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A escola onde trabalho é relativamente pequena.

Sendo sede de um agrupamento TEIP tem 12 turmas do 2º ciclo e 13 do 3º, além de EFA’s nível 2, EFA’s nível 3 e secundário nocturno.

O número de professores anda à volta de 80, havendo um grande número de contratados.

As medidas de redução das despesas de funcionamento do ME, inscritas no OE 2011, incluem o fim das ACND – Área de Projecto e Estudo Acompanhado. A isto soma-se a redução das horas para o PTE, para créditos de horas para a escola, direcção/gestão e alteração/redução da componente lectiva nos horários nocturnos.

Tudo somado prevejo a extinção de pelo menos 8 horários, o que significa que 8 dos colegas contratados que hoje trabalham nesta escola irão para o desemprego.

Se é verdade que o roubo nominal nos salários, por via da redução imposta pelo OE, se aplica aos salários a partir de 1500€, não é menos verdade que quem vai ser mais espoliado por esta orientação política do governo são os professores contratados, que à situação de precariedade em que viviam até agora terão que acrescentar um horizonte de desemprego a partir do próximo ano lectivo.

É que, a confirmar-se a previsão do governo de redução em 20% dos contratados, isso significa que a acrescentar aos muitos milhares que este ano não foram colocados ainda se juntarão mais 3000 no próximo ano, fruto das reorganizações curriculares e de gestão das escolas (mega-agrupamentos).

Face a isto há duas opções que se colocam: meter a cabeça na areia, esperando que a tempestade um dia passe, ou ir à luta sem ter a certeza de uma vitória retumbante, mas com a convicção de que venderemos muito cara uma eventual derrota.

Porque

Quem luta nem sempre ganha, mas quem desiste já perdeu.