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Category Archives: deixa-me rir…

Trapalhadas do “rigor craticus”

26 Quinta-feira Jul 2012

Posted by fjsantos in deixa-me rir...

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conhecimento, organização escolar, Rigor

Nuno Crato, o comentador televisivo que à conta de um plano inclinado chegou a ministro, é o exemplo acabado do acerto do saber popular: PELA BOCA MORRE O PEIXE.

No entanto convém saber onde andam agora os aplausos com que foi acolhida a sua escolha, nomeadamente entre os professores blogosféricos que elegeram Crato como o “supéministro” que iria devolver o rigor à educação e a dignidade aos professores. Infelizmente para eles que a realidade de mais esta trapalhada do “rigor craticus” venha confirmar a incompetência da vaidade arrogante.

De kafkiano e monstruoso a formativo e simplificado

10 Sábado Set 2011

Posted by fjsantos in deixa-me rir..., hipocrisia

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ADD, luta dos professores, Resistência

Passos Coelho e Paulo Portas conseguiram obter apoio significativo de parte dos professores, porque antes das eleições prometerem acabar com a ADD socratina, que classificaram de kafkiana e monstruosa, anunciando a construção de um modelo que teria como referencial o que vigora no ensino particular e que tem o acordo sindical, desde que foi proposto pela associação patronal do sector.

Nuno Crato, que ganhou relevo mediático com a publicação das suas teses anti-eduquêsas e preparou consistentemente a ascensão ao ministério com a colaboração activa de Mário Crespo no Plano Inclinado, foi construindo a sua imagem positiva junto dos professores com um discurso assente em ideias simples e do agrado da audiência (como convém a um populista com ambições ao desempenho de funções tecnocráticas, de forma a não se comprometer demasiado no campo partidário).

As suas promessas de rigor e exigência foram sendo sucessivamente enunciadas como forma de combater o laxismo e facilitismo da escola pública no ensino dos clássicos, na avaliação dos alunos e também na formação e avaliação dos professores.

Menos de 100 dias depois de ter tomado posse, o ministro Crato anunciou aos primeiros minutos do dia de hoje que Portugal tem a partir de hoje um novo modelo de avaliação de professores.

Não me interessa discutir a validade ou a representatividade dos parceiros negociais que permitiram, com a sua assinatura, um certo alívio do ministro ao fazer tal anúncio. A denúncia das coreografias fica para os sindicólogos especializados nesses temas em longos seminários de sofá e formação online.

O que me atrai a atenção é a descoberta da novidade neste modelo, já que relativamente à simplificação a coisa parece relativamente clara e pacífica – é a terceira simplificação do modelo kafkiano e injusto de Maria de Lurdes Rodrigues que, após um funeral apressado com o simplex 1.0, continua a assombrar o quotidiano escolar com a versão 2.0 de Isabel Alçada, e se prepara para se instalar de armas e bagagens nas escolas com a versão 3.0 de Nuno Crato.

É que embora mire e remire, esforçando-me por usar um olhar benévolo e, quiçá, complacente, apenas continuo a ver o espírito de Sócrates a pairar sobre a cabeça dos professores, relembrando que finalmente vamos ser avaliados, vai ser possível distinguir o mérito e para isso as quotas são imprescindíveis, se não seríamos todos excelentes.

Na verdade até o destino deste simplex 3.0 será, quase pela certa, o mesmo dos seus antecessores.

Um dia destes, quando for publicado em diário da república, apenas meia dúzia de curiosos se vão dar conta do evento. Depois, aos poucos, e quando a versão 2.0 (ciclo 2009/2001) estiver concluída, os conselho pedagógicos irão empossar as novas secções de avaliação do desempenho que, na generalidade, terão exactamente a mesma composição das agora extintas CCAD’s.

Em seguida, com a prática e a expertise ganha até agora, estas secções irão encarregar-se de usar a sua autonomia para produzir os instrumentos e grelhas para registo e avaliação das actividades realizadas pelos avaliados nas dimensões previstas no artigo 4º [art. 12º, c)]

Como este vai ser um processo completamente autónomo, já que os elementos de referência da avaliação [art. 6º] são, a nível interno, os objectivos e metas fixadas no PE do agrupamento [a)] e os parâmetros estabelecidos para cada uma das dimensões aprovadas pelo CP [b)], poderemos, no limite, ter centenas de instrumentos e grelhas, destinados a registar a enorme diversidade de parâmetros que serão diferentes de escola para escola. E imaginava eu, na minha ingenuidade, que era à injustiça de tal diversidade que se referiam Passos Coelho e Nuno Crato quando diziam que a versão anterior do modelo era kafkiana. Exactamente por permitir avaliações com base diferente de desempenhos que depois se vão traduzir em comparações entre profissionais do mesmo ofício.

Felizmente, os professores são também gente com capacidades adaptativas e de improviso fácil. Por isso será natural que algumas secções de CP’s mais tranquilas se deixem ficar para o fim, e venham a construir os respectivos instrumentos através de processos de corta e cola, em que cortarão os muitos disparates dos primeiros modelos que vão começar a circular por email ou simples fax entre os profissionais que estão espalhados pelo país.

No fim, resolvida que esteja essa questão formal e consumidora de tempo e paciência dos quatro magníficos do CP, o mar baterá finalmente na rocha e o mexilhão contratado irá pagar a factura. É que serão apenas os contratados a ficar metidos ao barulho, já que só eles terão que entregar um relatório de três páginas no final do seu contrato e esperar, com toda a fé, que o respectivo coordenador seja um gajo porreiro e lhes dê a ambicionada classificação para entrar no percentil do Muito Bom, de modo a ter aquela pequena valorização que permitirá ultrapassar mais umas dezenas ou centenas de contratados que estão à sua frente nos concursos.

Quanto ao resto da malta, tá-se bem. Agora já nem o relatório de auto-avaliação será necessário fazer, porque isso só será pedido quando um dia, lá para as calendas, formos todos descongelados. Nalguns casos, de tão congelados alguns até poderão ter morrido sem se dar conta do evento. Mas é o risco daqueles que se deixam ficar como a nêspera do poema do Mário-Henrique Leiria.

A segunda “descoberta da pólvora”, agora protagonizada por Nuno Crato

30 Terça-feira Ago 2011

Posted by fjsantos in deixa-me rir...

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Combate político

O ministro da educação, fazendo aquilo melhor sabe – falar às massas ignaras -, elucidou os participantes da universidade de verão que a escola serve para aprender.

Como antes dele, e segundo o próprio, a escola servia para tudo menos para esse desígnio, estamos perante uma descoberta relevante, que esclarece os mal-dizentes sobre as enormes qualidades “investigativas” de Nuno Crato, a ponto de se poder comparar a um verdadeiro Nobel – o inventor da pólvora.

Não confirmo nem desminto, antes pelo contrário

15 Segunda-feira Ago 2011

Posted by fjsantos in a mim não me enganas tu, deixa-me rir...

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consultores "inde"pendentes

No post anterior entretive-me a procurar a paternidade colectiva do simplex 3.0, a partir do que dois galarós do apoio a Crato escreveram nos seus próprios blogues.

Se o Ramiro já tinha confirmado a sua influência em letra de forma, já o Guinote optou pelo clássico não confirmo nem desminto, como se constata pela resposta que me deu quando o consolei por os seus conselhos terem sido preteridos em relação ao rival:

Não te deites a adivinhar o que não sabes, só imaginas.
Ao contrário de outros, eu sei onde começa o público e termina o privado.

Imperdoável

31 Domingo Jul 2011

Posted by fjsantos in deixa-me rir...

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demagogia, propaganda

Júlio Magalhães e Marcelo Rebelo de Sousa “convidaram” o ministro Arrobas para largos minutos de tempo de antena… e esqueceram-se do café e das bolachinhas.

Uma (r)evolução na continuidade do previsível

15 Sexta-feira Jul 2011

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demagogia

Os indefectíveis de Crato ficaram eufóricos com a capacidade e firmeza de decisão do (r)evolucionário ministro. O motivo do regozijo foi o facto de após uma rápida reflexão de mais de três semanas ter sido anunciada a nova organização curricular.

É sem dúvida uma decisão surpreendente de inovação e radicalidade do ministro, cortando cerce com os últimos resquícios do “eduquês” de Maria de Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada. Ora vejamos:

  • No 1º ciclo tudo na mesma como a lesma;
  • No 2º e 3º ciclo mais horas para o português e para a matemática, concretizando a linha do pensamento de MLR no início de 2008: «O Português e a Matemática podem sair reforçados nesta outra forma de organização de actividade docente e da actividade dos alunos, nomeadamente em termos de carga horária», afirmou, adiantando que haverá igualmente um reforço do Estudo Acompanhado;
  • Fica para as calendas a diminuição da carga horária excessiva a que estão sujeitos os alunos, mantendo-se o número total de tempos/blocos lectivos semanais.

E viva a (r)evolução crática.

Oh tempo volta p’ra trás

01 Sexta-feira Jul 2011

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Resistência, Rigor

Trilogia – Autoridade, Rigor, Disciplina

Professores a ensinar, exames a seleccionar:

Generalização da avaliação nacional: provas para o 4.º ano; provas finais de ciclo no 6.º e 9.º anos, com um peso na avaliação final; exames nacionais no 11.º e 12.º ano

  • duas disciplinas estruturantes: Língua Portuguesa e Matemática.
  • ensino técnico e formação profissional 
  • sistema de formação dual que articule a formação teórica das escolas profissionais com a formação prática nas empresas

Em tempo(s) de mudança há sempre quem se ponha em bicos de pés, à espera de uma(s) migalha(s)

11 Sábado Jun 2011

Posted by fjsantos in deixa-me rir...

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hipocrisia

Nos meus tempos de escola havia uma figura bem conhecida da malta – era o “graxa”.

O “graxa” era o tipo seboso, um verdadeiro filho de puta para os colegas, sempre pronto a bajular o(s) professor(es) para obter uma menção ou uma nota a que nunca teria direito apenas pelo seu mérito académico.

Na sociedade rasca e pequenina do tempo da “outra senhora”, o “graxa” lá ia conseguindo os seus intentos e normalmente acabava por conseguir um belo emprego num banco, numa repartição pública ou, nos casos em que a inteligência não dava para mais, como colaborador, vulgo “bufo”,  da polícia do regime.

Hoje, embora os tempos sejam outros, continua a haver quem se dedique à nobre tarefa de “abrilhantar” egos de gente com poder, na expectativa de obter passaporte para algum “mega-coiso” com vista para um sol dourado.

Desalento

12 Terça-feira Jan 2010

Posted by fjsantos in deixa-me rir...

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vital(idade)

Pela primeira vez em muito tempo estou de acordo com Vital Moreira.

Não na preocupação que ele demonstra com as perdas governamentais decorrentes do acordo, mas com o facto de ele se sentir desalentado com o facto de o acordo ter sido assinado. O simples facto de ele não gostar é garantia de que os professores e os sindicatos fizeram um bom acordo.

Cada derrota de Vital é um sorriso que me ilumina a face.

Afagando o ego

25 Terça-feira Ago 2009

Posted by fjsantos in deixa-me rir..., educação

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comunicação social, fazedores de opinião, santa ignorância

De vez em quando sabe bem.

Sobretudo quando podemos repescar coisas publicadas através das quais é possível constatar que os fazedores de opinião são capazes de dissertar sobre factos que mais tarde reconhecem não ter qualquer conhecimento: “os nossos nove anos de escolaridade não correspondem à obrigatoriedade de completar o 9º ano […] Confessando ao mesmo tempo a ignorância sobre “este detalhe” mas assumindo a revolta por esta pantomina, é caso para dizer que nunca deixaremos de ser um país de opereta”

Confesso que me satisfaz ver José Manuel Fernandes, um sabe tudo sobre Educação e Escola Pública, reconhecer a sua ignorância e dizer aos seus leitores que só agora descobriu que nem tudo o que apoia é do interesse público.

Continuando por este caminho talvez um dia descubra que os “vouchers” e outras maravilhas da propaganda (neo)liberal são produtos tóxicos para a Educação.

Para já dou-me por satisfeito relembrando o que escrevi neste blogue sobre o alargamento da escolaridade para doze anos. Se JMF tivesse tido tempo para ler este post, desde o início de Maio que deixaria de ser ignorante sobre a matéria.

Adenda (26/8): Apesar da confissão do seu director, o Público online traz uma “notícia” em que a ministra continua a mistificação entre os 12 anos de escolarização obrigatória e a frequência com sucesso do 12º ano. Nem estando de sobreaviso os nossos jornais são capazes de desmascarar a propaganda mais reles.

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