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Category Archives: democracia

da democracia nos partidos

07 Segunda-feira Mar 2016

Posted by fjsantos in democracia

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Combate político, Rigor

Depois de amanhã, dia 9 de Março, Portugal liberta-se, finalmente, do homem que mais contribuiu para a contra-revolução e mais se esforçou para que o país regressasse à tristeza dos tempos da ditadura.

O senhor Silva que, de acordo com a mitologia construída para reforçar uma aura anti-política que sempre abraçou, um dia foi fazer a rodagem de um carro à Figueira da Foz, e lá foi endeusado para infernizar os portugueses e a democracia durante 30 longos anos, representa o homem providencial que evita ao cidadão a “trabalheira” de se envolver nos problemas da res publica. Felizmente, desta vez não poderá haver novo regresso.

Procurando emular o sucesso deste homo providencial os partidos do arco europeu elegeram, e continuam a eleger, os seus líderes em primárias onde a discussão sobre política é substituída pela adivinhação do carisma, da simpatia, ou da firmeza dos candidatos, quando há mais que um.

Claro que, umas semanas mais tarde, o líder eleito leva ao congresso do partido uma moção escrita por si (com a ajuda de um grupo restrito) e os delegados procedem à sua entronização e aplaudem de pé a estratégia que lhes é imposta.

Anteontem, dia 5, o Comité Central do PCP divulgou a Resolução sobre a realização do XX Congresso do PCP, que se vai realizar a 2, 3 e 4 de Dezembro deste ano. É que neste partido ninguém aparece só para fazer rodagem a automóveis novos, nem há líderes que decidem sozinhos (ou mal acompanhados).

Assim se vê a diferença entre os que enchem a boca com democracia, mas limitam o exercício do poder a um grupo restrito de amigos e colaboradores do líder do momento, e quem pratica a democracia através da participação, aberta e leal, de todos os seus militantes na discussão das teses a apresentar em congresso.

O documento divulgado publicamente, a nove meses da realização do congresso, explicita um conjunto de questões e tópicos para debate do colectivo partidário no âmbito da primeira fase da preparação do XX Congresso [sugerindo] a máxima contribuição dos membros e organismos do Partido.

Trata-se de uma fase que decorrerá até Maio e que assentará na discussão colectiva em todo o Partido das questões fundamentais a que o Congresso deve dar resposta.

Seguir-se-á uma segunda fase, até ao mês de Agosto, em que serão elaboradas as Teses – Projecto de Resolução Política e, após a Festa do Avante!, uma terceira fase de debate em todo o Partido do projecto de documento aprovado pelo Comité Central, durante a qual se procederá à eleição dos delegados ao Congresso.

Evidentemente que sobre todo este trabalho nenhum jornalista dirá ou escreverá uma única palavra pois, admitir que haja um partido em que todos os seus militantes são chamados a ter uma participação activa na definição dos documentos a discutir e aprovar em congresso, seria destruir a campanha laboriosamente alimentada durante décadas contra o PCP.

Comparar a vida interna dos partidos, em particular a forma como se tomam as decisões estratégicas no órgão máximo dos partidos políticos, é um excelente exercício para perceber quem segue “his masters’s voice”.

TóZé, o Seguro da direita, da troika e do capital financeiro global

04 Terça-feira Jun 2013

Posted by fjsantos in democracia, desenvolvimento

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Combate político, políticas públicas

António José Seguro, um dos convidados por Balsemão para estar na reunião anual dos “bilderbergs“, começou hoje uma “ronda negocial” com os partidos com representação parlamentar.

Segundo o secretário-geral socialista o diálogo é um valor essencial na democracia e, como tal, não interessa dar relevo às  naturais divergências no que respeita a matérias europeias, pois também foi possível constatar que existe uma grande convergência quanto às preocupações sociais.

Este discurso não passa de mais um exercício do mais descarado populismo e demagogia, se tivermos em conta que de nada adianta estar cheio de pena dos pobrezinhos e dos desempregados, quando o que se propõe ao país, e se garante aos anfitriões do próximo fim-de-semana, é que se vai continuar a aplicar a mesma receita austeritária, mesmo para lá da permanência efectiva da troika estrangeira em Portugal.

Também por isso convém que fique claro por que é que para o PCP não chega mudar de governo: é imprescindível mudar de políticas e construir uma alternativa de um governo patriótico e de esquerda.

Esperar que fosse diferente, só com outros protagonistas

16 Sábado Mar 2013

Posted by fjsantos in accountability, democracia

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Combate político, políticas públicas

Henrique Monteiro, esse “enorme” analista que é Director Editorial para as Novas Plataformas do grupo Impresa Publishing e administrador da empresa que detém os títulos Expresso, Visão, Caras, Blitz, Exame e Activa, vem hoje explicar-nos porque falham as previsões de Gaspar e do governo.

Segundo este especialista da opinião é porque a Europa se enganou quando nada exigiu (em termos sociais) dos países emergentes, da China, em especial. E paga agora por isso.

Esquece HM, seja por simples ignorância e impreparação, seja por opção de quem sabe mais do que “explica”, que a “Europa” não se enganou porque essa entidade não tem uma existência autónoma que lhe permita pensar e, por isso, ter capacidade para se enganar.

A “Europa”, tal como o “País” ou “os portugueses”, é uma abstracção que serve para esconder os protagonistas que decidem e as respectivas responsabilidades nos caminhos que os povos percorrem.

Não foi “a Europa” nem “os europeus” quem decidiu eliminar barreiras alfandegárias e permitir a livre circulação de bens e capitais. Foram as grandes multinacionais financeiras e da distribuição, por interesse dos respectivos accionistas, que pressionaram e conseguiram capturar os decisores políticos para que estes legislassem no sentido de permitir a deslocalização das empresas para os países em que pudessem continuar a explorar o trabalho em benefício do capital.

É por isso que a solução para o problema criado tem que passar, necessariamente, pela regulação apertada dos movimentos de capitais, pelo controlo do dumping social e fiscal e por todos os mecanismos que permitam recuperar o controlo da economia e a sua submissão ao poder democrático do povo. E isso não se fará nunca com os protagonistas que se revezam nos governos desde 1976.

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