Etiquetas
Custe o que custar (III)
06 Segunda-feira Fev 2012
Posted autoritarismo
in06 Segunda-feira Fev 2012
Posted autoritarismo
inEtiquetas
06 Segunda-feira Fev 2012
Posted autoritarismo
inEtiquetas
Na cabeça dos nossos ministros ecoa a velha ideia de que “quanto maiores os sacrifícios, maior o prémio”
06 Segunda-feira Fev 2012
Posted autoritarismo
inEtiquetas
Passos Coelho, 1º ministro português e admirador confesso da chanceler alemã, declarou na passada semana que manterá o rumo de empobrecimento do país e dos portugueses, CUSTE O QUE CUSTAR.
Há algumas décadas atrás outro chanceler, que ficou na História pelos piores motivos, também era adepto do método voluntarista de que “não pode ser de outra forma: temos que vencer e vamos vencer”. Com os custos que todos conhecemos…
25 Quinta-feira Ago 2011
Posted autoritarismo, denúncia, liberdade
inEtiquetas
A história pode contar-se em poucas palavras, mas contém um ensinamento que convém não ser posto de lado.
Na semana passada realizou-se em Madrid mais uma edição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que tiveram como ponto alto a visita do Papa Bento XVI.
Exercendo um direito inalienável de cidadania, grupos de laicos espanhóis organizaram manifestações de protesto contra a visita papal e as jornadas, não porque achassem que essas iniciativas eram ilegítimas, mas por discordarem da despesa que o evento acarretou para o erário público espanhol, sobretudo na altura em que os cidadãos são sobrecarregados com impostos e desemprego devido à famosa “crise”, que deixa os trabalhadores na miséria e os banqueiros e grandes accionistas das corporações internacionais cada vez mais ricos.
A monarquia católica espanhola decidiu então que competiria às suas “forças de segurança” controlar os protestos laicos e impedir que os manifestantes incomodassem os interesses da santa ICAR.
Até aqui tudo decorria sem grandes problemas, embora se possa considerar que a decisão de cercar o Sol com forças especiais anti-motim é, por si só, uma forma clara de condicionar o direito à indignação e à manifestação de cidadãos, que têm o direito a não seguir a igreja do estado.
Só que nestas coisas há sempre aqueles vassalos que se esquecem de que pertencem ao povo e desejam ficar bem na fotografia, para os senhores saberem como lhes são fiéis.
E um desses guardiães acéfalos dos poderosos excedeu-se, agredindo barbaramente uma jovem com uma estalada e algumas cacetadas, aproveitando ainda para malhar no jovem que tentava ajudá-la.
A cena também foi fotografada por um jornalista que a ela assistiu, e que foi a terceira vítima da acção da besta fardada e da inacção do resto da matilha, que a tudo assistiu tranquilamente, nalguns casos ajudando também à festa.
Felizmente para os direitos dos cidadãos, e para a defesa da democracia, tudo foi registado em vídeo e a existência do Youtube permitiu a rápida divulgação das práticas policiais.
O resultado foi a abertura de um inquérito e uma muito provável condenação de quem não é digno de pertencer a uma instituição que tem por missão garantir a segurança dos seus concidadãos, e não a de ser um instrumento de repressão ao serviço dos poderosos.
A lição que convém que estes polícias (e já agora pode servir para as forças de segurança cá do nosso burgo) é que na hora do aperto bem podem reclamar inocência e dizer que só cumpriam ordens. Nessa altura o director da polícia, o ministro, o 1º ministro, o rei ou o presidente e até o papa, todos eles vão sacudir a água do capote, vão esquecer que o agente estava na rua a seu mando e para lhes fazer o frete, e deixarão rolar mais uma cabeça de um plebeu.
A história completa da agressão pode ser lida no blogue de Daniel Nuevo, o fotógrafo espancado por estar a fazer (bem) o seu trabalho.
19 Quarta-feira Jan 2011
Posted acabar com o medo, autoritarismo
inEtiquetas
Para lá do que é noticiado pelo Público, é importante notar que o dirigente da FENPROF, Marco Rosa não foi julgado hoje porque, apesar de ter sido detido, algemado, metido na carrinha da polícia como um bandido e levado em alta velocidade para a esquadra, foi presente a tribunal para julgamento sumário sem estar acusado de nada. De facto a polícia acabou por justificar no tribunal que Marco Rosa foi algemado para sua própria segurança.
Terá que voltar ao tribunal no dia 2 de Fevereiro para saber o que será feito do processo agora instaurado.
Quanto à acusação feita contra o dirigente do STAL de se ter atirado para o chão, resistindo à detenção, constitui uma mentira grosseira. Na verdade José Manuel Marques nem sequer caiu ao chão quando empurrado, quanto mais ter-se atirado de propósito para resistir e incitar outros à resistência.
É também por causa desta forma cobarde de assumir as responsabilidades por parte das forças policiais que se impõe a apresentação de queixa contra os seus autores. Até porque mesmo com as sondagens que nos vendem a inevitabilidade de continuarmos a ser governados pelas forças da direita neoliberal, representada por Cavaco e Sócrates, Portugal continua a ser formalmente um Estado de direito.
03 Terça-feira Nov 2009
Etiquetas
Em declarações à rádio oficiosa do PS dirigida por Paulo Baldaia, o ministro Jorge Lacão acaba de “desenterrar o machado de guerra”.
De facto, ao afirmar à jornalista Paula Baldaia «O principal desígnio da avaliação é premiar o mérito dos professores, lembra o ministro.
25 Terça-feira Ago 2009
Posted autoritarismo, eficácia
inEtiquetas
Nos últimos meses temos vindo a assistir ao aumento do coro das vestais de direita, que se sentem traídas pela ineficácia do governo socratino quanto à aplicação das medidas mais radicais do programa neo-liberal.
Se recordarmos as loas com que os corifeus do liberalismo incensavam as medidas de Pinto de Sousa, quando este afrontava e apoucava os profissionais que sustentam os serviços públicos com o seu saber e o seu trabalho, só podemos sorrir quando os vemos criticar o seu protegido. Afinal, como não conseguiu destruir os serviços públicos e não os entregou à iniciativa privada, como um dia chegaram a imaginar que aconteceria, já deixou de ser útil à direita, ao mesmo tempo que ficou impossibilitado de continuar a enganar a esquerda.
A crónica de Camilo Lourenço no Jornal de Negócios online é mais um exemplo acabado de “viracasaquismo” e de tratamento injusto a quem deixou de ter utilidade para alguns fazedores de opinião encartados da nossa praça.
Ao mesmo tempo que se apresenta como “uma espécie de crítico” de quem até há pouco meses endeusava, CL mostra que o seu pensamento sobre Educação e sobre os professores é limitado pela sua formatação de direita.
Para ele o sistema educativo só faz sentido ao serviço dos interesses das empresas, como se depreende da afirmação “a pergunta que fica é: apesar de menos chumbos, os alunos saem com mais qualificações para enfrentarem o mercado de trabalho?” A redução do discurso de CL aos princípios do capital humano revela em que medida este jornalista económico, e comentador com assento em diversos OCS, não percebe nada de Educação e do que deve ser e para que serve a Escola Pública do séc. XXI.
Por outro lado, quando aparentemente procura criticar o governo e as suas políticas educativas, continua a usar uma linguagem provocatória e insultuosa para os professores “Sócrates já devia ter percebido que quando se compram guerras com certas corporações só há um de dois resultados: ou se ganha ou se perde. Não se empata. Ora, depois de tanto “sangue mau” entre as partes, em que o ministério tinha razão no conteúdo (objecto das reformas) mas não na forma (métodos), é duvidoso que os professores caiam neste namoro, desavergonhado, de última hora.” Em primeiro lugar continua a classificar os pofessores como “certas corporações” com as quais não se pode entrar em guerra, a não ser que haja a certeza de que se vai ganhar (preferencialmente esmagando). E ainda por cima continua a afirmar que o governo tinha razão quanto às reformas que introduziu, apenas falhando nos métodos que usou para as aplicar.
Resta saber se, para Camilo Lourenço, teria sido melhor aplicar as reformas com recurso ao chicote, de modo a pôr na ordem “certas corporações”.
13 Quinta-feira Ago 2009
Posted autoritarismo, educação, escola pública
inEtiquetas
Hoje dei com este cartaz de propaganda eleitoral num post do Umbigo. Não tem a acompanhá-lo mais do que o título, que o identifica como estando à direita do Umbigo, mas tem já cerca de duas centenas de comentários.
Desde gente que acha que o cartaz, só por si, diz mais do que o programa do PCP sobre educação e quem aplauda por não ser “paleio de êduques”, até quem se interrogue sobre os conceitos de “Bom Ensino” e “Autoridade”, há lá de tudo.
Como não consigo valorizar gente que só consegue acrescentar ao debate frases como «Antes à direita do que à esquerda. Disse.», o que quero salientar neste cartaz (como num outro sobre segurança que está numa rotunda perto de mim) é a absoluta vacuidade da(s) proposta(s) que o(s) cartaz(es) apresenta(m).
Admitindo que havia consenso sobre o que significa um “bom ensino” e “autoridade”, coisa que está longe de acontecer, ainda assim não fica dita uma única palavra como se propõe o CDS legislar para que haja a tal “Autoridade” que leve ao tal “Bom Ensino”. Será que aponta no sentido de excluir da escola quem conteste a “autoridade”? Ou propõe-se aplicar o modelo de algumas escolas privadas norte-americanas, que são dirigidas por ex-marines e onde os “prevaricadores” são sujeitos a “tratamentos regenerativos” como os usados com os recrutas de algumas especialidades militares?
Mas concentremo-nos nos dois conceitos em que se sustenta o CDS para convencer os crentes – Bom Ensino e Autoridade.
Sobre o Bom Ensino é preciso saber o que significa.
Será que bom ensino significa o mesmo para o gerente de uma pequena loja de distribuição alimentar e para o accionista de uma empresa em que a criatividade e a inovação são a chave do sucesso? Para o primeiro é importante que os seus funcionários sejam disciplinados, obedientes e que saibam ler escrever e contar. Já para o segundo pouco lhe interessa ter robots sem autonomia para fazer mais do que manda o chefe.
Bom Ensino será apenas o que tem aplicação imediata no crescimento económico? As escolas com “Bom Ensino” serão as que obtém bons resultados académicos, mesmo quando promovem a competição a todo o custo e onde se ensina que qualquer meio serve para atingir um objectivo? Onde fica o ensino da solidariedade, da cooperação, da tolerância e do respeito pela diversidade?
No que toca à “Autoridade” de que estamos a falar? Será que alguém imagina que é possível “investir” os professores de “autoridade” como o rei “investia” os cavaleiros? Estamos a falar de uma autoridade burocrática, em que o professor exerce a “autoridade” por ser hierarquicamente superior ao aluno, ou estamos a falar da “autoridade” conquistada porque o aluno reconhece no professor um conjunto de qualidades que o levam a aceitar os seus conselhos e ensinamentos?
São apenas algumas questões que convém debater quando se aplaude acriticamente a demagogia e o disparate, próprios da época de caça ao voto em que viveremos até Outubro.
15 Quarta-feira Jul 2009
Entreguei anteontem a minha FAA (ficha de auto-avaliação).
Como não formulei (nem entreguei) nenhuma ficha de objectivos individuais (OI’s), aguardo tranquilamente para ver o que vai acontecer relativamente à avaliação do meu trabalho no biénio 2007/09.
Por via das dúvidas (não vá o diabo tecê-las) entreguei a FAA nos serviços administrativos e pedi o respectivo recibo.
Dessa forma tenho uma prova de cumprimento da obrigação de entrega do documento a que formalmente estou vinculado pela legislação em vigor, não podendo a hierarquia acusar-me de incumprimento e, dessa forma, justificar uma eventual recusa em avaliar-me.
É que, ao contrário de outros colegas (por ventura “muito mais coerentes” do que eu) estou determinado em provar que não era de facto necessário entregar OI’s para se ser avaliado. E se não tivesse entregue a minha FAA, teria deixado ao arbítrio e ao bom senso e boa vontade da minha directora a decisão de me atribuir uma classificação de serviço pelo trabalho que efectivamente desempenhei.
Agora, com a entrega da FAA, a “batata quente” está do lado de lá. Entenda-se por “lado de lá” a estrutura hierárquica do ME, que em termos de proximidade começa na minha directora e termina na ministra, passando pelo director regional e pelos secretários de Estado.
Num primeiro momento podem acontecer duas coisas:
Evidentemente que sei que as decisões judiciais são contingentes e que há muitas instâncias de recurso. Tenho consciência de que poderá tratar-se de um processo longo e que os responsáveis morais (Maria de Lurdes Rodrigues, Jorge Pedreira e Valter Lemos) já estarão muito longe quando o processo for concluído. Já quanto aos responsáveis materiais (todos os avaliadores que decidirem acatar ordens verbais que contrariam a legislação em vigor) estarão quase de certeza ainda em funções. Lamentavelmente, será sobre eles que recairá a reparação de eventuais danos morais e patrimoniais.
23 Quinta-feira Abr 2009
Posted autoritarismo
inEtiquetas
Desde hoje o Paulo Guinote pode passar a ostentar mais uma medalha no seu valioso currículo:
Parece-me óbvio que o delegado que tomou esta atitude, ou é muito ingénuo e inexperiente, ou está a fazer-se a algum convite por parte do DRE, que não se esquece nunca dos seus ex-companheiros de lista e lides sindicais.
Feita esta crítica a um delegado claramente incompetente, devo no entanto deixar uma pergunta ao Paulo Guinote:
– Paulo, será que és capaz de nos dar um ideia aproximada de quantos alunos foram hoje expulsos de salas de aula, nas escolas públicas portuguesas, por terem feito “intervenções anormalmente cordatas, mas obviamente inquisitivas a professores, talvez aborrecidos pela quebra de rotinas“?
Se o Paulo não souber, talvez alguns dos seus comentadores nos queiram relatar situações parecidas, que tenham ocorridos com crianças ou jovens seus familiares ou conhecidos.
Algo me diz que, se houver alguma honestidade, se encherão algumas páginas A4, com menos de uma semana de aulas.