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Com alguns meses de atraso, José Gomes Ferreira dá razão a Arménio Santos
08 Sábado Set 2012
Posted triunfo dos porcos
in08 Sábado Set 2012
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in09 Quarta-feira Mar 2011
Posted hipocrisia, iniquidade, neo-liberalismo, privatização, triunfo dos porcos
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Vídeos interessantes, de uma entrevista a John Perkins, em que se explica como funciona o poder das multinacionais
18 Quinta-feira Nov 2010
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A consolidação das teses neoliberais, verificada a partir da década de 80 do século XX, fez acelerar a crise do Estado social e foi largamente incrementada pela queda do muro de Berlim e a implosão do bloco comunista na Europa de leste.
Num primeiro momento assistimos a um ataque às teses keynesianas localizado na Inglaterra de Thatcher , cujo substituição por Blair e pela “3ª via” socialista acabou por servir de factor de contaminação junto de todos os partidos socialistas e social-democratas, que se vinham assumindo como fiéis gestores do capitalismo no seio da União Europeia.
Nas 3 últimas décadas assistimos à transformação do Estado social, provedor de serviços, num Estado avaliador que se remeteu ao papel regulação da prestação de serviços por terceiros.
Este Estado regulador tem vindo a transferir responsabilidades para o sector privado e para o chamado terceiro sector (ong’s, ipss’s, etc.), reservando para si o papel de regulação da concorrência e avaliação da qualidade dos serviços prestados.
No entanto, na generalidade dos países da UE, o Estado manteve nas últimas décadas uma presença significativa em sectores tradicionalmente reservados ao Estado social provedor de serviços públicos, nomeadamente na Saúde, Educação e Segurança Social. Trata-se de um sector de serviços com um potencial de negócio muito apetecível para o capital financeiro, que vem exigindo a retirada do Estado, ou a sua permanência no sector desde que cumprindo as regras da concorrência do capitalismo.
O Estado mínimo, de que fala Adriano Moreira, é um estado a quem o capital reserva apenas as tarefas consideradas “de soberania” – Justiça, Segurança e Representação Externa – deixando ao mercado todas as restantes funções consideradas de âmbito social. Competir-lhe-ia, ainda, a garantia da prestação dos serviços mínimos que, por não serem suficientemente lucrativos, não interessassem aos detentores do capital.
Mas a noção de Estado garantidor tem também vindo a evoluir num sentido bem diverso da garantia dos serviços mínimos ao cidadão. Na verdade a nova dimensão do Estado garantidor é a que corresponde ao conceito que, no nosso país, se traduziu nas parcerias Público-Privado. As muito famosas PPP são o novo patamar do funcionamento do Estado, que finalmente assume sem rebuço a sua dimensão de estado de classe, garantindo ao capital privado um lucro que esteja a salvo do conceito de risco, que era inerente à própria ideia de iniciativa privada.
Nestas novas condições o capital tem garantido o lucro e o Estado assume todos os riscos, como acontece com as cláusulas de salvaguarda que garantem aos concessionários privados uma receita mínima, mesmo que o negócio diminua em função da contracção do consumo do bem ou serviço prestado.
É também por isso que só se pode falar de crise para os trabalhadores, já que para o capital a acumulação de lucros, como é o caso dos 4,5 milhões de euros diários para a banca ou o 1 milhão diário para as seguradoras, é a prova de que é já sem qualquer pudor que o Estado assume a sua natureza capitalista, ao serviço da classe dominante.
29 Segunda-feira Dez 2008
Posted a bem da nação, crise, equívocos, nova direita, triunfo dos porcos
in(*) do texto de João César das Neves no DN de hoje
A partir desta ideia chave, JCN e muitos dos arautos da nova direita sentem-se seguros de que não haverá perigo de agravamento dos protestos nas ruas, e que não acontecerá no nosso país nada de semelhante às manifestações violentas ocorridas na Grécia ou em França.
Seguros deste modo pacato de ser português e de viver habitualmente como servos dos poderosos, os detentores do poder e toda a corte que os rodeia (de que JCN é apenas um dos frequentadores) esperam sair impunes do roubo descarado e da perda dos mais elementares direitos de cidadania que infligem aos seus concidadãos.
No seu artigo no DN, César da Neves deixa ficar a ideia de que os comentários na blogosfera e as conversas no café e nos transportes não passam de uma tempestadezinha, que nunca será comparável ao que ele chama de furacão helénico. E aconselha-nos a não protestar, não exigir, nem recriminar as autoridades, porque, segundo ele, o mundo e a história não nos devem direitos e regalias.
Obviamente que não, até porque “as autoridades” devem é preocupar-se com os protestos, as exigências, os direitos e as regalias dos banqueiros e especuladores, a cuja mesa JCN se senta, e que são os verdadeiros e únicos responsáveis pela hecatombe financeira e económica em que se encontra o “mundo global” de que tanto gostam de falar os defensores do capitalismo neo-liberal.
30 Domingo Set 2007
Posted esperteza saloia, triunfo dos porcos
inQue muito boa gente acha que o futebol português é um reflexo do país, já todos nós sabemos.
Deve ser por isso que a justiça futebolística, aplicada por juízes que são escrutinados apenas pelos “poderes instituídos” no seu próprio mundo, é tão semelhante à justiça geral, a qual, aplicada ao cidadão comum, faz lembrar George Orwell e o seu “Triunfo dos Porcos”: «Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que os outros». Na justiça quotidiana já todos percebemos que quem tem dinheiro e poder é mais igual que os seus concidadãos que não possuem nem uma coisa nem outra.
No futebol assistimos esta semana à confirmação da regra, quando dois juízes decidiram de forma diversa e oposta qual o tratamento a dar à cooperação com os seus auxiliares, que é suposto existir numa equipa de arbitragem: na quarta feira, porque o prejudicado era uma pobre equipa sem pedigree, o árbitro marcou o que não viu e garantiu a passagem do “glorioso benfica” à eliminatória seguinte da “Taça da Liga”; setenta e duas horas depois (no sábado) o árbitro não marcou o que o assistente assinalou, porque não viu e porque o prejudicado seria o “glorioso benfica”.
Esperamos pacientemente pela “justificação” que o padrinho dos árbitros virá dar nas próximas horas…