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O episódio da detenção para identificação do estudante do ISCSP, que está registado em vídeo, por parte de um “jagunço” ao serviço de Passos Coelho, é um perigoso precedente na crescente fascização das atitudes do governo português.
O que o “jagunço” fez, ao levar o estudante para fora das instalações da Universidade, configura um tipo de “rendição extraordinária” aplicada a um cidadão português dentro das instalações da sua escola. Sabendo da ilegalidade do ato que estava a praticar, o “jagunço” utilizou o terror para entregar o cidadão-estudante à autoridade civil que apenas tinha legitimidade para o identificar fora do edifício escolar.
Quanto à acusação de que o estudante teria alegadamente insultado Passos Coelho parece-me ser manifestamente abusiva e exagerada, face às imagens disponíveis. Pelo que o facto de o agente policial se prestar a cumprir a ordem de identificação do estudante, que lhe foi dada pelo “jagunço”, revela que até os agentes fardados receiam o poder excessivo que este corpo especial de proteção a Passos já tem.
É por isso que não podemos ficar desatentos, e a urgência em correr com Passos & CIA Lda. é cada vez maior.
(Re)Flexões 
Pois é, as Tvs não passaram o insulto de tão gravoso que ele foi. Fico espantado de ver, até professores, defender o ato do aluno que chamou “filho da P…, vai pro Ca…..”, mas esses mesmos professores vao logo fazer queixinhas quando são insultados por esses mesmos alunos. Para quem nao sabe, injuriar um membro de um orgão de soberania é crime, como tal, manda a lei que o infrator seja identificado e elaborado um Auto de Noticia, que sera remetido ao Ministerio Publico.
A “Cláudia” estava lá? Ouviu o alegado insulto?
Pelas imagens que passaram não se ouve, nem se vê que o estudante tenha proferido qualquer frase.
E para as “claudias” que não sabem, o regime de autonomia universitária não permite que a polícia atue dentro dos estabelecimentos de ensino sem autorização expressa dos respetivos reitores.
O que o gorila fez é ilegal e o reitor da UTL tem o dever de protestar pelo abuso de autoridade cometido.
Infelizmente, neste estado protofascista em que já estamos a viver, o gorila vai ter uma alegada suspensão e os serviços ainda lhe hão-de pagar a estadia num qualquer resort como recompensa pelos serviços prestados.