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Quem, nos últimos dias, leia os jornais ditos “de referência”, oiça as rádios que procuram marcar e/ou estar em cima da agenda política e veja os canais noticiosos onde se produz opinião pública, fica seriamente preocupado com o despedimento de jornalistas, que é consequência do fecho de títulos e da venda de empresas de comunicação social a interesses económicos, sejam eles nacionais ou estrangeiros.

E quando são os próprios jornalistas a denunciar o facto de esses despedimentos poderem trazer graves prejuízos para a qualidade da democracia portuguesa, a preocupação por certo aumenta.

No entanto, se o cidadão se der ao trabalho de ler o que é publicado nos jornais, é noticiado nas rádios, ou é mostrado nas reportagens e debates televisivos, sobre os caminhos que se colocam aos portugueses para sair da crise e do buraco negro em que se encontram, descobrirá que em Portugal, apesar de ainda não terem sido ilegalizados e até terem assento no parlamento nacional, o PCP e o BE não têm voz nem expressão, porque para a maioria dos jornalistas, “defensores da liberdade de imprensa”, parece que a democracia se esgota no PS, no PSD e no CDS, curiosamente os mesmos que há 36 anos andam a dar cabo dela.