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Tag Archives: conhecimento

Lições sobre a construção de utopias

03 Domingo Fev 2013

Posted by fjsantos in acção pública

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associativismo docente, conhecimento

Um pequeno núcleo dos Professores Unidos de Lisboa e concelhos próximos deslocou-se, neste sábado, à zona sindical de Santarém-Oeste, pertencente à Direção Regional de Santarém do SPGL.

O grande promotor e dinamizador desta jornada cultural, recreativa, gastronómica e de trabalho sindical foi o professor-sindicalista-autarca Augusto Figueiredo que, apesar das inúmeras tarefas em que se desdobra o seu dia-a-dia, conseguiu reservar um dia para nos explicar como é que se transforma em possível aquilo que à partida damos como impossível e completamente perdido.

O dia começou com uma visita a um dos muitos exemplos de como o capital esbanja o património natural e os recursos do país, como é o caso de um empreendimento turístico-urbanístico-desportivo – o Clube de Golfe Golden Eagle.

Portariagoldeneagle-entrada

Trata-se de um projeto que nasceu com a perspetiva de lucros prometida pela implantação do aeroporto da Ota e do TGV Lisboa-Porto, mas do qual apenas ficou um campo de golfe de 18 buracos (onde se disputou o Portugal Ladies Open de 2009).

Golden Eagle Coursegoldeneagle-campo

Do sonho de lucros fantásticos para o setor financeiro e imobiliário ficaram as maquetes que ainda estão disponíveis no stand de vendas do empreendimento.

Sonho

goldeneagle-desenho

Realidade

goldeneagle-imobiliário

Mas como há outros sonhos e utopias que, pela força da sua razão, acabam por se impor e tornar-se realidade, o Presidente da Junta da Asseiceira-Rio Maior fez questão de nos lembrar que a luta da população da sua freguesia foi capaz de impor a mudança de trajeto da Estrada Nacional n.º 1 e obrigou os decisores políticos a fazerem o que o povo lhes exigiu. Da mesma maneira que o esforço, a determinação e o trabalho de um punhado de sonhadores foi capaz de construir no alto de uma serra, pobre e esquecida pelo poder central, uma cooperativa pujante e que é um exemplo de economia e desenvolvimento social, não só no país como no estrangeiro.

A paragem no cruzamento em que a antiga EN1 passou a IC e onde no próximo 25 de Abril será inaugurado um monumento à resistência e determinação das populações, em defesa da vida e contra os atropelamentos mortais que ali ocorriam, a visita à Cooperativa Terra Chã, o almoço e a sessão de trabalho ali realizados, o passeio pela serra com visita às dolinas na estrada entre Mosteiros e Porto de Mós, constituíram momentos marcantes de um dia cheio de aprendizagens significativas, quer do ponto de vista cultural, quer político, que ficará sempre na nossa memória.

O dia terminou com uma breve visita ao Centro de Alto Rendimento de Rio Maior e com uma paragem frente à Escola Superior de Desporto de Rio Maior, que constitui mais um exemplo de esbanjamento de dinheiros públicos por motivos exclusivamente partidários.

A história conta-se em meia-dúzia de pinceladas: umas instalações e um projeto exemplares, uma escola que em três anos consecutivos esgota as vagas de acesso na primeira candidatura ao ensino superior, a inveja e o preconceito das gentes instaladas no politécnico da capital de distrito e um ministério que asfixia financeiramente a escola, traduzem-se na degradação rápida e galopante do edificado, obrigando a autarquia a assumir as responsabilidades financeiras do poder central e a recorrer à justiça para tomar posse administrativa das instalações, na tentativa de evitar a destruição de uma iniciativa de grande interesse nacional.

No final a certeza de que o Possível é apenas o Futuro do Impossível e só depende da determinação, da persistência e do trabalho que estivermos decididos a realizar para o concretizar.

A “refundação” do estado já começou com a criação de um novo ministério no governo de Passos Coelho

02 Quarta-feira Jan 2013

Posted by fjsantos in a bem da nação

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conhecimento, Estratégia

O governo português, do 1º ministro Passos Coelho, do 2º ministro Vitor Gaspar e do 3º ministro Paulo Portas, é um governo de fé, cujos ministros crêem profundamente nas virtudes da pobreza, da caridade e da esperança de que não acabaremos todos como “o cavalo do inglês”.

Trata-se de uma fé inabalável, que tem por base o trabalho de um ministro pouco conhecido, mas que finalmente é possível trazer para o convívio do público, graças à refundação do governo neste ano da graça de 2013.

Juntam-se fotos comprovativas:

ministério

horários

Trapalhadas do “rigor craticus”

26 Quinta-feira Jul 2012

Posted by fjsantos in deixa-me rir...

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conhecimento, organização escolar, Rigor

Nuno Crato, o comentador televisivo que à conta de um plano inclinado chegou a ministro, é o exemplo acabado do acerto do saber popular: PELA BOCA MORRE O PEIXE.

No entanto convém saber onde andam agora os aplausos com que foi acolhida a sua escolha, nomeadamente entre os professores blogosféricos que elegeram Crato como o “supéministro” que iria devolver o rigor à educação e a dignidade aos professores. Infelizmente para eles que a realidade de mais esta trapalhada do “rigor craticus” venha confirmar a incompetência da vaidade arrogante.

Um outro olhar sobre os rankings escolares (II)

04 Sexta-feira Nov 2011

Posted by fjsantos in regulação da educação

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conhecimento, seminário

Há menos de um mês a comunicação social que descobriu que a “educação vende mais que a política” (*) andava entusiasmadíssima com os rankings escolares, construídos a partir dos resultados dos exames do ensino básico e do secundário.

Também por essa altura os “incontornáveis especialistas” do Fórum Liberdade e Educação andavam ufanos, explicando que os rankings provavam a excelência do ensino privado e a incompetência da escola pública em matéria de ensino.

Ao mesmo tempo alguns professores, muito dotados e versados em matéria de análise do sistema educativo português e da organização da escola pública andavam atentos a todas as anteriores opiniões, explicando que em matéria de rankings vale tudo e o seu contrário, sendo que o conceito e a sua utilidade são como aquela marca de automóveis, que “veio para ficar”.

Como referi em post anterior, hoje, pelas 17 horas, vai ter lugar um seminário subordinado ao tema: Uma análise da reflexividade produzida pela imprensa escrita de referência a propósito dos rankings escolares

Veremos quantos dos “especialistas” que durante vários dias animaram o debate na comunicação social se vão dar ao trabalho de assistir à apresentação de um trabalho de investigação sobre a matéria de que falam com tanto à vontade e “conhecimento”. E cá estaremos quando alguns tiverem o descaramento de afirmar que não existe investigação sobre educação realizada e divulgada em Portugal

KNOWandPOL – Conferência Final

19 Segunda-feira Set 2011

Posted by fjsantos in políticas públicas, regulação

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conhecimento, decisão política

O projecto KNOWandPOL centra-se no estudo do papel do conhecimento na construção e regulação das políticas públicas nos sectores da educação e da saúde. Procurando conhecer melhor a relação activa entre actores políticos e conhecimento, num contexto social e cultural caracterizado pelo aumento do volume, da pluralidade e da circulação do conhecimento sobre os vários sectores das políticas, o projecto enfrenta as seguintes interrogações: como é que as diferentes fontes de informação e modos de conhecimento são mobilizados para a tomada de decisões políticas? Até que ponto governar consiste em mobilizar conhecimento?

O enquadramento teórico é construído em torno dos contributos das abordagens cognitivas das políticas públicas, as quais conferem centralidade ao papel das ideias na compreensão das mudanças políticas, mas também em diálogo com outros quadros teóricos, concretamente com aqueles que enfatizam o peso da instituições ou com os que destacam o papel dos interesses nas políticas públicas.

Para uma escola inclusiva

07 Domingo Fev 2010

Posted by fjsantos in educação, escola pública

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conferência, conhecimento

Conferência “Percursos escolares e avaliação numa escola inclusiva”

11 de Fevereiro de 2010 – 18h30 – 20h00

Instituto de Educação | Anfiteatro

Jorge Pinto da Escola Superior de Educação de Setúbal

Para mais informação visitar o sítio do IE

Que escola queremos?

23 Domingo Ago 2009

Posted by fjsantos in bem público, educação

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aluno, aprendizagem, conhecimento, pessoa

Graças às dificuldades de acesso à rede, que descrevi no post anterior, tenho aproveitado para entrecortar a praia com algumas leituras.

Entre as coisas com que me tenho entretido está o texto de uma comunicação do Professor António Nóvoa, feita em Outubro de 2006, aos professores do SINPRO SP [sindicato de professores de São Paulo – Brasil].

Nela o reitor da UL fala-nos de uma escola “centrada nas aprendizagens”, por contraposição à escola “centrada no aluno” e à escola “centrada nos conhecimentos” :

A pedagogia tradicional era baseada nos conhecimentos e na transmissão dos conhecimentos. A grande ruptura provocada pela pedagogia moderna foi colocar os alunos no centro do sistema.
Mas a pedagogia moderna precisa ser reinventada na sociedade contemporânea. Não se trata de centrar na escola nem nos conhecimentos, como advogava a pedagogia tradicional, nem nos alunos, como advogava a pedagogia moderna, mas, sim, na aprendizagem.

A pedagogia tradicional era baseada nos conhecimentos e na transmissão dos conhecimentos. A grande ruptura provocada pela pedagogia moderna foi colocar os alunos no centro do sistema. Mas a pedagogia moderna precisa ser reinventada na sociedade contemporânea. Não se trata de centrar na escola nem nos conhecimentos, como advogava a pedagogia tradicional, nem nos alunos, como advogava a pedagogia moderna, mas, sim, na aprendizagem.

De uma forma muito clara, e por isso muito cativante e esclarecedora, A.Nóvoa leva-nos a reflectir sobre as práticas de uma escola velha e mítica (que nunca existiu, mas que muitos glorificam), mas também sobre algumas práticas da “pedagogia moderna”, que poucos contributos trazem para a resolução dos “problemas da escola ” no século XXI:

Durante muito tempo nas escolas normais foi ensinado que numa turma há sempre um terço de crianças boas, um terço de crianças “assim assim” e um terço de crianças más. Portanto, um terço estava condenado ao insucesso inevitavelmente. Isto é impossível de aceitar dentro de um processo de inclusão. A idéia de que se pode alcançar um patamar comum de conhecimentos, que se pode atingir verdadeiramente sucesso, deve ser uma exigência dos docentes, é uma exigência civilizatória conseguir isso. Não se consegue isso por várias razões históricas, de resignação ou por questões de identidade da profissão. Falar de um patamar comum de conhecimentos é também falar de um compromisso ético dos professores, compromisso ético com esse sucesso. E os professores muitas vezes, infelizmente, não tiveram esse compromisso ético. Ainda hoje em Portugal, a profissão de professor muitas vezes reconhece como os melhores aqueles que reprovam mais alunos. Cabe falar também da importância dos resultados escolares. Não há patamar comum de conhecimento se não houver a avaliação dos resultados escolares. Uma escola centrada na aprendizagem é aquela que o professor dá a melhor atenção aos resultados escolares dos alunos. É também uma escola capaz de colocar em prática mecanismos de diferenciação pedagógica, a descoberta mais importante da pedagogia moderna, feita no princípio do século XX, quando se saiu da idéia da pedagogia simultânea, que era a pedagogia tradicional mais básica, isto é, tratar todos os alunos como se fossem um só, como uma massa uniforme, e passar a dizer que é preciso que cada aluno receba um tratamento diferenciado, específico. Mas as práticas dos professores continuam a ser excessivamente homogêneas e uniformes, e a considerarem pouco a capacidade de diferenciação pedagógica. Isso porque muitas vezes os professores têm dificuldade em recorrer ao elemento central da diferenciação pedagógica: a possibilidade do trabalho em cooperação dos alunos dentro da sala de aula. Se não houver o trabalho de cooperação entre os alunos mais e menos avançados, entre os alunos que têm maior predisposição para certas disciplinas e os que têm para outras, enfim, se não houver a possibilidade do professor não ser o único ensinante dentro da sala de aula, é impossível conseguir práticas de diferenciação pedagógica. A experiência da Escola da Ponte, em Portugal, que tem sido muito divulgada no Brasil, é um exemplo do trabalho de diferenciação pedagógica. Na sala de aula, o professor é mais um organizador das diversas situações de aprendizagem. Trata-se de uma escola extraordinariamente focada na aprendizagem.

Desafios do trabalho do professor no mundo contemporâneo – Palestra de António Nóvoa ao SINPRO-SP, Outubro de 2006

Professor, um ser perigoso!

26 Segunda-feira Maio 2008

Posted by fjsantos in cidadania, educação

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conhecimento, informação

Por sugestão da Maria A. aqui fica o vídeo de Patxi Andion sobre “El Maestro”

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