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Category Archives: o prazer do disparate

As opiniões do Ramiro, ou o estertor de um radical que pensou que tinha chegado a vez da desforra anti-escola pública

25 Terça-feira Jun 2013

Posted by fjsantos in manipulações furadas, o prazer do disparate

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Combate político, sindicalismo docente

Ramiro Marques foi, nos idos de 2009 e 2009, um dos “ídolos” de muitos professores que se insurgiam contra as políticas públicas de Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates.

Isso passou-se num tempo em que o “mestre de Boston” vestia a pele de cordeiro para disfarçar a natureza de lobo predador que agora revela, num ataque feroz ao sindicalismo docente, aos professores e à escola pública.

Tendo conseguido ser aceite na estrutura que influencia o MEC (e que continua a insinuar que é dominada pela esquerda), RM começa a ver fugir-lhe debaixo dos pés a glória que julgava ter alcançado para todo o sempre. Vai daí já nem se importa de atirar sobre os aliados preferenciais de outros tempos, e hoje desanca na FNE com quase tanta violência como costuma falar da FENPROF.

E nessa sanha anti escola pública, anti-sindical e, definitivamente, antidemocrática, nem se importa de recorrer à mentira, à desonestidade e à mistificação da realidade.

No seu blogue, e também no DN de hoje, RM tenta amplificar a mistificação que envolve toda a comunicação do MEC em torno do conflito com os professores e não se importa de mentir descaradamente ao afirmar:

Nesta guerra quem perde mais são os docentes que foram instrumentalizados na base de dois equívocos: a ideia errada de que as 40 horas semanais provocam aumento de carga letiva e a ameaça, também errada, de que o Governo está a preparar o desemprego de milhares de docentes dos quadros.

Tal afirmação não passa de um embuste, uma vez que o aumento da carga lectiva não decorre directamente do aumento do horário de trabalho para as 40 horas, mas sim da passagem da direcção de turma para a componente não lectiva, que se vem somar a todas as medidas anteriores de passagem à componente não lectiva do horário de muitas actividades desenvolvidas com alunos, nomeadamente os apoios, os clubes e as coadjuvações.

É esse aumento da componente lectiva, associado ao aumento do número de agregações (mega-agrupamentos) que ocorreu já durante este ano lectivo, que constitui o instrumento que o governo quer usar para atirar para a mobilidade e o desemprego alguns milhares de professores do quadro.

Quanto ao aumento para as 40 horas, quer para os professores, quer para todos os restantes trabalhadores, significa apenas mais uma redução do salário, uma vez que os funcionários terão que trabalhar mais horas com a mesma remuneração, baixando o custo unitário do trabalho.

Mas para além destas mentirolas, RM avança por outros caminhos bem mais preocupantes, porque reveladores de um espírito antidemocrático e revanchista, em que propõe a subversão da lei para diminuir os direitos dos trabalhadores e dos seus sindicatos, ao mesmo tempo que elogia a exploração desenfreada com que os patrões da escola privada tratam os seus professores:

Quando chegar o momento de escolher a escola, os pais devem meditar nas consequências de inscreverem os filhos em escolas capturadas pelos sindicatos e por grupos de ativistas capazes de fazer dos alunos reféns. E devem refletir por que razão a paz e a tranquilidade reinam nas escolas privadas enquanto as escolas estatais mergulham na confusão.

Para um fecho em beleza, RM acaba a sugerir que o governo use do pau caso a FNE (até agora sempre cordata e submissa) não aceite a cenoura que lhe é estendida:

Se as cedências do MEC em matéria de limites à mobilidade geográfica … não forem suficientes para que a Fne assine um compromisso, só resta ao Governo ser firme e alterar rapidamente o normativo sobre conselhos de avaliação, dando ordens às escolas para divulgarem as classificações que os docentes são obrigados a colocar numa aplicação informática.

Enfim, mais um post no já extenso rol de diatribes salazarentas, ditatoriais e antidemocráticas de um sujeito que melhor faria em se aposentar definitivamente, antes que os ventos da história o empurrem borda fora.

Demência? Senilidade precoce? Ou apenas desejo de mostrar serviço?

10 Sexta-feira Ago 2012

Posted by fjsantos in o prazer do disparate

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propaganda

A direita encontrou em Zita Seabra o instrumento que está sempre à mão (e disponível) para “contar” os maiores disparates e alarvidades, sempre que com isso seja possível atingir o PCP ou pessoas conotadas com este partido.

Tendo-se sido conhecida mais uma decisão, no mínimo pouco acertada, do governo cancelar o apoio a um projeto que se propunha criar cerca de 2000 novos postos de trabalho, tornou-se necessário atingir o empresário que estava à frente da iniciativa, para o descredibilizar.

Sendo conhecido por “barão vermelho”, por alegadas ligações ao PCP e por ser um dos “notáveis” benfiquistas, eis que surge a inefável Zita afirmando que «os comunistas usavam os aparelhos de ar condicionado para espiar “tudo o que eram ministérios, sítios nevrálgicos e órgãos de poder”, instalados nos anos 1980 pela FNAC – Fábrica Nacional de Ar Condicionado».

Convenientemente, o instrumento utilizado pelos perigosos espiões comunistas só podia ser fornecido pelo não menos perigoso barão vermelho, já que a FNAC era propriedade de Alexandre Alves, o empresário agora em litígio com o governo por causa do projeto dos painéis solares em Abrantes.

Será que Zita Seabra não se manca e não percebe que, mesmo para a silly season, o disparate tem limites?

A “separação de poderes” tem dias…

15 Domingo Jul 2012

Posted by fjsantos in neo-conservadorismo, o prazer do disparate

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demagogia, hipocrisia

… pelo menos para a malta da direita, que tem “”n’américa” o seu farol da humanidade.

Para o senhor Nuno Gouveia o presidente do TC revelou uma inacreditável tentação de legislar através do banco de juízes, mas será por certo normal que a secretária de estado Hillary Clinton declare que os EUA farão justiça no caso George Wright, e para o fazer tenham já apelado ao Honorable Pedro Passos Coelho, Prime Minister of the Portuguese Republic, expressando-lhe a preocupação pelo facto de um juiz português ter recusado a extradição de Wright e apelando ao governo português para que altere a decisão judicial.

São uns pândegos que acham que a justiça só é justiça quando profere decisões que lhes agradam.

Em fim-de-semana de cimeira europeia, há quem ande a “pôr as barbas de molho”

08 Quinta-feira Dez 2011

Posted by fjsantos in neo-conservadorismo, neo-liberalismo, o prazer do disparate

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luta política

Dar uma vista de olhos pela imprensa internacional, em dia de mais uma cimeira decisiva para salvar o euro, é sem dúvida um exercício instrutivo para toda a gente… em especial para os especialistas da inevitabilidade do PRocesso de Empobrecimento em Curso (o PREC modelo 2011/12)

 

Crise de la dette – Leonetti : “La situation est grave, l’euro peut exploser”

 

Eurozone banks borrow $50bn from emergency bailout fund

 

El BCE bajará tipos y aprobará hoy más medidas urgentes para la banca

 

Banks Prep for Life After Euro

 

Britain is the natural leader of outer Europe

 

Top Tories press Cameron on EU reform referendum

Portugal 2011 – a pretexto da “crise”, o director de um jornal faz um apelo à extinção do sindicalismo

09 Sexta-feira Set 2011

Posted by fjsantos in a bem da nação, nova direita, o prazer do disparate

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Combate político, democracia, sindicalismo

Há muito tempo que é sabido que no dia em que Nosso Senhor Jesus Cristo fez a distribuição da inteligência houve gente que chegou já com a fila encerrada e, como tal, ficou destituída dessa qualidade humana que permite estabelecer uma relação com o mundo e os que nos rodeiam, de uma forma saudável.

Entre estes atrasados ao encontro com o dom da inteligência conta-se, com elevado grau de probabilidade, o autor desta crónica que remete para a nostalgia salazarenta do a minha política é o trabalho, tão ao gosto dos amantes do fascismo português, mesmo quando reciclados em democratas de última hora e empossados em cargos de chefia de redacções na comunicação social.

É que, com tal défice cognitivo, este tipo de pessoas nunca conseguirá compreender que os políticos não passa de uma construção analítica, que não resiste ao impacto da acção pública quando falamos de decisões sobre políticas públicas, que têm impacto imediato e sensível na vida dos cidadãos.

Pretender partir a espinha aos sindicatos para permitir que os políticos decidam o que os cidadãos têm que fazer, não deixando de ser uma afirmação antidemocrática e merecedora de censura social, é sobretudo reveladora de uma enorme ignorância sobre o que é a política, o que são as dinâmicas sociais e como se vive em sociedade no tempo da circulação instantânea de informação e das redes sociais. Ignorância que é tanto mais grave quando se refere a alguém que tem a responsabilidade de dirigir um jornal, que se pretende de referência em Portugal.

Pensei que fosse hoje, afinal só em Setembro

08 Quinta-feira Jul 2010

Posted by fjsantos in neo-liberalismo, o prazer do disparate

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anti-sindicalismo, sindicalismo docente

Há bué de tempo que ando à espera do “passo seguinte”.

Desde o início desta “estória”, que uns consideram triste (mas que não é mais do que a acção dos actores na sua luta política para obterem ganhos estratégicos na sua relação com o outro), que está claro que os movimentos autónomos tinham uma de duas vias para escolher: 1. extinção incondicional; 2. institucionalização.

Uma vez que a extinção incondicional não faria sentido, face ao investimento pessoal de alguns actores e à dimensão mediática obtida, o caminho da institucionalização era o mais óbvio.

Do ponto de vista individual, o caminho para a institucionalização não tinha que ser igual para todos os actores envolvidos nos movimentos. Para uns, nos quais me incluo sem a menor dúvida (não sei se para muitos mais), a institucionalização passaria pela adesão ou reintegração no movimento sindical existente. Para os que rejeitam a participação nesse movimento sindical só poderia restar outra opção: a criação da sua própria instituição.

Dos movimentos que se reclamam de uma autonomia política e partidária (que ainda carece de prova), um constituiu-se em associação formal, outro faz apelos regulares a uma institucionalização conjunta e o terceiro remete-se a uma resistência virtual, com a manutenção de um site que vai reproduzindo textos colhidos aqui e ali, sem se lhe conhecer produção própria.

Hoje, dia em que os sindicatos filiados na FENPROF realizaram plenários distritais englobados na jornada de luta da CGTP-IN (esse “coio de comunistas comedores de criancinhas e inimigos do mérito e da promoção individual), a APEDE publicou um texto em que ataca frontalmente a FENPROF, não se coibindo de adjectivar a má-fé do governo como sendo uma página negra do sindicalismo docente, atribuindo a respectiva responsabilidade aos dirigentes sindicais.

O texto é longo, como é apanágio do seu autor, que tem tanto de eloquente como de mal educado, mas apenas é relevante numa ideia que deixa expressa sub-liminarmente, sem ter coragem de a assumir por completo

Talvez seja pois chegada a altura, passado todo este tempo de luta, dos professores se interrogarem, muito a sério, se consideram que estão a ser bem representados e bem defendidos nas negociações com o ME e o governo […] os recorrentes “soundbites”- “só por dentro é que podemos mudar os sindicatos e melhorá-los” e “os sindicatos são o que os sócios quiserem e fizerem deles”- não passam de “slogans” demagógicos e artificiais e de uma “cortina de fumo” com o objectivo claro de travar a mudança e impedir uma reforma profunda das organizações sindicais. A verdade é que estamos, cada vez mais, necessitados dessa reforma. Ou de um outro caminho. O tempo urge…

Trata-se de um apelo a umas bases míticas que, na saga da sua luta virtual (que não virtuosa) contra o neoliberalismo imposto por Bruxelas e reconfigurado por Lisboa, este dirigentes do(s) movimento(s) pensam liderar. Esse apelo velado deveria ser consequente e propor aos professores (a quem tanto apelam e de quem se acham lídimos representantes) a criação de um “outro sindicato”, quiçá de uma “ordem refundadora da profissão”.

Como comecei por escrever, logo no primeiro período deste já longo texto, há bué de tempo que aguardo por esse momento. Pensei que fosse hoje. Afinal vou ter que esperar até Setembro, altura em que, de acordo com um membro da direcção da Apede

Depois de tantas “vitórias” e tantos acordos ainda estamos pior que no início.Vamos todos juntar-nos logo em Setembro para estabelecer o “nosso” programa de acção. Zé Manel ( membro da direcção da APEDE)

Que tristeza!!!

19 Sexta-feira Out 2007

Posted by fjsantos in língua materna vs inglês técnico, o prazer do disparate

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Chegou ao meu conhecimento um texto, escrito e publicado num blogue, que pretende de uma cajadada bater nos professores e no Presidente da República, ao mesmo tempo que, de forma camuflada, procura fazer a apologia das políticas públicas socialistas.

Se é certo que cada um é livre de exprimir as suas opiniões, não há dúvida que alguns são mais livres do que os outros de dizerem, escreverem e/ou publicarem todas as tolices que lhes der na real gana. É sem dúvida o caso do sr. Fernando Beça Moreira, que alia o prazer que tem de escrever disparates à falta de qualidade na escrita, o que sem dúvida indicia uma relação algo conflituosa com a instituição escolar. Será essa sem dúvida uma das razões porque se atira aos professores que nem gato a bofe. A outra razão terá provavelmente a ver com a necessidade de mostrar o seu amor à causa rosinha e ao grande líder que a dirige.

De resto, se alguma coisa importa reter da leitura deste texto é que os avanços tecnológicos têm a grande vantagem de democratizar o acesso à edição, mesmo por parte de quem possui uma relação com a língua materna tão difícil quanto a relação que o grande líder tinha com o inglês técnico. É aquilo a que podemos chamar “A festa da democracia”!!!!

Correio Electrónico!

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