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Para onde se inclina o plano?

05 Segunda-feira Abr 2010

Posted by fjsantos in (in)verdades

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debate público, economia & educação

Na SIC Notícias existe um programa que faz as delícias de muita gente, sendo uma referência para muitos professores -o Plano Inclinado.

Os seus comentadores residentes, em particular Medina Carreira e Nuno Crato, são reverenciados por muito boa gente, que 36 anos depois de Abril continua a bater a mão no peito e a anunciar aos quatro ventos que a sua política é o trabalho (neste caso ensinar conteúdos e disciplinar as criancinhas, a bem da nação e dos bons costumes).

Quem ouvir estes gurus da cidadania, da economia e da educação a dissertar sobre o futuro do país não consegue levá-los presos.

Verdadeiros “domduartes” da palavra, são mestres, não em cavalgar toda a sela, mas em discursar sobre todo e qualquer assunto, a bem da felicidade dos portugueses, mesmo que nada digam para além de banalidades e futilidades. Sempre ao serviço da economia (a deles, que a dos trabalhadores pouco lhes interessa), vão apresentando aos espectadores o “único caminho possível” – baixar os salários e esperar que a crise passe.

Com um discurso tão afinadinho o que haverá de comum na vida destes oráculos à portuguesa? – Pois é… a economia grande estúpido… são peritos em economia, ou pelo menos estão ligados ao Instituto Superior de Economia e Gestão, verdadeiro alfobre dos mais distintos “afundadores” da democracia portuguesa, entre os quais o nosso queridíssimo presidente.

Henrique Medina Carreira é um fiscalista e político português.

Bacharel em Engenharia Mecânica, iniciou a sua vida profissional como técnico fabril de fundição de aço. Mais tarde ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Pedagógicas, em 1954, e em Direito, em 1962. Frequentou ainda o curso de Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, sem o terminar. Dedicou-se à advocacia, à consultoria em empresas e à docência universitária, a última das quais exercida no Instituto Superior de Gestão, no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e no Instituto Estudos Superiores Financeiros e Fiscais.

João Luís Correia Duque

Qualificação Académica:

  • Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas (Instituto Superior de Economia e Gestão, UTL), 1984
  • Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica (Instituto Superior de Economia e Gestão, UTL), 1989
    Dissertação elaborada para a esse grau: “Influência do Endividamento na Taxa de Custo do Capital”, 1989,
    Dissertação para candidatura às provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica no Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa.
  • Equivalência ao grau de doutor em Organização e Gestão de Empresas pela Universidade Técnica de Lisboa através do Instituto Superior de Economia e Gestão, 1996.
    • Agregação em Gestão de Empresas pela Universidade Técnica de Lisboa através do Instituto Superior de Economia e Gestão, 2002

Nuno Paulo de Sousa Arrobas Crato (wikipédia) é um matemático e estatístico português que tem tido uma extensa actividade de divulgação científica.

Desde 2000 é professor no Instituto Superior de Economia e Gestão.

Nuno Crato é, de entre os três, o caso mais fascinante. Para além do “brilhantismo” da sua eloquência, NC ilustra bem o caso da promiscuidade mais profunda entre o academismo, a participação política e a intervenção mediática. Para quem está constantemente a invectivar as ciências da educação, a pedagogia e a reflexão sobre a escola que existia, por contraposição à que tem que existir, NC tem um CV que fala sobre a sua intervenção permanente na educação em Portugal nos últimos anos. Se alguém tem tido voz e audiência, esse alguém é sem dúvida Nuno Crato e o seu currículum vitae é disso testumunho incontestável:

Membro da Comissão para a Cultura Científica do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, 2004.

Membro do Conselho Consultivo das Comemorações dos 30 anos do 25 de Abril , Presidência do Conselho de Ministros, 2004.

Membro da Comissão para o Estudo de Matemática e das Ciências,Ministério da Educação, Setembro de 2002.

Membro da Comissão Nacional de Matemática (comissão que representa Portugal na União Matemática Internacional), desde 2002.

Membro da direcção da Sociedade Portuguesa de Matemática 2000 – 2004.

Participação como convidado em cerca de seis dezenas encontros de debate pedagógico, nomeadamente:

“O que falta mudar na educação e por que ninguém o discute” Comunicação convidada no Encontro “Escola Pública: Problemas, Tendências, Desafios”, CENFIPE, Ponte de Lima, 27 de Março de 2009.

“O que faz um bom professor?” Conferência na Escola Superior de Educação Almeida Garrett, Lisboa, 20 de Janeiro de 2008.

“Sustentabilidade, cooperação e desenvolvimento”, Convenção dos Profissionais da Pedagogia, Óbidos, 18 a 19 de Abril, 2008

“Elogio da transmissão de conhecimentos”, CIFOP, Universidade de Aveiro, 7 a 11 de Maio de 2007.

“Descoberta construtivista ou redescoberta activa?”, Seminário Matemática – como dar o salto em frente, Associação Nacional de Professores, Vila Franca de Xira, 25 de Outubro de 2006.

Orador convidado no encontro de professores “Estratégias Eficazes para o Ensino da Matemática”, Casa do Professor, Braga, 22 de Setembro de 2006.

“Retórica e fundamentação científica na política educativa”, VII Congresso Internacional e Multidisciplinar – Aprendizes Escolares e Funções Cognitivas, Universidade de Coimbra, 4 e 5 de Maio de 2006.

“O ‘Eduquês’ em discurso directo”, Bruxelas, Livraria Orfeu, 4 de Julho de 2006.

“Competência: da conceptualização às práticas educativas”, III Colóquio Luso-Brasileiro sobre Questões Curriculares, Universidade do Minho, 9 a 11 de Fevereiro de 2006.

“Ousar discutir as teorias pedagógicas dominantes”, Encontros sobre Educação, EJAF, 22 de Fevereiro de 2006.

“A matemática na nossa vida e na nossa cultura”, Casa Museu João Soares, Leiria, 19 de Abril de 2005.

Orador convidado dos “Encontros com Pensadores Críticos em Pedagogia”,Escola Superior de Educação de Setúbal, 2004.

Colaboração com Escolas Básicas, Secundárias e Superiores em actividades de divulgação científica, de actualização de conhecimentos e de apoio a projectos, nomeadamente em palestras para jovens estudantes sobre matemática, estatística e ciência. Entre 2002 e 2009 realizou mais de 300 palestras para jovens por todo o país, incluindo Bragança, Vila do Conde, Guimarães, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Trancoso, Covilhã, Castelo Branco, Coimbra, Penela, Leiria, Constância, Castelo de Vide, Santarém, Torres Vedras, Loures, Vila Franca de Xira, Lisboa, Almada, Setúbal, Évora, Faro, S. Miguel, Faial, Flores, Madeira e Porto Santo.

Como se pode constatar, poucas personalidades terão tido direito a expor as suas ideias sobre educação em Portugal, nos últimos anos, como teve Nuno Crato. Apesar de haver gente muito mais qualificada para falar sobre educação e escola pública, com muito mais investigação realizada e muito mais anos de trabalho e obras publicadas sobre o tema.

Avaliação das organizações vs. avaliação dos indivíduos

22 Domingo Jun 2008

Posted by fjsantos in educação, escola pública

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debate público

Hoje resolvi usar a minha tarde para assistir (e participar) nesta iniciativa:

Fazendo uma retrospectiva do debate poderei afirmar que o meu tempo não foi mal empregue, muito embora tenha sido obrigado a ouvir algumas intervenções que me puseram os cabelos em pé.

No entanto, como a importância de alguns disparates lá ditos pode ficar confinada ao espaço daquelas paredes, parece-me mais importante sublinhar os aspectos positivos da iniciativa:

Desde logo as intervenções do Paulo Guinote e do João Paulo Videira, porque centraram o discurso no problema que estava em cima da mesa – a necessidade de desconstruir o discurso do PS em torno de um conceito de “avaliação” errado, não caindo na tentação absurda e suicida de negar a necessidade de avaliar o desempenho para melhorar o serviço público de educação.

Ambos apontaram um conjunto de erros e fragilidades do modelo legalmente em vigor, explicando a importância de lhe resistir e de propôr alternativas com credibilidade e rigor científico, o que infelizmente não foi sugerido pelos dois “representantes” oficiais da ciência presentes na mesa.

O João Paulo Videira apresentou as linhas orientadoras de uma proposta concreta de modelo alternativo para a avaliação dos docentes. Pelo que entendi (não conheço a proposta em detalhe, uma vez que ainda não foi tornada pública), tratar-se-á de uma avaliação dos docentes integrada na avaliação da organização, o que me parece ser um caminho correcto. Ficarei à espera de poder ler o documento, para poder ter uma opinião concreta sobre a sua bondade.

Uma última nota para reafirmar a ideia que tenho de que a regulação local e a regulação de escola se encarregarão de enterrar este modelo burocrático, centralista e economicista de “avaliação” (em bom rigor deveria ser chamado de seriação ou classificação dos professores). Claro que ainda vai acontecer que em algumas (infelizmente muitas) escolas este modelo vai fazer alguns estragos. Durante mais algum tempo haverá espaço para que se cometam injustiças e para que os zelotas de serviço e os candidatos a alguma benesse tentem mostrar serviço. Mas a prazo o bom senso acabará por imperar e, se os professores tiverem a inteligência, a paciência e a preserverança necessárias, a “avaliação” desta ministra e dos seus secretários de Estado não lhes sobreviverá muito tempo. Até porque 2009 é já ali e este triunvirato, tal como o seu “chefe supremo”, o inefável Pinto de Sousa, dentro de pouco mais de um ano serão varridos para o caixote do lixo da História.

Audição Pública sobre Política Educativa

17 Terça-feira Jun 2008

Posted by fjsantos in cidadania, educação, escola pública

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debate público

Da parte do grupo parlamentar do BE recebi o email que reproduzo:

«O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda convida-o(a) a participar na Audição Pública a realizar dia 27 de Junho, na Sala do Senado da Assembleia da República, em que se pretende promover uma discussão alargada sobre a Escola Pública e os desafios que se colocam à sua organização.

Neste âmbito, serão apresentados os resultados do Inquérito recentemente lançado pelo Bloco de Esquerda sobre as Condições do exercício da Actividade Docente, bem como dois Projectos de Lei, que visam respectivamente o Estabelecimento de princípios de organização da escola pública e a Criação de Equipas de combate ao abandono e insucesso escolar.

O debate inicial contará com a participação de:

Ana Drago (Deputada do Bloco de Esquerda)

Pedro Abrantes (CIES – Centro de Investigação e Estudos de Sociologia)

João Paulo Silva (Sindicato de Professores da Região Norte)

Esperando poder contar consigo, agradecemos a confirmação (se possível) da sua presença, bem como a divulgação deste evento.

Com os melhores cumprimentos,

Ana Drago»

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