Etiquetas
Trata-se por certo de uma má fé obsessiva. Porque um indivíduo tão inteligente, bem informado e, sobretudo, com uma formação académica tão requintada, que por tudo e por nada acha que só ele tem “uma vida” (em inglês que é mais “chique”), sabe bem que os títulos e excertos que interessam aos media são os que podem “fazer sangue”. E que, quem tem pretensões de “fazer análise”, deve procurar confirmar as “notícias” junto de outras fontes, entre as quais os protagonistas.
Vem isto a propósito de mais um ataque soez de PG à FENPROF, a sua “besta negra”, utilizando uma notícia do site de ABola, que cita a TSF, sem recorrer ao contraditório de uma forma tão simples como uma consulta ao site da federação sindical.
Como PG bem sabe a edição das notícias apresenta ao público o que quer que seja relevante na formulação de juízos de valor. E para a TSF [um dos órgãos oficiosos do(s) governo(s)] interessa passar a ideia de que “os sindicatos” têm uma visão redutora e corporativa dos problemas da escola. Até aí tudo bem. Que um professor amplifique essa imagem junto de quem o lê só confirma a forma obsessiva como ataca “os sindicatos”.
E o que é que PG (e todos quantos se interessam pela questão) poderia ter verificado, se tivesse clicado no site da FENPROF?
Que as questões do emprego dos professores e dos horários zero são uma preocupação e não a preocupação. Porque o que foi dito ao SEAE, sobre o encerramento de escolas, foi:
- O encerramento de escolas não pode ser um processo administrativo […] terá de obedecer a critérios locais constantes das cartas educativas municipais e devidamente negociados com as respectivas comunidades, para além de, inevitavelmente, ter de respeitar os direitos de crianças que estarão um dia inteiro deslocados das suas localidades de residência
- Relativamente à constituição de mega-agrupamentos, a FENPROF reiterou posições que também já vem assumindo, tendo igualmente dado exemplos de situações perfeitamente absurdas que, no plano pedagógico, serão sérios constrangimentos à boa organização e funcionamento dos futuros agrupamentos de enorme dimensão. Por exemplo, a existência de departamentos que reunirão mais de uma centena de professores, tornando impraticáveis as suas reuniões, o mesmo acontecendo com as reuniões de muitos conselhos de docentes que serão pouco mais do que plenários de professores; também o facto de escolas com muitas centenas de alunos e um corpo docente de número elevado ficarem sem órgão de gestão; ou a “co-habitação” de alunos de grupos etários muito diversos e distantes…
- Para a FENPROF, estas medidas destinam-se a atingir um único objectivo: reduzir o número de professores, bem como de outros trabalhadores das escolas.