(Re)Flexões

~ Defendendo a Cidadania

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Category Archives: esquerda

A verdade em política não prescinde da emoção

16 Sábado Fev 2013

Posted by fjsantos in esquerda

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Combate político, Rigor

Todo o discurso merece atenção e reflexão, mas o que marca a diferença entre o teatro de sombras com que os flibusteiros da política enganam os eleitores há mais de trinta anos e o sentir genuíno de quem põe a sua vida ao serviço da polis, é o que se pode ver e ouvir a partir de 5′ e 50”

A verdadeira natureza do PS ou, esclarecendo o embuste sobre “um PS de esquerda”

23 Domingo Dez 2012

Posted by fjsantos in ambiguidade, esquerda

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Combate político

O deputado Vital é uma daquelas personagens que, na sua tendência egocêntrica para a incontinência verbal, tem a virtude de dizer sem rodeios ao que anda.

Seguir com atenção o seu discurso percurso, desde a aproximação guterrista, passando pela paixão socrática, até à postura senatorial segura, constitui uma forma de perceber porque é que desde sempre foi impossível uma frente de esquerda no Portugal de Abril: sob a máscara de uma alegada postura de esquerda, o PS foi criado pelo senador Soares para combater o PCP e todos quantos possam constituir uma ameaça aos interesses de uma média burguesia urbana, que aspira a ser incluída nos círculos do capital internacional, mesmo que à custa do interesse dos seus concidadãos.

Este vídeo é bem ilustrativo desse discurso.

Somos nós os teus cantores – Adriano e Zeca na Aula Magna

06 Domingo Maio 2012

Posted by fjsantos in cultura, esquerda

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spgl

Espetáculo inolvidável o que se realizou esta noite na Aula Magna.

Uma sala completamente cheia, um conjunto de cantores excelente, testemunhos e recordações comoventes e, sobretudo, a memória das canções e da luta a que nunca fugiram, quer o Adriano, quer o Zeca.

Quem não esteve lá nem sonha o que perdeu.

A fraca qualidade das imagens do telemóvel permite, ainda assim, dar testemunho do entusiasmo apoteótico do final.

Os sem-vergonha

14 Quinta-feira Jul 2011

Posted by fjsantos in esquerda

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luta sindical, Resistência

Post dedicado, com atenção especial, a todos quantos se esforçam por tresler as iniciativas da esquerda que não se rende, seja na frente partidária, seja na frente sindical.

Para esses expertos da palavra, nada melhor que a palavra sábia de Facundo Cabral:

No domingo não te enganes para não teres que te arrepender na segunda-feira

03 Sexta-feira Jun 2011

Posted by fjsantos in esquerda

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Combate político, eleições, Rigor

daqui

Um comentário, uma dúvida e a resposta que sou capaz de dar

03 Sexta-feira Jun 2011

Posted by fjsantos in esquerda

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Combate político, eleições, Resistência

A Isabel Campeão, autora do blogue Memórias Soltas de Prof, enviou-me um comentário em que afirma a sua determinação de continuar a votar na CDU mas coloca uma dúvida que a atormenta, como é provável que aconteça com muitos outros portugueses que se reconhecem nas posições defendidas pela CDU e têm consciência da necessidade de fortalecer o voto de esquerda.

Francisco, venho aqui não tanto por este teu último post, mas porque já é 6ª feira, último dia em que é permitido fazer campanha pública. Eu sei que o PCP tem toda a razão em rejeitar o acordo e apoiei totalmente que tenha recusado participar em encontros com a troika. Também não tenho qualquer dúvida em votar onde sempre votei (somos camaradas). Mas pego na notícia: “Jerónimo salienta que o PCP não tem uma postura de «quanto pior, melhor» para capitalizar os sentimentos de descontentamento das pessoas” (eu sei que não tem essa postura) para te dizer uma coisa que não tenho compreendido bem por parte do Jerónimo de Sousa e talvez me possas responder. O ataque cerrado a Sócrates, por toda a razão que tenha (tem), tem prevalecido em prejuízo da denúncia do ainda pior Passos Coelho. Este, para mim, é aterrador, de um neoliberalismo extremo, e, se dependesse dele, destruiria a nossa Constituição (agora não o diz, mas percebeu-se bem quando começou a aparecer), além de nem competência/preparação ter. Ora, o realismo leva-nos a saber que a CDU, mesmo que suba, nunca, infelizmente subirá muito. E confesso-te que, apesar de tudo o que tenho contra Sócrates, se eu fosse das pessoas que optam por “voto útil” (mas não na CDU), até engoliria o sapo de votar PS porque Passos Coelho é ainda mais assustador.
Em suma: O PS até é mais à esquerda (ou menos à direita) quando está na oposição, mas está a acentuar-se o perigo de uma maioria absoluta PSD+CDS, o que deixará a oposição sem nada poder impedir. Além de que não acredito que se possa contar com Cavaco para obrigar, nesse caso, a uma participação bem mais alargada no Governo.
Desculpa este testamento, mas és a única pessoa dos blogues que conheço/acompanho a quem pôr esta minha… digamos, perplexidade perante o alvo maior do Jerónimo ao PS do que ao PSD. Não é crítica, pois o que me acontece é que não tenho compreendido.
Se não tiveres tempo de me ler e comentar… fica o desejo de que, no domingo, se verifiquem exageros nas sondagens, quer nas mais altas, quer, ao contrário, na CDU, isto é, que haja a boa surpresa de estarem a errar consideravelmente para baixo nos resultados da nossa CDU.
Um abraço.

O que posso dizer sobre o assunto é o que penso e sintetiza-se da seguinte forma:

  • Os dirigentes do PS são, em Portugal, a encarnação dos políticos voodoo desde que o I governo constitucional de Mário Soares tomou posse.
  • A categoria “político voodoo” aplica-se àqueles políticos que, através da manipulação das percepções e imagens, levam os seus apoiantes a acreditar que são aquilo que dizem nos seus discursos, e não o que as suas práticas efectivamente demonstram.
  • Ao longo de 35 anos o PS vem enganando os seus eleitores e apoiantes, ao utilizar um discurso de esquerda e de defesa dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos, ao mesmo tempo que elabora e apoia legislação que beneficia inequivocamente o capital e os accionistas das grandes multinacionais.
  • O enorme esforço que foi feito nas últimas semanas, pela generalidade dos comentadores e órgãos de comunicação social, para evitar que o PS tenha uma derrota estrondosa e humilhante, deve-se ao receio que o capital tem de que um PS pouco acima dos 20% se transforme numa verdadeira força de esquerda, e passe a inviabilizar as alterações constitucionais de que o neoliberalismo necessita para manter a sua fachada democrática.
  • Essa é a ameaça velada que foi feita por alguns dirigentes do PS, nomeadamente por António Costa, quando alertaram para o perigo de o afastamento do PS do governo se poder traduzir num aumento da contestação na rua. Evidentemente que estes dirigentes do PS nunca dirão que só viabilizam as alterações da legislação que carecer do seu apoio se fizerem parte do pântano central, mas é com esse risco que ameaçam os seus parceiros de negócios em que transformaram o estado central e o estado local, onde partilham os lugares de administração de empresas públicas e municipais.
  • É por isso que para quem queira vir a ter um governo de esquerda em Portugal, demore o tempo que demorar, o voto no PS é a maior inutilidade que se possa imaginar. Porque servirá, como sempre serviu, para viabilizar as políticas que os dois partidos à sua direita nunca conseguiram aplicar sozinhos.
  • É também por isso que estou convencido que só quando a diferença entre o PS e os partidos à sua esquerda for substancialmente diminuída é que poderemos aspirar a ter um governo amigo dos portugueses que mais necessitam de justiça, equidade e segurança nas suas vidas.
  • Finalmente, sobre a questão da eventual maioria do PSD com o CDS, cada voto que ajude a eleger mais um deputado da CDU (e também do BE) é um voto a menos nos dois partidos da direita. Desse ponto de vista é preciso não esquecer que os deputados que o PS vier a eleger são potenciais votantes das leis que PSD e CDS vão apresentar na AR, para dar cumprimento às propostas da troika estrangeira e, como tal, em nada fazem perigar os objectivos de Passos Coelho.
Isabel, espero com isto ter-te ajudado a resolver essa dúvida. Aproveito para te agradecer a oportunidade de expressar este ponto de vista, acreditando que isso possa ajudar alguns indecisos a perceber que o único voto útil é o que expressa as nossas convicções profundas. No nosso caso é o voto na CDU.

O carácter não se vende

28 Sábado Maio 2011

Posted by fjsantos in cidadania, esquerda

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Combate político, Rigor

Siza Vieira e Souto de Moura desmentem apoiar o PS

Receitas da Troika, Economia de Mercado e Escola de Chicago

23 Segunda-feira Maio 2011

Posted by fjsantos in acabar com o medo, cidadania, esquerda

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acção pública, Combate político

A intervenção estrangeira sobre a economia portuguesa, que nos é apresentada como a ajuda salvífica para reparar o despesismo do nosso “estado social”, segue fielmente os preceitos da cartilha neoliberal que defende a economia de mercado, na melhor tradição do “rigor científico” da escola económica de Chicago.

A receita básica resume-se a três ideias-chave: redução das despesas do estado, privatização da economia e abolição do controlo estatal sobre o preço dos bens e serviços, incluindo aqui o valor do salário. Que esta receita tenha um custo pesado em termos de recessão económica e inflação é coisa que pouco preocupa os seus mentores pois crêem sustentar-se num rigor técnico científico, fundado no saber da escola do pensamento económico que lidera a verdadeira conquista global do planeta em nome da liberdade e do bem estar.

Infelizmente essa narrativa do “bem-estar e da liberdade” omite o facto de que estes são apenas possíveis para uma pequena minoria, arrastando cada vez mais seres humanos para a pobreza e a miséria.

Seguindo as teorias dos economistas da escola de Chicago, e do seu guru Milton Freedman, os responsáveis pela política neoliberal em que Portugal se afunda aceitaram agora aplicar-nos um tratamento de choque, que só não é exactamente igual ao que foi aplicado no Chile de Pinochet porque não vivemos o terror de uma ditadura. Mas no plano económico o tratamento de choque será em tudo semelhante e não é a diferença entre a explicitação da receita privatizadora, protagonizada pelo PSD e CDS, ou a forma camuflada e dissimulada como o PS segue a mesma cartilha que inverterá este processo em que a riqueza é aspirada para o topo, ao mesmo tempo que grande parte da classe média é simplesmente liquidada.

O que temos como propostas da Troika interna, sob apertada vigilância da Troika externa, já não é nem um estado-social nem sequer um estado-regulador, mas sim um estado-corporatista no sentido que lhe é atribuído por Naomi Klein quando o identifica como uma aliança entre um estado-mínimo, que se limita a garantir a segurança dos negócios, e as grandes empresas do sector financeiro e da distribuição, cujos lucros assentam na especulação financeira e na circulação livre, instantânea e imaterial dos capitais.

Esta é uma aliança cujo êxito depende, de forma decisiva, da incapacidade dos cidadãos reagirem e se organizarem. É por isso que os pequenos focos de reacção que vão sendo ensaiados em torno de algumas reivindicações concretas devem conseguir passar para outras formas de coordenação e organização. É preciso, é mesmo urgente, que todos quantos percebem a armadilha em que os partidos do “arco do poder” nos colocaram consigam unir-se para concretizar uma política diferente.

Entrevista publicada no Profblog

12 Quinta-feira Maio 2011

Posted by fjsantos in esquerda

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acção pública, eleições

O Ramiro Marques convidou-me a responder a algumas perguntas relacionadas com as eleições de 5 de Junho.

Porque as questões me parecem bastante pertinentes e permitiram esclarecer a minha opinião sobre a utilidade e pertinência do voto dos professores na CDU, sem qualquer tipo de constrangimento, deixo também aqui as respostas dadas e por ele publicadas:

Indica-me 3 razões válidas para os professores votarem na CDU.

Existe uma razão que é prévia a qualquer outra e que é determinada pela fiabilidade do PCP. Trata-se de um partido que honra os seus compromissos e cuja prática é coerente com o seu discurso, não escondendo dos portugueses as orientações políticas que determinam a sua acção.

  1. Dito isto, responderei que a primeira razão para que os professores votem na CDU decorre do entendimento que o PCP tem sobre o valor da educação como instrumento de valorização do ser humano e de factor de reconhecimento do papel do indivíduo na sociedade.  A centralidade da educação como factor de promoção do indivíduo é assumida até a nível estatutário, sendo o PCP o único partido que inclui nos deveres dos militantes  o de procurar elevar o seu nível cultural, político e ideológico (art. 14º i);
  2. É com base nessa forma de olhar a educação que a CDU propõe que um governo em que participe aposte determinadamente na Escola Pública de Qualidade para todos os portugueses, porque essa é uma condição imprescindível para elevar o nível cultural, científico, moral e cívico de todos os cidadãos;
  3. Uma terceira razão prende-se com o reconhecimento de que a dignificação do trabalho dos professores é um dos pilares essenciais para a realização de uma Escola Pública de Qualidade. Essa dignificação do trabalho e da carreira docente passa pela valorização da carreira que, no caso do ensino básico e secundário que corresponde à escolaridade obrigatória, passará necessariamente por uma carreira única, com a possibilidade de acesso aos escalões mais elevados num tempo razoável. Por outro lado a dignificação da carreira passa também por um nível de exigência profissional, com implicações no cumprimento de um plano de formação e actualização contínua de conhecimentos, quer no plano científico, quer pedagógico e didáctico, associado a um modelo de avaliação que, pelo seu carácter formativo, constitua factor de orientação e melhoria do desempenho do professor.

Do vasto leque de medidas propostas pela CDU, qual é a que pode ter maior impacto na melhoria da condição docente?

É difícil destacar uma medida com mais impacto de que as outras, uma vez que o trabalho e a vida dos professores são realidades complexas e não compartimentáveis. Se por um lado a valorização da carreira nas dimensões referidas na questão anterior – estatuto, carreira única, avaliação formativa, formação inicial e contínua exigente – podem parecer aspectos centrais, o regresso a formas de gestão mais democráticas e com o primado do pedagógico sobre o administrativo, ou a efectiva melhoria dos espaços físicos das escolas, são também essenciais para a melhoria da condição docente.

De notar que, quando falo de melhoria dos espaços físicos das escolas, considero que a criação da Parque Escolar EP., e a falta de transparência associada às obras que esta empresa tem realizado nas escolas, é tudo menos um “investimento na educação”. Essa é a propaganda do governo e do PS, que canaliza milhões de euros para o sector da construção a coberto de uma alegada “paixão pela educação” que manifestamente não existe.

Por que razão, os professores não devem votar nos outros partidos?

Relativamente a esta pergunta só encontro uma resposta possível. Porque cada professor só tem um voto e, do meu ponto de vista, deve usá-lo para ajudar a eleger mais deputados da CDU que, de certeza, defenderão na AR os interesses da Escola Pública de Qualidade e os interesses de todos quantos trabalham e estudam nessa escola para elevar o nível de vida dos portugueses.

Como compatibilizas as propostas da CDU com as exigências colocadas pelo FMI/BCE/UE para o resgate financeiro de Portugal (empréstimo de 78 mil milhões de euros)?

A intervenção do FMI/BCE/EU decorre de uma necessidade de financiamento dos bancos, alegadamente para financiar a economia. No entanto basta fazer algumas contas para perceber que o montante que irá ser usado para o investimento produtivo é mínimo.

De acordo com o memorando negociado no final deste processo os portugueses, que contribuem com o seu trabalho e impostos, vão pagar a estes alegados beneméritos cerca de 113 mil milhões de euros, correspondentes à amortização dos 78 mil milhões e mais 35 mil milhões de juros. Depois de entregar directamente à caixa dos bancos portugueses – CGD, BCP, BPI, etc. cerca de 12 mil milhões e depois de cativar mais uns quantos milhares de milhões para o fundo de garantia do sistema financeiro português, sobrarão pouco mais de 20 mil milhões para emprestar às empresas e para “reanimar” a economia. Convenhamos que é um negócio ruinoso.

Mas para lá da ruína efectiva e imediata do acordo importa perceber porque é que chegámos aqui, e se o caminho que nos é proposto nos pode tirar deste enorme buraco para onde fomos empurrados.

A história do nosso desastre começou há mais de 25 anos quando, para obter a garantia de que Portugal se afastaria definitivamente da órbita comunista, Mário Soares se lançou de cabeça nos braços da CEE. Não sendo o nosso país uma potência económica de relevo e, muito menos, não tendo os portugueses um nível de qualificação académica próximo dos valores dos países centrais da comunidade, a opção que então foi feita de desmantelar o sector primário e secundário, fazendo uma aposta alucinada e suicida no sector dos serviços, só podia ter tido o resultado que agora constatamos. No entanto quem tem memória desses tempos recordará que o PCP bem avisou que as condições que nos eram exigidas (e os nossos governos aceitaram de bom grado) iriam levar o país à ruína.

Bem nos podemos esforçar por aumentar a capacidade das nossas empresas exportadoras, mas enquanto precisarmos de importar o que comemos estaremos sempre à mercê de qualquer troika que aterre na Portela ou em Alcochete.

É por isso que a proposta do PCP passa por concertar, com os outros países que estão com dificuldades semelhantes, uma estratégia de actuação comum. Dessa estratégia deverá fazer parte uma proposta de renegociação conjunta das condições de pagamento das dívidas soberanas, nomeadamente quanto a prazos, juros e montantes. A questão dos montantes a pagar prende-se com a necessidade de uma auditoria que revele se todo o valor em dívida corresponde a responsabilidades efectivas do(s) Estado(s), ou se existem valores decorrentes de gestão danosa ou corrupção, apurando nesses casos os responsáveis pelo respectivo pagamento.

Finalmente, este plano terá que ser articulado com o reinvestimento nos sectores primário e secundário da economia e na renegociação das condições de produção acordadas com a UE, como é o caso das quotas de produção agrícola ou das pescas.

E m resumo, trata-se de aumentar a produção nacional de modo a ter que importar cada vez menos bens de primeira necessidade, ao mesmo tempo que devemos continuar a apostar na especialização de alguns sectores exportadores que têm tido sucesso nos mercados externos.

A vitória do mercado no campo da informação/opinião

10 Terça-feira Maio 2011

Posted by fjsantos in esquerda

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acção pública, Combate político, Rigor

Há mais de duas décadas travou-se um combate pela privatização dos órgãos de comunicação social, que tinham passado a ser controlados pelo Estado na sequência das nacionalizações de 1975.

Quem tem memória desse tempo recorda-se das rádio-piratas, e de uma ou outra emissão clandestina de televisão, com especial destaque para a saga da TSF como exemplo de combate contra a “informação controlada”, que manipulava as consciência do bom povo português.

Passadas duas décadas, um alienígena que aterre em Portugal terá sérias dúvidas em saber se a Antena Um é mais pró-governamental do que a estação privada que o Baldaia dirige.

A situação miserável a que chegou a comunicação social deste país, em particular no que se refere aos órgãos de comunicação que se especializam na informação e opinião, tem a ver com a falta de qualidade dos seus “titulares”, que são gente que soube encostar-se aos donos do dinheiro, que comprou a alforria, e hoje vai vivendo de fazer fretes a quem governa.

Este desencanto que aqui deixo expresso é algo que me incomoda há muito tempo e que tem constituído matéria de divergência com alguns companheiros blogosféricos, que se deixam deslumbrar pela aceitação mediática de que disfrutam em momentos convenientes para os “donos do jogo” viciado.

Um exemplo da falta de qualidade de quem tem direito a tempo de antena (sonegado a quem teria muito mais a dizer aos portugueses, para o seu esclarecimento) foi o comentário realizado esta noite, no canal de Balsemão/Ricardo Costa, protagonizado pelos “comentadeiros políticos” Henrique Monteiro, Helena Garrido e Filipe Luís. A indigência política é tanta que estes “expertos” ficaram genuinamente impressionados com um gráfico apresentado por Passos Coelho, em que este neoliberal assumido e confesso mostrou que o PS de Sócrates, Santos Silva, Silva Pereira, Ferro Rodrigues, Manuel Alegre e tutti quainti privatizou muito mais empresas e encaixou muito mais milhões de euros nessa privatizações do que os partidos que tradicionalmente são conotados com a direita.

Há agora três luminárias com direito a ser ouvidas que descobrem o que é óbvio, quando há três décadas o PCP anda a dizer que o PS de Soares (que pôs o socialismo na gaveta) é um partido de direita sem que isso tenha o mínimo destaque nos órgãos de comunicação “plural” (porque já há concorrência privada).

Vão-se catar, que é a única coisa que apetece dizer.

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