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e continuar a manifestar a nossa indignação e profunda irritação contra a forma iníqua, embora metódica e eficaz, como Nuno Crato aplica a receita do governo, de modo a reconstruir a escola elitista da sua infância e juventude.
A vigília de hoje, tal como a manifestação de dia 12, são pequenas ações que é preciso ir somando até que o protesto se torne imparável e o governo perceba que tem que mudar de política. Não a retirada estratégica que constituiu a conferência de imprensa de ontem, que não passou de mais um truque mediático para enganar papalvos. Até nisso Crato é a continuação de Rodrigues.
O ministro, que ontem convocou os jornalistas para a hora a que estava previsto o final da reunião da FENPROF com a Comissão de Educação Ciência e Cultura, apenas pretendeu evitar que essa reunião fosse valorizada.
Para o tentar, Nuno Crato não hesitou em utilizar as técnicas demagógicas usadas pelas equipas do ME que o antecederam, anunciando como novo o que já é velho e branqueando a pressão que exerceu, nas últimas semanas, para que as direções das escolas empurrassem para o concurso de mobilidade muitos milhares de professores.
Esta conferência de imprensa destinou-se a controlar mediaticamente os danos de um eventual rebate de consciência de alguns deputados da maioria, que ainda há pouco mais de um ano aprovaram uma Resolução sobre a vinculação de docentes apresentada na Legislatura anterior pelo CDS, uma Resolução apresentada pelo PSD, contestanto os mega-agrupamentos, e a decisão parlamentar que levou à suspensão de vigência da reforma curricular proposta pelo governo anterior e que, num dos casos, também foi apresentada pelo PSD.
Hoje estarei na vigília porque é preciso lutar contra a destruição da escola pública que está consagrada na CRP; porque é cada vez mais urgente combater Crato, tal como Passos Coelho e Gaspar, que não prestam. E não prestam porque a política que defendem e praticam se destina a defender os ricos e a penalizar quem ganha a vida com o suor do seu rosto.