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João Proença, que ainda há dias andava pelos jornais a dizer que o secretário geral que será eleito no XII Congresso da CGTP vai ser “a voz do PCP”, continua alegremente a fazer o papel de “voz dos patrões e dos governos”. Só assim se compreende que mais uma vez vá assinar um acordo que prejudica objetivamente os trabalhadores que diz representar.

Este representante [João Proença] considera lesivas as propostas de diminuição dos feriados, a questão das pontes – que podem ser descontadas nos dias de férias – e a redução de três dias do período de férias (que deixa assim de ser bonificado, como previa o Código do Trabalho de 2003). Porém, Proença contra-argumenta que “era importante que houvesse um acordo perante a crise gravíssima” que o país enfrenta. E, por isso, o acordo “é favorável aos trabalhadores só e apenas porque a meia hora seria mais penalizadora”.

Mais uma vez João Proença faz o trabalho sujo para que foi criada a UGT, depois de Soares ter posto o socialismo na gaveta. Quebrar a resistência doa trabalhadores e servir de almofada às políticas da direita. Para um responsável de topo do PS não está nada mal.