre 2005 e Dezembro de 2008, foram criados mais alguns blogues de professores, mas cuja temática não se inclui no campo da acção pública em torno das políticas educativas, pelo que não estão aqui incluídos. O ficheiro foi criado por mim em: sexta-feira, 6 de Novembro de 2009, 15:10:26
Incluo neste registo o conteúdo do 1º post do Paulo Guinote por me ter parecido que ele referiu que a sua aparição blogosférica teria sido em 30 de Maio e não 30 de Novembro de 2005. Mas fui eu que percebi mal, quase de certeza.
29 Sábado Maio 2010
Etiquetas
Assisti ontem, ao fim da tarde, a mais uma excelente conferência do Professor Licínio Lima, da UMinho.
No seu estilo claro, rigoroso e comprometido com uma visão do mundo que assenta na democracia e nos direitos dos cidadãos, LL fez uma análise das políticas públicas de educação contemporâneas em 5 tópicos:
Ao longo destes cinco tópicos LL explicou ao presentes como funcionam os novos instrumentos de regulação das políticas públicas, qual o papel da despolitização desses instrumentos de governança na acção pública e como a utilização da soft-regulation, através de constrangimentos, directivas, processos, acaba por se tornar muito mais eficaz do que a utilização da velha regulação através da injunção e do normativismo legal.
Resumindo, uma conferência que teria sido muito útil a quem se entretém a falar sobre as “evidências”, nomeadamente as que nos são servidas diariamente pelos OCS, sem perceber exactamente o que está para além dessas evidências.
Depois de jantar assisti também à anunciada “mesa da polémica”, entre as duas federações sindicais que representam um número significativo de professores portugueses e os movimentos (colectivos e individuais) de professores.
Excelentes intervenções dos dois dirigentes sindicais, enunciando de forma clara o que foi o trabalho das duas organizações ao longo dos consulados de Sócrates. Intervenções na linha do expectável dos quatro representantes dos movimentos de professores (quatro não é gralha). Faltou, eventualmente por dificuldade em se deslocar a Lisboa, o representante do quinto movimento, o que foi pena já que poderia ter esclarecido o que se passou com uma manifestação fantasma, à porta do ME.
Francisco Almeida, coordenador do SPRC e membro do secretariado da FENPROF, foi uma demolidora surpresa para quem o tinha publicamente menosprezado. E não serão, certamente, manobras de diversão de última hora que põe em causa a prova empírica que pode produzir de que, em alguns blogues, se produz um discurso claramente anti-sindical e muitas vezes clinicamente e cinicamente dirigido contra a FENPROF.
Muito instrutivo foi ter ouvido um dos fundadores da Apede afirmar que os sindicatos de professores deveriam desrespeitar a ordem constitucional, retirando ao presidente da república o direito a utilizar o prazo constitucional que tem para apreciar os diplomas que lhe são apresentados para promulgação. Instrutivo por demonstrar o grau de responsabilidade deste tipo de personagem, sobretudo vindo de quem não se cansa de arremessar contra os adversários o argumento dos regimes totalitários que “até apagavam fotografias de agentes que se tornavam incómodos”.
Uma última nota para a representante do MEP, que ao assumir que os movimentos presentes naquela mesa não representavam só professores, incluindo outros actores do quotidiano escolar entre os seus membros, deveria ter precisado que isso só é verdade em relação ao MEP, já que os outros movimentos são, assumidamente e desde antes da sua fundação, contrários a misturas de cadernos reivindicativos entre professores, pais e alunos.