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Category Archives: escola privada

Estudo do senado americano sobre a “indústria” da educação

09 Quinta-feira Ago 2012

Posted by fjsantos in escola privada, mercado, neo-liberalismo

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Combate político

Numa altura em que os nossos neolib de pacotilha, superiormente comandados pelo neocon de plantão no MEC, continuam o ataque à escola pública e tudo fazem para acarinhar a “excelência” da iniciativa privada na educação, é útil ler notícias sobre o que se passa com o modelo norte-americano dos for-profit colleges.

É que o estudo realizado pelo Health, Education, Labor and Pensions Committee, dirigido pelo senador democrata do Iowa Tom Harkin, aponta para coisas como “In this report, you will find overwhelming documentation of exorbitant tuition, aggressive recruiting practices, abysmal student outcomes, taxpayer dollars spent on marketing and profit, and regulatory evasion and manipulation,” Harkin said. “These practices are not the exception. They are the norm. They are systemic throughout the industry with very few individual exceptions.”

Nem tudo o que luz é oiro

21 Domingo Ago 2011

Posted by fjsantos in (in)verdades, escola pública, escola privada

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Combate político, regulação da educação

Também na educação, o discurso neoliberal gosta de vender a ideia de que o que é privado e gerido por particulares é melhor, mais eficiente e produz melhores resultados do que o que é propriedade colectiva e gerido pela administração pública.

Infelizmente para estes crentes no poder do mercado, os resultados de muitos estudos encarregam-se de demonstrar que as premissas do seu discurso estão erradas e que a correlação entre aumento da qualidade do ensino e propriedade privada não é linear, e muitas vezes não passa de má propaganda a uma ideologia baseada no preconceito.

É o que mais uma vez se verifica ao ler a notícia sobre os resultados de um estudo, dirigido por organizações independentes, em que as escolas dependentes do Distrito Escolar de Los Angeles obtiveram melhores resultados do que as escolas equivalentes geridas directamente pelo Mayor de Los Angeles e por uma organização de charter schools.

Ironia(s) do destino

13 Sábado Ago 2011

Posted by fjsantos in escola pública, escola privada, escolha da escola

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organização escolar, regulação da educação

Ao que parece o governo que tanto apregoa a qualidade e a excelência do ensino privado, face à incompetência da escola pública, foi surpreendido com uma procura excepcional de matrículas nas escolas públicas. A coisa está a ter proporções tão avassaladoras para os arautos da escolha da escola que foi preciso a DGIDC informar todas as escolas que a Senhora Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário deu instruções para que as turmas do 1º ciclo passem a ser constituídas por 26 alunos, em vez dos anteriores 24.

De facto é uma injustiça que os pais escolham colocar os filhos nas escolas públicas já sobrelotadas, em vez de escolherem a superior qualidade dos colégios privados que são as meninas dos olhos dos arautos neoliberais da superioridade do privado sobre o público.

Afinal parece que “o que é público é bom”

26 Terça-feira Jul 2011

Posted by fjsantos in escola pública, escola privada

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regulação da educação

O ionline dá-nos conta de que, ao contrário do que há anos é papagueado por economistas e comentadores com assento cativo na comunicação social, a gestão pública de fundos de pensões é mais competente do que a gestão privada do mesmo tipo de produtos. Num período de “crise” (2008/2010) a gestão do fundo público de reserva (Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social – FEFSS) conseguiu um ganho real (descontando a inflação) de 2,4%, acima da média de 0,1% dos seus congéneres da OCDE, enquanto que com os fundos privados a história é oposta – uma perda real acumulada de 4,1% que fica abaixo da perda média de 1,3% entre as economias ricas que integram a OCDE.

Mas parece não ser apenas neste sector que se revela a pujança do sector público. Também na educação a “liberdade de escolha” tão apregoada pelos defensores do neoliberalismo está a levar uma machadada brutal, com uma fuga maciça dos colégios privados a colocar dificuldade aos pais que querem matricular os seus filhos em escolas públicas. Ao que parece, para assegurar o direito dos pais a matricularem os seus filhos em escolas públicas, o Estado terá que investir fortemente na criação de mais vagas, salas e escolas neste sector.

Uma alternativa para facilitar a vida a estes pais preocupados com a falta de vagas nas escolas públicas seria financiar famílias pobres, de minorias étnicas e/ou desempregados, para matricularem os seus filhos nos colégios privados, abrindo assim as vagas necessárias para responder a este súbito desejo da classe média alta matricular os seus rebentos em escolas públicas.

Sobre o programa educativo do PSD

08 Domingo Maio 2011

Posted by fjsantos in educação, escola pública, escola privada

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acção pública, regulação da educação

Nos blogues de professores o tema do dia é o programa do PSD para a educação.

À hora a que escrevo o Ramiro já publicou 5 posts em que anuncia a desburocratização, exames nacionais do 4º e 6º ano mais contratualização da autonomia, nova avaliação de professores, transferência de competências das DRE’s para as escolas e criação de uma rede nacional de escolas tecnológicas.

Antes dele o Arlindo e o Miguel Pinto já tinham disponibilizado o programa todo, tal como o Guinote, que entretanto vai colorindo algumas partes do mesmo em diversos posts para chamar a atenção para as suas concordâncias e discordâncias.

Não se tratando de um tema pelo qual esteja eleitoralmente interessado é, no entanto, matéria que me interessa do ponto de vista de alguém que trabalha na escola pública e procura estudar as medidas políticas que são propostas e aplicadas na educação.

Assim sendo devo dizer que já fiz uma primeira leitura do capítulo que reporta ao ensino básico e secundário, permitindo-me fazer uma apreciação genérica e sem entrar em detalhes sobre cada medida concreta aplicada às questões que mais têm preocupado os professores nas escolas.

Dessa leitura destaco que embora seja identificável uma clara orientação ideológica, que passa pela aposta num modo de regulação à posteriori e na diminuição do papel de comando e controlo que era apanágio dos modelos burocráticos weberianos, aqui e ali é possível encontrar algumas ambiguidades que são consequência do receio de que algumas medidas sejam eleitoralmente penalizadoras.

O carácter ideologicamente neoliberalizador das medidas é revelado pela afirmação da Educação como um serviço público universal, desaparecendo a formulação constitucional da gratuitidade tendencial e propondo-se uma maior complementaridade entre a oferta pública e a oferta privada desse serviço.

Esta ideia de que se deve substituir a Escola Pública por um “serviço público de educação” parece-me muito grave, uma vez que as experiências que temos tido de contratualização de serviços públicos a entidades privadas, ou a parcerias público-privadas, têm tido resultados péssimos para os cidadãos que necessitam desses serviços. A transfiguração do cidadão em cliente ou em utente tem sido, do ponto de vista do utilizador, um péssimo negócio para este último e um verdadeiro maná para as empresas (públicas e/ou privadas).

Também a enunciação do princípio da externalização da avaliação dos resultados, associado ao ênfase colocado no controlo dos resultados através de exames nacionais, me parece ser claramente indicador de que a visão da sociedade em que assenta todo o programa se baseia na supremacia gestionária do privado sobre o público.

Cai nessa perspectiva gestionária e empresarial da educação a proposta de criação de uma “nova carreira profissionalizada de Director Escolar que confira um quadro adequado para atrair, seleccionar, desenvolver e manter os perfis de talento e de competências adequados às novas necessidades de liderança e de gestão dos agrupamentos de escolas”  tal como a “criação de uma cultura de transparência orientada para resultados”, a “criação de uma Rede Nacional de Escolas Tecnológicas, potenciando um sistema de formação dual”, a “participação das empresas na definição dos conteúdos e currículo das diversas formações profissionais, resultando em ofertas educativas que confiram maior empregabilidade” ou a resposta à necessidade de “qualificação e de racionalização do serviço público de educação através uma maior articulação e cooperação entre a oferta pública e a oferta privada de ensino”.

Em resumo não me parece que estas propostas possam considerar-se novidade, uma vez que correspondem apenas à clarificação e explicitação de um pensamento neoliberal, essencialmente preocupado com a transformação da escola pública num instrumento de qualificação do capital humano de que as empresas necessitam para concorrerem no mercado global.

Infelizmente, nesta perspectiva, as pessoas são quem menos conta.

Criatividade e Empreendorismo no Ensino Privado

26 Quarta-feira Jan 2011

Posted by fjsantos in (in)verdades, ética, educação, escola privada, escolha da escola

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Estratégia, publicidade enganosa

Em defesa da “liberdade de escolha” vale tudo… até achar que os assalariados se dispõem a abdicar do seu sustento em defesa do lucro do patrão.

Para quem tenha dúvidas sobre a seriedade dos santos patrões do privado, nada como ouvir as palavras dos próprios:

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1765996 ou ler a notícia em http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1765996

Quando se quer passar entre os pingos da chuva é normal ficar molhado

14 Sexta-feira Jan 2011

Posted by fjsantos in educação, escola privada

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Combate político, regulação da educação

Não sei quantos professores do ensino privado participaram na greve geral de 24 de Novembro.

Não sei quantos colégios fecharam no dia 24 de Novembro, como consequência da greve geral.

Sei que as condições objectivas em que trabalham os professores do ensino privado, e a sua enorme dependência em relação à “boa-vontade” dos seus patrões, são factores impeditivos de uma acção reivindicativa mais forte e consequente.

Infelizmente para eles, o que previ neste post de apelo à mobilização para a greve geral de 24 de Novembro tem confirmação nas notícias de hoje publicadas no DN e no Público

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