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O que aconteceu na África do Sul, com um pelotão de fuzilamento polícia de choque a despejar os carregadores das suas armas sobre trabalhadores em greve, é apenas mais um episódio ilustrativo da forma como o direito à propriedade privada se sobrepõe ao direito à vida na perspetiva do capitalismo global:
Nas imagens difundidas pela televisão vê-se um pequeno grupo de grevistas a correr em direção do pelotão de fuzilamento polícia, mas não são visíveis disparos dos grevistas nem é possível afirmar que estes estivessem armados. No entanto, lá como cá, o ministro da polícia argumenta que os oficiais estavam debaixo de fogo.
Induzindo nos leitores a aceitação da narrativa da auto-defesa policial, o artigo do Público mostra em destaque a fotografia de um homem armado com uma lança, em postura ameaçadora, e um grupo de grevistas em que se vêem alguns paus e catanas. Mas na mesma sequência de fotos, a que mostra os mineiros mortos não mostra nenhuma arma nas suas mãos.
Uma barbárie, sem dúvida. Vi na TV e achei revoltante. Atos como este nunca seriam vistos na Coreia do Norte. E as imagens muito menos.
Aliás, sugiro ao fjsantos um artigo que elogie as autoridades de Pyongiang nomeadamente quanto ao nível de vida da população e quanto à liberdade de expressão. Certamente encontrará motivos que sejam exemplificativos de como tratar condignamente as populações que se manifestam contra o regime.
Não tão simples assim:
o Partido Comunista Sul-Africano emitiu um comunicado de imprensa no qual criticou o que chamou “caos”, “anarquia” e “violência”, pedindo a imediata prisão dos que entende serem os coordenadores da greve. Nenhuma palavra sobre a acção policial e sobre o massacre. Num outro comunicado sobre a violência, pediu à polícia para deter os que apelidou de “hooligans”.
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http://news.nationalpost.com/2012/02/03/north-korean-prisons/