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Category Archives: cooperação

A margem de liberdade dos actores

07 Domingo Fev 2010

Posted by fjsantos in burocracia, cooperação

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acção organizada, actores e lógicas de acção

O último comentário do Mário Machaqueiro, no qual ele declara a impossibilidade de mudar o que considera errado nos sindicatos e nos partidos, fez-me recordar leituras já com algum tempo, que creio que ele também conhecerá.

Refiro-me a um clássico da sociologia das organizações e da sociologia da acção colectiva – O Actor e o Sistema, de Crozier e Friedberg.

L’acteur et sa stratégie

Nous vivons généralement avec une image tout à fait fausse de l’action organisée. Nous surévaluons beaucoup trop la rationalité du fonctionnement des organisations. Cela nous conduit, d’une part, à admirer inconsidérablement leur efficacité ou, au moins, à croire qu’elle va de soi et, d’autre part, à manifester des craintes tout à fait exagérées devant la menace d’oppression qu’elles feraient peser sur les hommes. Les comparaisons qui nous viennent à l’esprit sont de type mécanique. Organisation évoque avant tout un ensemble de rouages compliqués, mais parfaitement agencés. Cette horlogerie semble admirable tant qu’on l’examine seulement sous l’angle du résultat à obtenir : le produit qui tombe en bout de chaine. Elle change en revanche radicalement de signification si on découvre que ces rouages sont constitués par des hommes. Elle devient alors le cauchemar des « temps modernes ».

Malgré certains efforts de visionnaires acharnés à réaliser leurs rêves technocratiques, la réalité n’a jamais approché même de très loin de cette fiction. Toutes les analyses un

peu poussées de la vie réelle d’une organisation ont révélé à quel point les comportements humains pouvaient y demeurer complexes et combien ils échappaient au modèle simpliste d’une coordination mécanique ou d’un déterminisme simple.

La raison première de cet écart entre la réalité et la théorie, c’est que, même dans les situations les plus extrêmes, l’homme garde toujours un minimum de liberté et qu’il ne peut s’empêcher de l’utiliser pour «battre le système».

On peut, il est vrai, tout en reconnaissant l’existence de ces pratiques, les considérer comme des exceptions que le système peut tolérer para; qu’elles ne mettent pas en question son efficacité et n’atténuent que très marginalement son caractère oppressif. Mais cette position trop facile n’est pas défendable. Si les hommes sont capables de battre le système même dans les situations les plus extrêmes comment se fait-il qu’ils se laissent dominer par lui dans des situations beaucoup moins contraignantes? Peut-on soutenir sérieusement que les effets de la manipulation et du conditionnement sont beaucoup plus puissants que ceux de la contrainte? Toutes les études confirment au contraire ce que le bon sens suggère, à savoir que le conditionnement n’a d’impact véritable que s’il s’ajoute à la contrainte. Il ne peut lui servir de substitut.

Dans toutes les organisations non totalitaires au moins, les acteurs utilisent en fait leur marge de liberté de façon si extensive qu’il n’est pas possible de considérer leurs arrangements particuliers comme de simples exceptions au modèle rationnel. Pour ne prendre qu’un exemple très simple, la conduite d’un individu face à ses supérieurs hiérarchiques au sein d’une organisation ne correspond absolument pas à un modèle simple d’obéissance et de conformisme, même tempéré par la résistance passive. Elle est le résultat d’une négociation et elle est en même temps un acte de négociation. Certes, l’autonomie du subordonné dans son travail et les traditions techniques et sociales de son métier, parce qu’elles déterminent largement la possibilité qu’on a non seulement de le remplacer, mais aussi de connaitre la nature exacte des problèmes qu’il a à résoudre, donc de le contrôler, définissent de façon relativement étroite le champ de cette négociation. Mais la conduite du subordonné sera aussi fonction des possibilités qui s’offrent à lui de se coaliser avec ses collègues et de mobiliser ainsi leur solidarité. Elle dépendra en même temps de sa capacité à tirer de ces divers éléments et, plus particulièrement, de sa capacité à construire ses rapports avec autrui, à communiquer, à nouer et à renverser des alliances et, plus profondément peut-être, à supporter les tensions psychologiques qu’entraine nécessairement tout risque de conflit.

Elle dépendra enfin et surtout du choix qu’il fera du meilleur parti à prendre à partir d’une connaissance intuitive de tous ces éléments. Même dans ces situations de dépendance et de contrainte, non seulement les hommes ne s’adaptent donc pas passivement aux circonstances, mais ils sont capables de jouer sur elles et ils les utilisent beaucoup plus souvent qu’on ne croit de façon active. Ainsi telle regle ou telle prescription formelle qui apparaissent d’abord comme des contraintes seront « détournées » de leur sens pour devenir une protection contre le supérieur.

Crozier, M. et Friedberg, E. (1977) L’organisation comme problème, L’acteur e le système : Èditions du Seuil (pp. 41-43)

Há determinismos que se aceitam, vindos do vulgo e do senso comum. Custa mais a perceber que sejam alimentados pro gente com formação superior e que tem o dever de pensar.

Acordo de Soma Positiva

09 Sábado Jan 2010

Posted by fjsantos in balanço, cooperação, educação

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acordo, carreira docente, Negociação

Não estando eufórico, começo por declarar que o acordo alcançado entre os sindicatos de professores e o ministério da educação me deixa satisfeito, essencialmente porque parece indiciar que neste governo existe quem saiba que entre legislar e governar vai um mundo de diferenças.

Claro que fiquei com uma ou outra “pedra no sapato”, mas nada que umas boas palmilhas não consigam resolver.

Comecemos então pelo que me desagrada:

  • Desde logo que Pinto de Sousa consiga aparecer associado a uma vitória e a uma boa prestação da ministra Isabel Alçada e, sobretudo, do secretário de Estado Alexandre Ventura. Obviamente que preferia vê-lo cabisbaixo a lamentar-se no regaço da futura presidente da FLAD, que apesar da recompensa é, em face do acordo assinado, a maior derrotada politicamente;
  • Também me desagrada que o modelo de avaliação seja demasiado semelhante ao simplex, contra o qual estive ao lado de muitos milhares de colegas professores;
  • E desagrada-me ainda que tenha aumentado o tempo necessário para chegar ao escalão salarial mais elevado.

No fundo, o que me desagrada é que o governo de Pinto de Sousa e o PS não tenham sofrido uma derrota humilhante. Mas isso, meus caros, trata-se de um sentimento mesquinho que não acrescentaria nada à substância do tema, sobretudo quando o que está em causa é uma negociação entre posições de pessoas e organizações que representam interesses, valores e crenças diferentes, mas mutuamente legítimas. Além de que, essa postura arrogante, de humilhação dos adversários políticos, era o que mais verberávamos relativamente ao anterior governo e ao trio de má memória. Por isso não poderemos querer imitá-los.

Feita a catarse quanto aos ganhos do 1º ministro, vejamos o que considero serem aspectos bons ou muito bons, que decorrem do acordo estabelecido. Sem nunca esquecer que este acordo vai permitir revogar o ECD de 2007 e não o de 1998:

  • Em primeiro lugar o fim dos títulos que separavam os professores em duas castas;
  • Decorrente deste primeiro ponto, a possibilidade real de todos os bons professores atingirem o último escalão da carreira antes da idade da reforma, o que não aconteceria a mais de metade dos professores com o ECD que agora se fina;
  • Satisfaz-me ainda que todos os professores que já leccionam e já foram avaliados positivamente possam entrar na carreira sem serem submetidos à humilhação de um exame de ingresso;
  • Além de que me satisfaz a ideia de que a futura prova de acesso à carreira, destinada apenas a quem nunca ainda leccionou, seja uma prova pública associada ao final do ano probatório;
  • Ainda me satisfaz imenso que, à margem e na sequência deste acordo, seja possível encetar negociações com vista a rever outros aspectos do estatuto, nomeadamente os horários e a distribuição do serviço lectivo, além das questões relacionadas com o modelo de gestão e a organização das escolas;
  • Finalmente aquilo a que dou maior relevo é, sem dúvida, ao facto de haver novo concurso de professores em 2011, com a abertura de vagas nos quadros correspondente às efectivas necessidades do sistema. Essa medida constituirá um enorme avanço rumo à justiça em relação a milhares de professores contratados que poderão, finalmente, aspirar a ter direito a uma carreira, como todos nós que já cá estamos.

É por este conjunto de factores que, tal como refere o Matias Alves, este é um acordo de soma positiva em que ganharam sem dúvida Isabel Alçada e  Alexandre Ventura, mas ganharam também todos os sindicatos que assinaram o acordo. Mas mais importante do que os ganhos destes actores são os ganhos efectivos para todos os professores que já estão na carreira e ainda para os que sendo contratados poderão no próximo ano vir a entrar nos quadros. E, acima de tudo, os ganhos para o sistema, para a escola e para os alunos.

Evidentemente que concordo com o P.Prudêncio e acho que os textos finais terão que ser acautelados, tal como haverá ainda necessidade de melhorar muitos aspectos relacionados com o modelo de avaliação e com a gestão das escolas. A diferença é que agora o caminho está desimpedido e poderemos todos começar a puxar para o mesmo lado.

Por isso, ao contrário do P.Guinote que parece ainda não ter decidido para que lado balança, acho que a posição de ProMova, APEDE e H.Faria é de grande irresponsabilidade e incapacidade de perceberem tudo o que estava em jogo. No fundo, a velha veia anti-sindical, tão bem explorada nos últimos anos pelo PS, continua a fazer o seu caminho.

Será possível preservar a unidade?

26 Quinta-feira Nov 2009

Posted by fjsantos in associativismo, cidadania, cooperação

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movimentos, plataforma sindical, professores, unidade

Os tempos que se avizinham para os professores vão ser muito duros.

No que diz respeito à questão do estatuto sócio-profissional, a equipa de Isabel Alçada (IC) joga sobretudo nos instrumentos da informação/comunicação e da persuasão.

Tendo percebido que a coação e o constrangimento da lei e dos regulamentos tinham falhado com a sua antecessora, a actual ministra mudou a estratégia, mantendo intactos os objectivos e a política.

Podemos até dizer que, em certa medida, os agrava, ao antecipar o afunilamento da carreira do 7º para o 3º escalão. O objectivo de contenção orçamental, que se persegue com a introdução de contingentações no 3º, 5º e 7º escalões, é exactamente o mesmo que se procurava atingir com a quota de 30% para acesso aos escalões de topo e a criação da categoria de titular.

Esse objectivo economicista, apesar de ter sido tão denunciado por todos os professores que se manifestaram e lutaram em 2008 e 2009, incluindo alguns dos bloguers de referência neste campo (Ramiro Marques e Paulo Prudêncio), aparece agora naturalizado e justificado tanto por um, como por outro.

Percebendo (embora discordando profundamente) os argumentos que apresentam, as posições destes colegas levam-me a chamar a atenção de todos os professores para o facto de continuarem a manter-se actuais todas as reivindicações que nos levaram a encher as ruas de Lisboa por duas vezes e a fazer duas enormes greves, sob os auspícios de uma Plataforma Sindical que não foi formalmente extinta.

O pior que nos poderia acontecer, numa altura em que quase tudo se joga na capacidade de comunicarmos uns com os outros e com a sociedade, era quebrarmos a unidade que envolveu todos os professores nas escolas (os que se organizaram em torno de movimentos, os que animaram a discussão blogosférica e os que, sendo dirigentes sindicais, souberam ouvir e interpretar a revolta e a indignação de quem está nas escolas a dar o melhor que pode e sabe em prol da educação).

Não tenhamos dúvidas de que o II governo Pinto de Sousa tudo fará para quebrar a unidade dos sindicatos, que foi essencial ao sucesso da nossa luta. Tal como tudo fará para dividir os professores entre si, ao mesmo tempo que tentará voltar a afastá-los dos seus dirigentes sindicais.

Não podemos permiti-lo. Compete a quem está nas escolas, seja filiado em que sindicato for (ou não sendo em nenhum) alertar as direcções sindicais para o facto de estarmos vigilantes e não perdoarmos qualquer “escorregadela”.

Não nos convencem com o fim do “título”, e declarações piedosas de profissões de fé numa carreira única, quando depois se propõem criar três barreiras (mais a manutenção da primeira barreira do acesso à profissão), tentando impedir administrativamente que a esmagadora maioria dos profissionais aceda aos escalões mais altos.

Corrigindo o meu post de ontem, devo dizer que a proposta que o ME entregou é mais gravosa para os professores porque, em vez de duas categorias, consagra a existência de cinco – quatro na carreira propriamente dita e uma (por sinal a que mais cresce todos os anos, sem ter direito a aumento de índice salarial) na pré-carreira. Refiro-me aos professores contratados, mão-de-obra explorada pelo sistema, que vem substituindo, ano após ano, os professores que MLR enxotou e atirou para reformas antecipadas penalizadoras, com evidentes ganhos para o orçamento.

Tudo isto ao mesmo tempo que os banqueiros e os empreiteiros de porte duvidoso foram saqueando esse mesmo orçamento.

Perscrutando a Bola de Cristal

28 Quarta-feira Out 2009

Posted by fjsantos in avaliação de professores, cidadania, cooperação, educação

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futuro

Por estes dias tem havido grande agitação, com os partidos parlamentares a apresentarem propostas de suspensão da ADD e da divisão da carreira, que eliminam os titulares e propõem o regresso à carreira única.

Em simultâneo, movido por doses iguais de vaidade, orgulho ferido e constrangimentos orçamentais, o PS (e o seu 1º ministro) tem lançado mão de todos os argumentos para sair bem na fotografia, deixando passar para a opinião pública que, apesar das alterações que vão ser feitas na ADD, o PS ganhou e os professores (mais a oposição) perderam.

De acordo com os padrões do senso comum em vigor nada disto faz sentido. De um lado toda a oposição diz bater-se pela suspensão das medidas políticas erradas, mas não faz o óbvio que seria apresentar uma única proposta de suspensão da divisão da carreira, da ADD e da eficácia da aplicação dessa legislação.

Do outro lado o governo, que afirma que nada mudará porque o rumo será mantido, vai procurando uma saída airosa para mudar a rota sem mudar o rumo.

No entanto, olhando para o que vai sendo dito e para tudo o que os OCS vão reproduzindo (sobretudo para o que tem a assinatura dos spin governamentais), fica cada vez mais claro que hoje em dia a política não é o que se faz, mas sim o que se diz que se faz. A Política é, acima de tudo, discurso. Como tal tem que ser entendida e analisada.

Ora, o que todos os partidos nos andam a dizer que fazem, ou vão fazer, não corresponde efectivamente ao que estão a fazer.

Assim sendo, parece-me legítimo o tal pequeno exercício de futurologia mencionado lá em cima.

Até porque, lendo os discursos dos diferentes partidos sobre as políticas educativas e cruzando-os com o conhecimento que temos das suas divergências e afinidades (em particular as que se referem à vassalagem em relação às instâncias de regulação da globalização capitalista), atrevo-me a imaginar que as mudanças no estatuto sócio-profissional dos professores não andarão longe do seguinte:

  • Fim do “título” dos titulares, ainda durante o ano lectivo que decorre;
  • ADD semelhante à do ensino particular e cooperativo, com as necessárias adaptações decorrentes da existência de diferentes instâncias e órgãos de gestão e administração escolar;
  • Recuperação da prova de acesso ao 8º escalão (eventualmente ao 9º), em moldes próximos dos preconizados para a prova pública do concurso de “titulares que vão ser extintos”;
  • Manutenção do modelo de gestão, com eventual reforço das competências dos municípios e apagamento das estruturas regionais do ministério;
  • Retoques no Estatuto do Aluno, dando alguma aparência de rigor face a maus comportamentos dos alunos;
  • Incremento das medidas de prestação de contas, nomeadamente através de “rankings” elaborados com recurso aos “outputs” conseguidos pelas escolas.

Em face deste panorama só resta aos professores, que ainda acreditam que à Escola Pública compete cumprir uma missão de educação, ensino e formação de cidadãos, manterem uma forte união em torno da seguinte ideia:

  • A Escola Pública tem que se organizar de forma a garantir que as crianças e jovens que a frequentam, além de deverem ser úteis à sociedade, têm também responsabilidades na sua comunidade e são, antes de tudo, seres singulares detentores de direitos individuais;
  • Isso implica a existência de formas de trabalho cooperativo entre todos os membros da comunidade, que não se compadecem com divisões artificiais, com formas autoritárias e centralistas de administração e gestão, ou com hierarquias não legitimadas pelas bases.

Em suma, olhando a bola de cristal consigo ver ainda muitos dias difíceis, embora a agitação possa vir a diminuir em número de indivíduos mobilizados. O que não significa que a agitação seja de menor intensidade e perturbe menos a vida das escolas.

Post dedicado aos treinadores de bancada

05 Terça-feira Maio 2009

Posted by fjsantos in ambiguidade, bufo, cooperação

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agendas ocultas, hipocrisia, traição

Em matéria de combate às políticas educativas, que o neo-liberalismo tem vindo a impor e que a direita portuguesa, nela incluído o partido de Pinto de Sousa, vem alegremente colocando em prática, desde os tempos gloriosos de Roberto Carneiro, o último ano e meio foi um enorme alfobre de novos treinadores de bancada.

De repente surgiram novos “grandes líderes”, que tudo sabem sobre o que é melhor para defender a Escola Pública de Qualidade (apesar de não haver um consenso mínimo quanto ao conceito).

A grande maioria destes novos líderes de professores tem duas coisas em comum com os partidos do “arco governativo”, que há 34 anos se vão revezando no poder (a solo, ou acompanhados do chamado partido do táxi): um pavor e um desprezo enorme pelo sindicalismo e pelos sindicatos que representam os professores. Bem, na verdade o pavor não é provocado por todos os sindicatos nem por todos os sindicalistas e o desprezo manifesta-se em relação a outros.

A bem da verdade devo dizer que também discordo de muitas das atitudes e posições que alguns dirigentes sindicais têm tomado ao longo dos últimos 20 anos. Em relação aos sindicatos que compõem a Plataforma Sindical, posso garantir que não me filiaria nunca em vários deles. E quanto aos sindicatos que compõem a FENPROF também tenho enormes reservas em relação a vários dirigentes, que não me merecem qualquer confiança.

Obviamente que nesse rol de gente pouco confiável coloco vários dirigentes do sindicato de que sou sócio.

Devo ainda dizer que durante muitos anos preferi o lado fácil e fiquei, como os treinadores de bancada a quem dedico este post, a gritar contra os malandros dos dirigentes e contra os “sindicatos”.

Só que me fartei de “dar o ouro ao bandido” e, para poder tomar uma posição séria e coerente, resolvi juntar-me a um punhado de professores que lutam para que o sindicato seja os professores e não só os dirigentes.

Quando o Ricardo Silva da Apede me diz «Vocês entendam-se! :)», tenho que lhe responder que é exactamente o que estou a fazer ao candidatar-me numa lista de oposição à actual direcção do SPGL.

Tal como o Ricardo e todos os sócios, simpatizantes e apoiantes dos movimentos independentes, sinto-me mal representado por dirigentes sindicais(*) que desfilam de braço dado com personagens que malham nos professores(**) a torto e a direito.

(*)Durante a manifestação do 1º de Maio, uma delegação do Partido Socialista, integrando, além de Vital Moreira, o vice-presidente do SPGL e presidente do Conselho Fiscalizador da CGTP-IN Óscar Soares, foi cordialmente recebida pela direcção da Central, em Lisboa, como tem sido hábito. 

(**) Vital Moreira – Professores, Acordo, Avaliação, Despojos, Reformas…

Por isso me disponho a dar um contributo para retirar a gente deste jaez a representação dos professores.

Também por isso me custa a perceber certas alianças e não entendo o que é que dirigentes que militam no BE fazem misturados com estes rostos do passado.

Bem pode o Paulo Guinote gozar com a loirice ou morenice, achando-se o grande detentor de “inside information” porque priva com gente que se senta nas reuniões da Plataforma, como refere o Ricardo.

No fundo apenas se limitam a servir de mensageiro a quem está apostado em minar o trabalho de unificação dos professores contra as políticas educativas deste governo, e de qualquer governo que queira dar-lhes continuidade.

Tão informados, tão inteligentes, tão lúcidos e não conseguem achar estranho que Manuel Grilo (o tal que se senta nas reuniões da Plataforma, porque tem assento no secretariado da FENPROF) divulgue publicamente decisões que ainda não foram tomadas, quanto mais não seja porque os órgãos com legitimidade para as tomar ainda não tinham reunido?

Aconteceu primeiro com o anúncio antecipado da manifestação de dia 30 de Maio, numa altura em que a Plataforma ainda não tinha reunido e quando se conheciam as reservas que alguns sindicatos colocavam em relação a qualquer manifestação em período eleitoral.

Esta antecipação da informação visava criar dificuldades adicionais a uma negociação que se sabia difícil, mas para certos dirigentes a agenda é esvaziar a luta contra o governo. Nesse sentido se pode também compreender a afirmação peremptória do mesmo Manuel Grilo, escrita em comentário no Umbigo às 14:05 de hoje, quando o secretariado da FENPROF, no qual este dirigente tem assento, ainda estava reunido às 20h00 de hoje a discutir as vantagens e desvantagens da convocação de uma greve ou de plenários sindicais.

De facto, como várias vezes tem insistido o Paulo Guinote, parece que a Plataforma Sindical anda presa por arames. Ele sabe bem quem são os seus informantes privilegiados e provavelmente sabe que são quem, dentro da Plataforma, da FENPROF e enquanto dirigentes do SPGL mais se têm esforçado por estilhaçar esses arames.

A pergunta que se impõe é: a cinco meses de eleições, a quem beneficia um eventual fim da unidade dos professores e dos seus sindicatos?

Que respondam os treinadores de bancada.

Contra os desejos do PS e dos seus agentes, a Plataforma continua unida

04 Segunda-feira Maio 2009

Posted by fjsantos in cidadania, cooperação

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luta e unidadade, sindicalismo responsável

Desde há algum tempo que se sabia que havia movimentações no sentido de provocar a cisão entre os sindicatos da Plataforma Sindical. Para quem estava mais informado sobre o assunto era claro que a FNE colocava algumas reticências em relação a algumas das propostas saídas da semana de consulta nas escolas.

Tendo em atenção as dificuldades que se colocavam, no sentido de evitar a quebra da unidade entre os sindicatos que representam os professores, a decisão de manter um calendário de luta comum é sem dúvida um enorme triunfo de todos os professores, só possível pelo elevado sentido de responsabilidade de todos os dirigentes dos sindicatos da Plataforma, e em particular de Mário Nogueira e Dias da Silva.

O actual líder da FENPROF, que em boa hora sucedeu ao esforçado (mas completamente inábil) Paulo Sucena, conseguiu mais uma vez ultrapassar algumas rasteiras que foram tentadas por responsáveis de um dos sindicatos que pertence à federação, que tudo fiz para impedir o acordo e provocar a cisão por parte da FNE. A distribuição de um panfleto anónimo durante a manifestação do 1º de Maio da CGTP foi apenas mais um episódio lamentável, de uma estratégia em que se pode incluir a passagem de informação de uma decisão do secretariado da FENPROF, que na altura não comprometia a Plataforma e, como tal, não devia ter sido publicada em nenhum blogue de professores.

No meio disto tudo ainda há quem ache que é apoiando alguns “artistas” anti PCP que podem evitar que a luta dos professores seja dominada pelas agendas partidárias, esquecendo que há demasiados sindicalistas comprometidos até aos ossos com o partido que nos (des)governa. Para quem tenha dúvidas bastará verificar quem fazia parte da comitiva Vital que andou pela Rua da Palma até se pôr a jeito para levar umas palmadas. E já agora verifiquem quem, na blogosfera, mais se esforçou para transformar insultos que estão documentados em áudio e vídeo, em murros e pontapés de que não háqualquer registo.

Debate sobre a continuação da luta

20 Segunda-feira Abr 2009

Posted by fjsantos in balanço, cidadania, cooperação, eficácia

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luta política, manifestação nacional

A escassas horas do início de uma semana que vai ser dedicada à realização de centenas de plenários nas escolas, para debater com os professores as iniciativas de luta a desenvolver até final do ano lectivo, resolvi dar uma vista de olhos pelo que diz a blogosfera docente e em particular o que está publicado pelos “movimentos independentes”.

Como professor interessado no tema, e agora na posição de membro de uma lista que concorre ao maior sindicato de professores do país, pareceu-me aconselhável saber o que pensam os colegas que na rede “têm mantido acesa a chamada contestação”.

Sem querer ter uma postura demasiado crítica e muito menos “bota-abaixista”, posso dizer que fiquei com a ideia de que continua a haver vários tipos de professores:

  • muitos militantes blogosféricos “independentes”, inequivocamente identificáveis com os movimentos mediáticos – Apede, MUP, ProMova – acham que os professores devem continuar a resistir, mas querem a vitória para ontem, porque “a malta tá cansada de lutar“. Acham-se legítimos representantes de uma “maioria silenciosa”, que não se revê nos sindicatos (porque não se associa a essas organizações), e nesse sentido consideram que as propostas aprovadas num “encontro nacional” em que estiveram duas centenas de professores (sem mandato de ninguém) são mais legítimas e importantes do que as propostas de organizações sindicais que representam uns quantos milhares de associados;
  • os “amigos do umbigo” mais o autor do dito, que acham que “a luta continua“, mas não têm qualquer proposta de acção que não passe por cruzar os braços e teclar noite dentro a criticar o ministério, os sindicatos e quem quer que não se reveja nessa “dinâmica de luta“;
  • os independentes do MEP e da CDEP, que aconselham os professores a lutar e até a pensar seriamente numa grandiosa manifestação nacional em Maio (como propõe a FENPROF, de que faz parte a direcção sindical que apoiam na Grande Lisboa), mas que, para ficarem de bem com os outros “movimentos independentes”, aconselham também a que não se pense que a proposta de manifestação nacional a 16 de maio é um assunto encerrado;
  • os que acham que para continuar a luta é preciso dar força às organizações que têm a legitimidade e os instrumentos para mobilizar as dezenas de milhar de professores que apenas se preocupam com “a sua vidinha” e, por isso, têm consciência que uma acção de protesto como uma grande manifestação nas vésperas da campanha para as eleições terá efeitos devastadores para Pinto de Sousa e Ciª.

Se a posição dos “movimentos independentes” e dos “umbiguistas” revela uma completa falta de sentido político e da necessidade de combater com eficácia os inimigos dos professores, a posição do MEP e do CDEP revela algum inconsequência de pessoas que levantam a bandeira da escola pública, mas acabam por andar de mãos dadas com quem mais contribuiu para que as políticas anti-sindicais de MLR/JP/VL tivessem destruído a escola pública de qualidade para todos.

É por isso que, na semana que agora começa, os professores devem participar nos plenários sindicais, mas para reforçar propostas de luta inteligentes, exequíveis e que causem danos efectivos à política e aos projectos do governo PS, sem nos prejudicar e mantendo a unidade entre todos.

Não podemos fazer o jogo do ministério aprofundando divisões que se evidenciaram durante esta luta prolongada. Temos que ser capazes de ultrapassar divergências e até algumas mágoas em relação a colegas que não tiveram a coragem de resistir, e nalgum momento acabaram por fraquejar. É fundamental trazer todos de novo à luta e reconstruir um muro solidário a favor dos professores, apresentando propostas que permitam que mesmo os mais timoratos, ou com maiores problemas de índole financeira, participem na luta e não se sintam marginalizados.

A manifestação de 16 de Maio:

  • permite recuperar para a luta muitos colegas que entregaram os OI’s contrariados e com medo;
  • não tem custos excessivamente elevados, pelo que não afasta da luta os colegas que têm mais dificuldades económicas;
  • terá impacto mediático, com possibilidade de recuperar a temática da escola pública nos órgãos de comunicação social, em véspera de eleições;
  • desde que bastante participada, fará danos irreparáveis para a campanha eleitoral do PS.

Pelo contrário, uma greve, sobretudo se envolver mais do que um dia:

  • terá uma participação muito menor, devido aos custos individuais associados;
  • afastará muitos colegas, quer por questões económicas, quer por se realizar numa fase crítica do ano escolar, interferindo de forma decisiva na vida dos alunos;
  • permitirá manipulação de números, que a propaganda ministerial se encarregará de reverter a favor da campanha do PS;
  • irá alienar algum do apoio que os professores ainda têm junto da opinião pública e publicada;
  • aliviará os cofres do ministério das finanças.

Um olhar de longe sobre o encontro de Leiria

16 Segunda-feira Mar 2009

Posted by fjsantos in ética, cidadania, cooperação

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movimentos "inde"pendentes, sindicalismo

No passado sábado realizou-se um encontro de professores que representam cinco movimentos independentes.

Como não estive lá apenas sei do que se passou através da leitura dos jornais e de alguns blogues (dos próprios movimentos ou de professores que acompanham mais de perto essas iniciativas).

Embora afastado “destas lutas”, uma vez que sou professor e as iniciativas dos movimentos têm grande cobertura mediática sinto-me no direito de analisar e comentar as notícias que vão sendo divulgadas.

Do encontro de Leiria há um conjunto de aspectos cujos ecos merecem particular atenção. São problemas de diversa ordem e aparentemente sem ligação directa, para além do facto de se reportarem a uma iniciativa que envolveu os cinco movimentos.

Em primeiro lugar quero destacar o facto de a mobilização de professores já ter conhecido melhores dias. Pouco interessa se eram 100, 150 ou 200. Interessa saber que os que lá estavam conseguem manter um espírito de militância que os leva a fazer quilómetros, gastar tempo e dinheiro e abdicar do descanso, em nome de algo em que acreditam. Pena que haja cada vez menos a acreditar.

Outro aspecto que quero relevar é uma aparente (pelo menos pública) divisão entre alguns dos mais aguerridos dirigentes de movimentos e o autor do mais importante blogue de professores, que tem sido o catalizador das lutas blogosféricas e quase que um semi-deus dos movimentos independentes. Assumindo a coerência que enunciou no primeiro dia em que o conheci, o Paulo Guinote continua a manter-se independente dos movimentos independentes de professores, não foi a Leiria, comentou o encontro e tudo isso causou visível incómodo aos independentes.

Curiosamente acusam o Paulo de ter tido pouco cuidado na leitura dos mídia, que agora são uma espécie de vampiros em procura de sangue folclórico. Quando há um ano foram alertados para o facto de que a cobertura mediática que estava (e continua) a ser dada aos movimentos respondia a uma agenda anti-sindical e sobretudo anti-Fenprof/Mário Nogueira, os mesmos dirigentes achavam que não era verdade e tudo se resumia a uma correcta cobertura da realidade das escolas.

Mas deixando de lado estes verdadeiros folclores, que pouco adiantam para a luta que os professores têm que continuar a desenvolver, resta olhar para as “decisões/resoluções” que aqueles 200 professores tomaram, em seu nome pessoal, uma vez que não se sabe se representam de facto mais alguém que não tenha estado lá presente.

A lista das resoluções pode ser consultada nos blogues do MEP, da Apede,  do Mup, do Ramiro e não sei em quantos mais.

Ao lê-las sinto-me bastante reconfortado, uma vez que a primeira conclusão a que se chega é de que os cinco movimentos descobriram de forma clara e inequívoca que a luta dos professores só se faz com os sindicatos. É a conclusão lógica que se tira da leitura dos pontos em que os movimentos solicitam aos sindicatos que auscultem os professores nas escolas e que convoquem uma grande manifestação nacional para o mês de Maio.

Só que estas solicitações são redundantes, ou revelam uma distração total dos dirigentes dos movimentos em relação à agenda da plataforma sindical. É que já foi anunciada uma consulta a promover pelos sindicatos da Fenprof, com vista a auscultar a vontade de todos os professores em relação às diferentes iniciativas de luta, estando todas as possibilidades em cima da mesa.

Quanto à ideia de os movimentos promoverem uma manifestação nacional, que deverá ser convocada pelos sindicatos, parece-me também uma ideia original e divertida.

Em jeito de desafio, depois desta verdadeira profissão de fé que os membros dos movimentos fizeram na capacidade de liderança da luta por parte dos sindicatos, sugiro a todos os presentes no encontro de Leiria que se sindicalizem ou ressindicalizem e passem a participar com o mesmo entusiasmo na vida sindical. Dessa forma dariam um contributo inestimável para a melhoria do funcionamento dos sindicatos de professores.

Apenas deixo um alerta, em particular aos que já assumiram o uso do famoso crachat “anti-sócrates”. Não se sindicalizem em nenhuma estrutura afecta à UGT, uma vez que ainda hoje o João Proença apelou a uma nova maioria absoluta para o PS. Nessa medida o melhor que têm a fazer é aderir aos sindicatos da Fenprof/CGTP, pois aí sabem perfeitamente que nunca o Mário Nogueira vos pedirá para votar neste governo.

Opinões

27 Sexta-feira Fev 2009

Posted by fjsantos in cooperação, luta

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(ex)pertos & carneiros

Há dias fiz um comentário num blogue, dando a minha opinião sobre a oportunidade de se “promover a unidade dos professores” quando se apontam a dedo os erros cometidos por membros de alguns sindicatos.

Como aparentemente a minha opinião é lida, ponderada e considerada, pelo menos por dirigentes de um dos movimentos (auto-proclamados de independentes), ontem à noite fui brindado com um e-mail de um desses dirigentes, sugerindo-me a leitura de uma notícia de jornal e, em complemento, um acto de penitência por ter sido infeliz, incorrecto e mal intencionado para com esse movimento, verdadeiro expoente da luta dos professores contra as tropelias do ministério e dos sindicatos (que só existem para trair os professores).

Tentei ser paciente e relevar, não me atribuindo mais importância do que o meu insignificante estatuto de professor com 31 anos de serviço lectivo (sem interrupções de qualquer espécie) me dá.

Mas o insigne dirigente, do não menos ilustre movimento, resolveu voltar hoje à carga. Acha que a sua participação e empenho na luta lhe dá o direito de ditar a agenda do blogue que edito. Daí sugerir que eu critique a FNE (e de caminho a FENPROF) porque houve sindicalistas (não sei se muitos, se poucos) que entregaram os OI’s e não deram o exemplo aos colegas não sindicalizados (esquecendo este dirigente associativo que a FNE está filiada na UGT e muitos dos seus membros são filiados no PS).

Mas como este colega (que não se cansa de se afirmar independente de sindicatos e partidos políticos porque, segundo as suas palavras, não alinha em carneiradas) bem sabe, uma andorinha não faz a primavera.

É que se em relação à FNE (eventualmente em relação aos outros sindicatos) ele acha bem que a organização pague pelos erros de alguns dos seus membros, já em relação ao seu movimento não se cansa de falar em nome individual, como se o movimento fosse apenas ele, escamoteando as asneiras, os erros, as afirmações absurdas e divisionistas de outros dirigentes, nalguns casos com maiores responsabilidades institucionais, por ocuparem lugares hierarquicamente mais relevantes e mediáticos na estrutura do movimento.

Devo dizer que a publicação deste post encerra, da minha parte, a polémica com este movimento. Neste momento não me interessa dispersar esforços, porque ainda não derrotámos o inimigo principal. Depois de Outubro, conseguindo substituir os testas de ferro da globalização neo-liberal, haverá tempo para o debate e a clarificação no campo da Educação, de forma a escolher os novos rumos para uma escola pública de qualidade para tod@s. Até lá, exactamente em nome da unidade de tod@s @s professores, concentrarei as atenções no governo e em quem objectivamente lhe criar condições de sucesso.

MANIFESTO PELA SUSPENSÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO

15 Segunda-feira Dez 2008

Posted by fjsantos in associativismo, cooperação

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abaixo-assinado

Contra as imposições “simplex” e as trapalhadas legislativas

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