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E aí temos, de novo, a febre avaliativa dos que se acham “xalentes” e imaginam que quando (e se) houver descongelamento das carreiras passarão logo para outros escalões. Mas também dos que sonham em “compor” o orçamento anual com os trocos (100€/avaliado) que irão auferir pelo trabalho de manter de pé a farsa da ADD – versão Crato.

Motivos para rejeitar a “coisa” não faltam, agora que não existe qualquer possibilidade de manter a chantagem e a pressão sobre a fragilidade dos contratados. Tal como está, a avaliação regulada pelo DR 26/2012 e pelo DN 24/2012 apenas se destina a:

  1. exercer e exacerbar o controlo hierárquico das estruturas de gestão, de topo e intermédia, sobre os professores avaliados;
  2. diminuir as margens de autonomia e criatividade dos avaliados, promovendo a normalização do ensino;
  3. induzir uma divisão artificial da carreira que, tendo sido tentada com a criação da categoria de professor titular, é agora retomada com a criação de uma elite de professores avaliadores externos.

além de que os procedimentos de avaliação previstos:

  1. não produzirão qualquer alteração no desenvolvimento da carreira dos avaliados, enquanto as carreiras não forem descongeladas;
  2. não prevêem mecanismos que promovam a melhoria da qualidade do desempenho do avaliado, garantindo a este e ao avaliador externo as condições de tempo e espaço para a discussão e reflexão conjunta sobre as práticas letivas observadas, sem prejuízo dos respetivos tempos de repouso.

Claro que também há as propostas de requerimento para escusa de avaliador externo, porque o que a malta gosta mesmo é de receitas pronto-a-usar para não ter muito trabalho a ler e a fundamentar o que escreve ou diz.

Assim, aqui deixo uma sugestão a quem passar por aqui e estiver interessado:

Escusa-de-Avaliador-Externo-1