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Category Archives: empreitadas

Jornalismo dito “de referência”, ao serviço da ideologia neoliberal dominante

21 Sábado Jul 2012

Posted by fjsantos in a mim não me enganas tu, empreitadas, neo-liberalismo

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Etiquetas

hipocrisia, publicidade enganosa

Anúncios de emprego oferecem mais dinheiro a serralheiros que a engenheiros

Este é mais um título mentiroso, que visa reiterar a ideia que a direita anda a vender de que a escola e o ensino público deve seguir um caminho de formação dual, preocupando-se com a “empregabilidade” dos cursos oferecidos e não com a formação integral dos cidadãos.

A “notícia” é complementada com uma fotografia de um operário, precariamente equilibrado numa estrutura tubular de andaimes (sem segurança visível), e com uma legenda em que se afirma que o salário mais alto disponível na bolsa de emprego do IEFP é de 1.500€ para um mecânico de máquinas com o 9º ano.

O entusiasmo do escriba é tal que vai valorizando salários  entre os 700 e os 800 € oferecidos a trabalhadores com baixa formação académica, por contraponto com a exploração mais descarada de licenciados a quem é oferecido o ordenado mínimo nacional. Esquece-se, esta “espécie de jornalista”, de explicar que oferecer um ordenado mínimo nacional a um engenheiro agrónomo, ou um pouco mais a um eletricista, é expressão  e consequência de uma ideologia que desvaloriza o fator trabalho em relação ao fator capital. Mas isso seria areia a mais para camioneta tão pequenina.

Acontece, no entanto, que o próprio texto acaba por desmentir o título que o redator escolheu. É que no antepenúltimo parágrafo a legenda da fotografia e o título acabam por ficar reduzidos a pó , quando se lê «Nas vagas com licenciatura como requisito há também lugar para um engenheiro mecânico a ganhar mais de 1700 euros, em Loures, e outro engenheiro com quase 3000 euros, em Santo Tirso, além de técnicos de serviços sociais, em Lisboa, com salários de mil euros e 900 euros para um psicólogo, em Torres Vedras.»

O Centralismo “democrático” e o Mercado

10 Segunda-feira Mar 2008

Posted by fjsantos in bem público, demagogia, economicismo, empreitadas

≈ 4 comentários

Os modos de regulação das políticas públicas têm vindo a alterar-se nas últimas décadas. Como é natural as políticas públicas de educação não poderiam de forma alguma ficar de fora desse movimento.

No entanto, não deixa de ser curioso constatar que algumas pessoas que têm uma aura de intelectualidade reconhecida e aparentemente honesta se deixem embrulhar pela espuma desta onda de mudanças, ao ponto de, perdendo o Norte, defenderem hoje o oposto do que defenderam toda a vida e em nome dos mesmos princípios.

Um desses casos é o de Vital Moreira que consegue, num artigo publicado na Net, defender o mercado e a mercantilização da Escola Pública, afirmando-se defensor dos princípios de igualdade, desenvolvimento e mobilidade social que apenas a Escola de Massas pode garantir.

Se o “professor” fizesse um esforço para não esquecer a História da Escola de Massas, recordar-se-ia que a estratégia desde sempre seguida pelo Estado foi a de realizar alianças preferênciais, excluindo da regulação da Escola Pública os parceiros que definiu como incómodos em cada momento histórico.

Se é verdade que assiste razão aos pais e à comunidade em geral, no que toca à sua exclusão da participação na regulação da educação, a responsabilidade desse facto não pode ser assacada aos professores mas sim ao Estado, que tradicionalmente utilizou o saber destes profissionais para estabelecer uma regulação burocrático-profissional centralizada.

Numa altura em que é manifestamente difícil para o Estado manter o controle centralizado das suas políticas e porque receia que o saber dos profissionais lhes garanta a autonomia que possa ser usada em associação directa com as comunidades, resta a esse Estado centralista e centralizador a promoção de uma aliança privilegiada com os pais, enveredando por soluções de quase mercado. Para isso torna-se imprescindível diabolizar o anterior aliado, o saber dos profissionais, através de acusações de incompetência, defesa de interesses meramente corporativos, ou controle e instrumentalização partidária. E nesses truques totalitários, o “professor” é pessoa experimentada e com provas dadas.

"Estórias" da (in)justiça

05 Quarta-feira Set 2007

Posted by fjsantos in empreitadas, injustiças, mestres d'obras

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O governo de Sócrates gosta de apregoar aos quatro ventos que além de “realizar obra”, tem um “mestre de obras” perfeito. Claro que também os “empreiteiros” são tão perfeitos que todas as “empreitadas” correm sempre às mil maravilhas, de modo que se alguém se queixa só pode ser um profissional da oposição e da maledicência.

Pois a “estória” que vou contar é apenas fruto de mais uma “empreitada perfeita”, realizada pela equipa maravilha do ministério da educação, que com o objectivo meritório de estabilizar o corpo docente das escolas, criou enormes injustiças ao promover a ultrapassagem de professores dos quadros de escola por colegas menos graduados dos quadros de zona pedagógica. A protagonista desta escola, que chamarei de “simplesmente Maria”, existe em muitas escolas deste país exercendo as funções que lhe atribuo na minha “estória”, ou outras semelhantes. Se alguém tem dúvidas só tem que se meter ao caminho e visitar algumas escolas perto de si…

Eis a “estória”:
Simplesmente Maria é professora de Língua Portuguesa. Fez uma licenciatura em Filologia e o estágio pedagógico através da Universidade Aberta, vai para um par de anos. No início da década de 90 do século passado andou pelas escolas da margem sul (no deserto do outro ministro), onde se habituou a trabalhar com jovens filhos das classes trabalhadoras, para quem a escola já não representava um factor de mobilidade social.
Ao fim de alguns anos de sobressalto quanto à sua colocação, Simplesmente Maria rejubilou quando finalmente conseguiu um lugar no quadro de uma escola. De armas e bagagens, a nossa professora de português mudou-se para um bairro próximo da escola, onde o preço das casas era compatível com o seu rendimento.
Quando foi convidada a integrar um projecto dirigido a alunos carenciados, aceitou sem hesitações. Durante cinco anos, Simplesmente Maria trabalhou integrada numa equipa coesa e fortemente empenhada no sucesso escolar dos seus alunos. Para isso deixou de leccionar as turmas que normalmente lhe seriam atribuídas, com alunos muito menos “problemáticos”.
No ano lectivo passado foi colocado na escola de Simplesmente Maria um professor do quadro de zona pedagógica para leccionar as turmas de português que seriam lhe seriam atribuídas, caso ela não estivesse no projecto dos alunos carenciados. Por conveniência de escrita designarei este professor por “simplesmente Manuel”.
Este ano realizou-se o famosíssimo e famigerado concurso de titulares e em consequência desse concurso, porque os titulares têm que assumir funções de coordenação pedagógica, a equipa do projecto com alunos carenciados de que Simplesmente Maria fazia parte desintegrou-se e o projecto teve que terminar. Entretanto, Simplesmente Manuel tinha sido colocado na escola por três anos. Como resultado da conjugação desses factos, o conselho executivo não tinha serviço lectivo para distribuir aos dois professores, mas apenas a um deles.
O final da “estória” já o estarão a adivinhar: como o ministério se comprometeu a colocar Simplesmente Manuel por três anos e não o pode despedir, o conselho directivo atribui-lhe o serviço lectivo a ele, que é quadro de zona pedagógica com 10 anos de serviço e obrigou Simplesmente Maria a concorrer aos horários vagos noutras escolas, apesar de ser dela o lugar do quadro da escola e de ter já mais de vinte anos de serviço.

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