Etiquetas
A passos de coelho lá se vão fechando todas as portas
30 Sábado Jul 2011
30 Sábado Jul 2011
Etiquetas
17 Domingo Out 2010
Etiquetas
O Umbigo do Guinote é um dos blogues mais lidos na blogosfera portuguesa. No que diz respeito à blogosfera docente, em Portugal, é sem dúvida nenhuma o mais lido de todos.
Paulo Guinote gosta de ser reconhecido como “defensor dos professores”, em particular dos que trabalham na “escola pública”, que é, alegadamente, outra “menina dos seus olhos”.
Os professores portugueses, particularmente os que trabalham na escola pública, estão a ser alvo do mais brutal ataque feito contra os trabalhadores, no Portugal democrático, porque fazem parte da Administração Pública, que foi eleita como o bode expiatório da crise.
O testa de ferro deste ataque é o governo, liderado por José Sócrates e Teixeira dos Santos, coadjuvados pelo diversos responsáveis de cada ministério sectorial.
Os mandantes do criminoso ataque contra os trabalhadores portugueses são os capitalistas, os banqueiros e os especuladores internacionais, que decretaram uma crise global porque os seus imensos lucros não cresceram tão imensamente como imaginavam que poderia ter sucedido nos três últimos anos.
Os trabalhadores que estão dispostos e disponíveis para fazer frente a mais este ataque do capital, incluindo neste conjunto os professores, procuram organizar-se em torno dos seus sindicatos mais combativos e determinados. No caso dos professores portugueses, esses sindicatos estão agregados na FENPROF.
Entretanto, no espaço de 72 dias (de 6 de Agosto a 17 de Outubro) o Umbigo do Guinote tem 31 entradas em que desanca, ironiza, malha, critica e por vezes ofende quem? O(s) testa(s) de ferro do ataque aos professores? Os mandantes? Não, Guinote e companhia continuam a “malhar” na FENPROF, bem à maneira de Santos Silva que adorava malhar nos seus adversários políticos, ou de Jorge Coelho que antes de ser um “respeitável” gestor privado ameaçava quem se metesse com o seu partido.
Quo Vadis Guinote?
16 Sábado Out 2010
Etiquetas
Na sua crónica de hoje, no DN, Marcelino ensaia já a estratégia de sobrevivência para 2011 e anuncia peremptório:
Chegados a este ponto, é óbvio que vamos ter orçamento. É preciso um orçamento! O PSD vai ter de se abster e de disfarçar com uma declaração qualquer a viabilização de um documento tornado essencial pelo desespero das contas públicas. Mas este é o orçamento do Governo de José Sócrates, minoritário por convicção, e assim deve ser visto e avaliado no futuro.
10 Domingo Out 2010
Etiquetas
A “voz” que representa a “alma” dos professores, partindo de uma análise só acessível a um “ungido”, acha que no dia 24 de Novembro a maioria dos professores até poderá fazer greve por eficácia da pressão de uma culpa qualquer plantada no seu (sub)consciente. Mas a alma não estará lá. [pelo menos ] A que esteve por duas vezes em Lisboa e foi desbaratada em nome de tacticismos. E por isso conclui, em jeito de “apelo subliminar”: Ora eu não gosto de fazer apenas figura de corpo ausente.
Não deixa de ser curioso que esta “alma penada” sustente a sua tomada de posição numa análise que, segundo as suas próprias palavras comentando o discurso presidencial de 5 de Outubro, é contingente e dependente do facto de Cada um ver os factos objectivos pelas suas lentes e servir um cardápio de interpretações enviesadas para o seu lado
Bem prega Frei Tomaz, faz o que ele diz, não faças o que ele faz…
Até 24 de Novembro, mas também a propósito de muitas outras iniciativas que serão tomadas por muitos professores, haveremos de encontrar vozes que do alto de uma alegada superioridade moral demonstrarão a “iniquidade”, o “desajustamento” e a “inoportunidade” da luta que continuaremos a travar. A todas essas vozes só poderemos dar uma resposta: mobilização que promova a unidade, em defesa dos interesses da escola pública e dos professores que nela trabalham, mesmo dos que não estão disponíveis para “dar o corpo ao manifesto”.
11 Quarta-feira Fev 2009
Etiquetas
A ministra da educação MLR disse hoje aos jornalistas que “Não valorizo os pareceres. Os pareceres são encomendados e devem ser valorizados por quem os encomendou.”
Como a percebemos bem… e como a coerência do seu discurso clarifica a trapalhada do alegado estudo da OCDE, que dizia maravilhas sobre as políticas educativas deste governo.
Exactamente porque foi ela (e o 1º ministro Pinto de Sousa) quem encomendou (e pagou) o parecer, é compreensivel que o tenham valorizado, ao ponto de terem dito de um mero parecer encomendado que era um estudo independente, com origem na OCDE.
31 Sábado Jan 2009
Etiquetas
…cheio de primeiras páginas perturbadoras na comunicação social, lembrei-me de evocar Benedetto “Bettino” Craxi.
Vai daí, liguei a Internet, abri o Google e digitei o nome. Não é que a primeira entrada foi parar à Wikipédia, onde se pode ler:
Permaneceu durante a maior parte de sua vida no PSI. Ascendeu rapidamente no partido. Em 1968 foi eleito deputado e imediatamente foi nomeado vice-secretário nacional.
Em 1976, em plena crise interna, foi eleito secretário-geral em substituição a Francesco De Martino. Inicia assim sua longa liderança do PSI, em que pese ser considerado um “secretário de transição” pela velha guarda socialista.
Em 1983 foi eleito premiê com o apoio da aliança formada pelo PSI, DC, PSDI, PRI e PLI. Entre suas principais políticas destacaram-se a assinatura de um novo acordo com a Santa Sé em 1984, a entrada de Itália no G7 e uma nova política de impostos.
A corrente política de Craxi dominava completamente o PSI, salvo pela corrente mais esquerdista do PSI dirigida por Riccardo Lombardi, que acusava o premiê de ser de direita. Este domínio quase absoluto permitiu a Craxi levar o partido a suas posições moderadas dentro da social-democracia.
Sua queda ocorreu em 1992, com a iniciativa judicial denominada Operação Mãos Limpas, que tentou acabar com a corrupção imperante na política italiana. Craxi, apontado entre os corruptos, teve que se demitir de seu cargo, num*PSI que não demoraria em desaparecer.
Craxi muda-se para a Tunísia fugindo da justiça, morrendo em 2000 na cidade litorânea de Hammamet.
Há quem ache que a história não se repete, mas também há quem ache que há tragédias que se repetem com novos actores, embora já num registo de farsa.
17 Segunda-feira Set 2007
Há cerca de duas semanas, instada, em entrevista televisiva, a comentar a não colocação de 45.000 professores, a ministra da educação alegava, compungida, que tal facto se devia à diminuição da taxa de natalidade, à diminuição do número de alunos e à impossibilidade de dar trabalho a alegados “licenciados em ensino”(*), quando diminuia a população escolar e consequentemente o número de turmas.
Hoje, secundando o discurso triunfalista do primeiro ministro, a ministra da educação anuncia efusivamente, num telejornal perto de si, que o governo conseguiu milhares de novos alunos no ano lectivo passado, a que se juntam outros tantos milhares de novos alunos este ano.
Afinal em que ficamos? Que verdade quer a senhora ministra que oiçamos? Quando é que mentiu aos portugueses? Há quinze dias, tentando justificar o desemprego docente, ou hoje pintando um quadro triunfal das medidas de política educativa?
Será a este “politikês”, directamente proporcional ao desinteresse que provoca nos portugueses, que temos que nos conformar,ou estaremos prontos para varrer a mentira e a demagogia para fora do arco do poder?
(*) Os “licenciados em ensino”, a que a ministra se referia, são pessoas que em milhares de casos leccionam há vários anos (muitas vezes mais de dez anos), e são detentores de habilitação profissional, para além da respectiva habilitação académica.
Para que se compreenda melhor, um licenciado em medicina, ou um licenciado em direito, ou um licenciado em arquitectura (entre outros), têm que obter a habilitação profissional, através de um estágio regulado pela respectiva ordem, passando a deter o título de médico, advogado, ou arquitecto, após a aprovação no estágio.
Do mesmo modo, os licenciados em ensino têm que fazer um estágio profissional, tutelado pelo ministério da educação e pela instituição do ensino superior em que se licenciaram, passando a ter direito ao título de professor após a conclusão com sucesso desse estágio.