Etiquetas
Ao passar pelo blogue do P.Prudêncio encontrei mais uma prosa de crítica (justa) à mediocridade que se foi instalando, ao longo de muitos anos, na direção da escola pública.
Trata-se de um diagnóstico que se aplica que nem uma luva a quase todas as esferas de ação da nossa vida pública. E tem, na frase final que destaco a bold, a chave para compreender grande parte dos males que nos assolam: como não se conhece gente competente, que deseje participar dos “meandros do poder”, resta-nos a triste sina de nos queixarmos dos incompetentes que nos (des)governam.
Mas esta é uma posição que podemos classificar como demissionista e desculpabilizadora da inação individual. Afinal, não há nada que impeça “os competentes” de exercerem cargos de direção, a não ser o seu próprio desejo de não o fazerem. Ou a firme vontade de não lutar contra os outros que consideram incompetentes.
Participar e contribuir com os seus saberes e competências deve ser um imperativo para quem se afirma cidadão de corpo inteiro. Por isso não é aceitável que quem aponta o dedo à incompetência alheia se exclua de dar o seu contributo para o bem comum, seja na esfera profissional, sindical ou partidária. É preciso começar a agir, e ontem já era tarde…
Coitado!… deve ter tido pouca sorte nas direções que encontrou… mas também,costuma-se dizer : que “cada qual tem a sorte que merece” e sempre fica com tempo e justificação para andar nos blogs a dizer mal (que é o que a maioria dos portugueses gosta mesmo de fazer… )