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Será possível preservar a unidade?

26 Quinta-feira Nov 2009

Posted by fjsantos in associativismo, cidadania, cooperação

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movimentos, plataforma sindical, professores, unidade

Os tempos que se avizinham para os professores vão ser muito duros.

No que diz respeito à questão do estatuto sócio-profissional, a equipa de Isabel Alçada (IC) joga sobretudo nos instrumentos da informação/comunicação e da persuasão.

Tendo percebido que a coação e o constrangimento da lei e dos regulamentos tinham falhado com a sua antecessora, a actual ministra mudou a estratégia, mantendo intactos os objectivos e a política.

Podemos até dizer que, em certa medida, os agrava, ao antecipar o afunilamento da carreira do 7º para o 3º escalão. O objectivo de contenção orçamental, que se persegue com a introdução de contingentações no 3º, 5º e 7º escalões, é exactamente o mesmo que se procurava atingir com a quota de 30% para acesso aos escalões de topo e a criação da categoria de titular.

Esse objectivo economicista, apesar de ter sido tão denunciado por todos os professores que se manifestaram e lutaram em 2008 e 2009, incluindo alguns dos bloguers de referência neste campo (Ramiro Marques e Paulo Prudêncio), aparece agora naturalizado e justificado tanto por um, como por outro.

Percebendo (embora discordando profundamente) os argumentos que apresentam, as posições destes colegas levam-me a chamar a atenção de todos os professores para o facto de continuarem a manter-se actuais todas as reivindicações que nos levaram a encher as ruas de Lisboa por duas vezes e a fazer duas enormes greves, sob os auspícios de uma Plataforma Sindical que não foi formalmente extinta.

O pior que nos poderia acontecer, numa altura em que quase tudo se joga na capacidade de comunicarmos uns com os outros e com a sociedade, era quebrarmos a unidade que envolveu todos os professores nas escolas (os que se organizaram em torno de movimentos, os que animaram a discussão blogosférica e os que, sendo dirigentes sindicais, souberam ouvir e interpretar a revolta e a indignação de quem está nas escolas a dar o melhor que pode e sabe em prol da educação).

Não tenhamos dúvidas de que o II governo Pinto de Sousa tudo fará para quebrar a unidade dos sindicatos, que foi essencial ao sucesso da nossa luta. Tal como tudo fará para dividir os professores entre si, ao mesmo tempo que tentará voltar a afastá-los dos seus dirigentes sindicais.

Não podemos permiti-lo. Compete a quem está nas escolas, seja filiado em que sindicato for (ou não sendo em nenhum) alertar as direcções sindicais para o facto de estarmos vigilantes e não perdoarmos qualquer “escorregadela”.

Não nos convencem com o fim do “título”, e declarações piedosas de profissões de fé numa carreira única, quando depois se propõem criar três barreiras (mais a manutenção da primeira barreira do acesso à profissão), tentando impedir administrativamente que a esmagadora maioria dos profissionais aceda aos escalões mais altos.

Corrigindo o meu post de ontem, devo dizer que a proposta que o ME entregou é mais gravosa para os professores porque, em vez de duas categorias, consagra a existência de cinco – quatro na carreira propriamente dita e uma (por sinal a que mais cresce todos os anos, sem ter direito a aumento de índice salarial) na pré-carreira. Refiro-me aos professores contratados, mão-de-obra explorada pelo sistema, que vem substituindo, ano após ano, os professores que MLR enxotou e atirou para reformas antecipadas penalizadoras, com evidentes ganhos para o orçamento.

Tudo isto ao mesmo tempo que os banqueiros e os empreiteiros de porte duvidoso foram saqueando esse mesmo orçamento.

A Educação, a Política, os Professores e os problemas político-partidários

14 Domingo Set 2008

Posted by fjsantos in cidadania, escola pública

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luta política, unidade

A primeira declaração que tenho que fazer é a de que concordo com o Miguel Pinto quando ele diz que «O problema dos professores é político!». De resto costumo afirmar que não há Educação sem Política, o que corresponde mais ou menos ao ponto de vista enunciado pelo Miguel.

Também acredito que para alcançar objectivos colectivos é fundamental trabalhar em equipa. Talvez pela nossa formação de base (na área do Desporto e Educação Física) esta valorização do colectivo sobre o individual ganhe um relevo maior.

Por muito grande que seja a cumplicidade e o entrosamento entre os membros de qualquer equipa, a verdade é que ela é instrumental em relação à possibilidade de alcançar um objectivo que seja comum e importante para todos. Em última análise é perfeitamente possível constituir uma equipa ganhadora com indivíduos que têm ideias muito difrentes uns dos outros em relação a quase tudo, menos em relação ao objectivo concreto dessa equipa.

Por isso acho importante que, como diz o Miguel e como concorda o Ramiro, de nada vale uma postura anti-sindical (ou anti-movimentos autónomos) quando a luta dos professores é, em primeiro lugar, uma luta política contra o actual governo.

Percebo o apelo feito pelo Miguel Pinto em relação a um maior envolvimento, não só do Ramiro Marques e do Paulo Guinote, mas também de todos os restantes professores que, através da blogosfera ou de outras forma de comunicação na Net, possam contribuir para a mobilização geral e para a unidade na luta.

Evidentemente que a posição do Paulo Guinote não me surpreende. Tanto nas duas ou três vezes em que nos encontrámos, como em sucessivas tomadas de posição nos seus escritos, o Paulo sempre reafirmou a sua postura de apenas se querer representar a si mesmo. É legítimo, embora coloque algumas dificuldades para o tal “trabalho de equipa” de que o Miguel e eu gostamos.

Já no que diz respeito à forma como ele aborda a questão sobre a relevância dos movimentos na mobilização anti-ministério, em particular na comparação entre a acção sindical e a acção “sindicalmente desorganizada”, parece-me que além de inútil nesta fase, acaba por criar mais dificuldades à proposta de unidade na acção, que tem que haver entre todos os professores.

Note-se que nem quero abordar a questão de saber se estamos a falar de uma classe docente enquanto classe profissional. Na verdade tenho consciência de que existem demasiadas divergências entre os 140 mil (ou 125/100 mil) professores para que se possa falar de uma só classe profissional. Para além de diferentes formações académicas existem enormes diferenças, quer a nível de percursos e enquadramentos profissionais, de níveis de ensino, de saberes disciplinares, para não referir as questões relacionadas com opções ideológicas e político-partidárias.

A questão é a de saber se, apesar de todas essas diferenças, é ou não possível juntar uma equipa que esteja disposta a lutar contra estas políticas públicas de educação que sabemos estarem erradas. Se é ou não possível juntar gente disposta a defender uma escola pública de qualidade para todos, independentemente das diferenças de género, raça, credo ou condição sócio-económica. E se nessa equipa as pessoas estão dispostas a participar unicamente movidas por esse objectivo, e sem se preocuparem em saber que cartão partidário ou sindical tem no bolso o vizinho do lado.

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