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~ Defendendo a Cidadania

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Category Archives: liberdade

da escola como ocupação do tempo dos jovens

10 Quarta-feira Fev 2016

Posted by fjsantos in absurdos, autonomia, liberdade

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tempo escolar

O conceito de “escola a tempo-inteiro“, que Maria de Lurdes Rodrigues impôs para o 1º ciclo, é algo com que discordo em absoluto, por diversas razões de que destaco as seguintes:

  • permanecer diariamente num espaço vigiado, supervisionado e controlado por adultos, tendo que se conformar em permanência com regras impostas por esses mesmos adultos, pode servir para amestrar jovens submissos e descansar progenitores que estão ocupados a “viver a sua vida”, ou a vender o seu suor a um ou mais patrões; não servirá, nunca, para funcionar como o espaço de liberdade, criatividade e descoberta do mundo, que a minha geração e muitas outras antes e depois da minha tiveram a felicidade de usufruir;
  • ocupar o tempo de todos os alunos de uma escola, para além do tempo estritamente necessário ao desenvolvimento do currículo escolar, implica a existência de recursos muito diversificados em termos de espaços, equipamentos, materiais, técnicos e humanos, para além da indispensável reformulação do quadro mental de directores, professores e outro pessoal adstrito ao funcionamento dessa escola;

Espero que a ideia não seja para levar a sério e desejo que as famílias percebam e tenham as condições necessárias para se implicar na educação dos seus filhos, libertando a escola para a sua função fundamental: dar às novas gerações os instrumentos e o conhecimento que necessitam, para que tenhamos no futuro cidadãos felizes, autónomos e comprometidos com o desenvolvimento da sociedade em que estão inseridos

Uma lição importante para as forças de segurança, sobretudo pensando nos tempos que se avizinham

25 Quinta-feira Ago 2011

Posted by fjsantos in autoritarismo, denúncia, liberdade

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Resistência

A história pode contar-se em poucas palavras, mas contém um ensinamento que convém não ser posto de lado.

Na semana passada realizou-se em Madrid mais uma edição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que tiveram como ponto alto a visita do Papa Bento XVI.

Exercendo um direito inalienável de cidadania, grupos de laicos  espanhóis organizaram manifestações de protesto contra a visita papal e as jornadas, não porque achassem que essas iniciativas eram ilegítimas, mas por discordarem da despesa que o evento acarretou para o erário público espanhol, sobretudo na altura em que os cidadãos são sobrecarregados com impostos e desemprego devido à famosa “crise”, que deixa os trabalhadores na miséria e os banqueiros e grandes accionistas das corporações internacionais cada vez mais ricos.

A monarquia católica espanhola decidiu então que competiria às suas “forças de segurança” controlar os protestos laicos e impedir que os manifestantes incomodassem os interesses da santa ICAR.

Até aqui tudo decorria sem grandes problemas, embora se possa considerar que a decisão de cercar o Sol com forças especiais anti-motim é, por si só, uma forma clara de condicionar o direito à indignação e à manifestação de cidadãos, que têm o direito a não seguir a igreja do estado.

Só que nestas coisas há sempre aqueles vassalos que se esquecem de que pertencem ao povo e desejam ficar bem na fotografia, para os senhores saberem como lhes são fiéis.

E um desses guardiães acéfalos dos poderosos excedeu-se, agredindo barbaramente uma jovem com uma estalada e algumas cacetadas, aproveitando ainda para malhar no jovem que tentava ajudá-la.

A cena também foi fotografada por um jornalista que a ela assistiu, e que foi a terceira vítima da acção da besta fardada e da inacção do resto da matilha, que a tudo assistiu tranquilamente, nalguns casos ajudando também à festa.

Felizmente para os direitos dos cidadãos, e para a defesa da democracia, tudo foi registado em vídeo e a existência do Youtube permitiu a rápida divulgação das práticas policiais.

O resultado foi a abertura de um inquérito e uma muito provável condenação de quem não é digno de pertencer a uma instituição que tem por missão garantir a segurança dos seus concidadãos, e não a de ser um instrumento de repressão ao serviço dos poderosos.

A lição que convém que estes polícias (e já agora pode servir para as forças de segurança cá do nosso burgo) é que na hora do aperto bem podem reclamar inocência e dizer que só cumpriam ordens. Nessa altura o director da polícia, o ministro, o 1º ministro, o rei ou o presidente e até o papa, todos eles vão sacudir a água do capote, vão esquecer que o agente estava na rua a seu mando e para lhes fazer o frete, e deixarão rolar mais uma cabeça de um plebeu.

A história completa da agressão pode ser lida no blogue de Daniel Nuevo, o fotógrafo espancado por estar a fazer (bem) o seu trabalho.

Uma leitura elucidativa

28 Quinta-feira Abr 2011

Posted by fjsantos in acção pública, liberdade

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Combate político, Resistência

O medo de ouvir dizer NÃO

O José Luiz Sarmento escreveu um belo post para comemorar o 25 de Abril.
Só hoje o li, porque já não passava pelas “Leituras” do JLS há uns dias. Apesar de não ter sido escrito hoje, continua a ter toda a importância, sobretudo porque diariamente nos continuam a servir doses indegestas de inevitabilidades.
Deixo-vos aqui alguns parágrafos de inegável sentido cívico:
Os comissários políticos do neoliberalismo têm medo de nos ouvir o mesmo «não» que já ouviram à Islândia. Portugal não é a Islândia: é trinta vezes maior em população. O «não» deles provocou um terramoto; um«não» nosso provocaria um terramoto muito maior, e na sequência deste um tsunami que varreria toda a Europa, como varreu todo o mundo o que comemoramos hoje.
Este «não» não virá dos nossos políticos, que têm tanto medo do Sr Rehn como o Sr. Rehn tem de nós. A vir, virá da arraia miúda, como em 1385 e tantas vezes depois disso. Para o dizer, basta que votemos BE ou PC, nem que seja com a mão no nariz. Quem julgar que isto não serve de nada, olhe para o medo do Sr. Rehn, para a sua pressa em criar factos consumados antes que o eleitorado português vá a votos: ficará elucidado sobre a utilidade ou inutilidade deste voto.
Basta que não aceitemos o que «tem que ser»; que não nos verguemos ao «inevitável»; que saiamos à rua e defenestremos o Bloco Central – os Condes de Andeiro que infestam os palácios – antes que «matem oMeestre». Basta, em suma, que não sejamos ratos.

Um espaço de reflexão que vale a pena ler

31 Segunda-feira Mar 2008

Posted by fjsantos in burocracia, gestão escolar, liberdade

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Há-de haver por aí muita gente com saudades da escola salazarista. Uns porque a viveram e se deram bem com ela; outros porque, não a tendo vivido, a mitificam. Eu vivi-a como aluno e não tenho saudades nenhumas.

A escola salazarista era fortemente hierárquica. Os professores tinham poder efectivo sobre os alunos, os directores de ciclo sobre os professores, os metodólogos sobre os estagiários, o reitor sobre todos.

Felizmente ainda é possível encontrar gente que pensa, que reflecte antes de escrever e que não se fica pelos lugares comuns que só servem para fazer manchetes. Pelo contrário, JL Sarmento ajuda-nos a pensar o mundo em que vivemos e a procurar soluções.

Arquive-se!

25 Quarta-feira Jul 2007

Posted by fjsantos in bufo, denúncia, liberdade, processo disciplinar

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Com este despacho a Drª Lurdes apresenta-se ao país como uma paladina da Liberdade, na senda dos “fundadores” do PS, imaginando que somos todos uns papalvos, sempre dispostos a comer e calar.
De resto, é por conhecer demasiado bem a propensão dos portugueses para “tratarem da sua vidinha” e assobiarem para o lado, quando estão em causa temas de cidadania, que a actual nomenklatura, que domina o partido da maioria, utiliza os truques e as golpadas que serviram ao seminarista de Stª Comba para governar até morrer.
A Drª Lurdes mandou arquivar o processo do professor Charrua, mas nem ao de leve criticou a Drª Margarida, ou verberou a atitude do bufo que o originou.
A Drª Lurdes diz que o despacho evita que um português seja punido por um delito de opinião, mas não mandou reintegrar o professor Charrua, mantendo na prática a punição de fim da requisição na DREN, que vigora desde que a suspensão preventiva, no âmbito do processo agora arquivado, foi revogada.
E no meio disto tudo, ainda temos que levar com a “cara de pau” do porta voz do PS, a dizer que a atitude da ministra (claramente pressionada por toda a opinião pública e publicada) demonstra que o PS é um partido de liberdades!!! Isso foi chão que já deu uvas, mas há tanto tempo que muita gente nem se lembra.

Correio Electrónico!

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