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A Fenprof reuniu hoje com o MEC, a fim de tratar de alguns assunto de grande importância para a vida de muitos professores, nomeadamente no que diz respeito às questões dos horários-zero, destacamentos por doença e afectação de contratados.
Se em relação aos dois primeiros casos as notícias são satisfatórias, já no que diz respeito às expectativas de colocação para milhares de contratados continuamos na mesma situação, i.e., as perspectivas são muito sombrias e o ministério não se comprometeu com qualquer número.
O relato da reunião e dos seus resultados pode e deve ser consultado na página da Fenprof – Reunião com MEC dá resposta a problemas pontuais, mas não resolove problema de fundo: o desemprego que pode vir a afectar um número muito elevado de docentes
Tenho lido, nestes últimos tempos, vários comentários de professores que afirmam que “os sindicatos” não os defendem do desemprego. Compreendo a angústia e a sua situação. Calhando, mais tempo, menos tempo, estarei também nessa situação.
No entanto, gostaria de enquadrar isto no seguinte:
1- Se o trabalho fosse efectivamente um direito dos cidadãos, não teríamos tantos desempregados
2- Os professores não são um grupo distinto e, nessa medida, a sua luta por mais trabalho e por melhores condições laborais não está desligada da luta por mais trabalho e melhores condições laborais de todos os outros trabalhadores
3- Os sindicatos, apesar dos erros que lhes reconhecemos, não têm como resolver os problemas a contento de todos porque não podem. E quanto menos força tiverem, menos poderão conseguir
4- A maioria votou num governo do “centrão” que se sabia ir enveredar por cortes e austeridade. A educação e saúde estão no top para “emagrecimento das gorduras” do estado
5- No caso concreto da educação, muitos esperavam que o ministro Nuno Crato desse um “murro” na mesa e pusesse em prática medidas que reforçassem a disciplina na escola e sala de aula, a autoridade do professor, a qualidade das aprendizagens….
Perante a situação económica e financeira em que nos encontramos, com as medidas de austeridade “preventivas” que vão sendo conhecidas, Nuno Crato mais não faz do que manter a situação, o que significa, piorá-la….
E já me perdi…..com o jantar, ainda por cima. Desculpem lá !
Pois é Fernanda,
é sempre mais fácil culpabilizar outros do que assumir as responsabilidades próprias. E há “especialistas ” que aproveitam essa dificuldade alheia para se promoverem e “encaminharem as próprias vidinhas” 😉 (sabemos ambos de quem falo)
“vários comentários de professores que afirmam que “os sindicatos”” Esse tipo de afirmações revela uma ideia mítica dos sindicatos muito espalhada entre os docentes e não só. A crença ingénua de que os “sindicatos” tudo podem desde que queiram ou saibam fazer. A compreensão de que “os sindicatos” são os trabalhadores organizados e mobilizados, e que a sua força depende desse nível de organização e mobilização, parece ser uma evidência, mas, de facto, não o é, infelizmente.
Enquanto fazem isso, fartam-se de dividir, buscando apoios variados, do mais reaccionário que existe, só muito pontualmente contrariados.
Referem o “individual”, como se não precisassem do colectivo ( seguidores e apoiantes de um blog, por exemplo, para permanente afago de um ego algo esquizofrénico)
Referem até ao absoluto o “pensar pela própria cabeça”, como se isso fosse assim tão linear e real.
Referem a sua posição de “elite” esclarecida, nunca assumindo erros.
Enfim, não vejo problema nenhum nisto tudo.
A não ser, helás, a atitude divisionista e manipuladora.
Não fosse isto e estaria tudo numa “nice”.
(cont.)
Já vi este divisionismo há umas décadas.
Não é novidade.
Eram os -mls e afins.
Hoje estão quase todos no poder ou por aí….
A,
é sempre mais fácil acreditar ingenuamente que alguém tem o poder supremo de nos resolver os problemas, do que sermos nós a pôr os pés ao caminho e tratarmos de nós mesmos. Dá muito trabalho…
Fernanda,
o ego que referes faz-me lembrar a história da rã que queria ser boi… 😉
Ainda vai ser “censurado” e “banido” do blogue do colega…..
Lol…..
Antes de comentar dê os parabéns, porque fica bem.
Peça, logo de seguida, desculpas pela opinião que vai dar, mesmo que seja a concordar.
No meio do comentário, reforce o pedido de desculpas, mesmo que seja muito pequeno.
No final, peça novamente desculpas pela ousadia de concordar ou discordar e reafirme os parabéns, quer alguém faça anos ou não.
Fica sempre bem.
Mais uma grande conquista dos trabalhadores!
http://profslusos.blogspot.com/2011/08/areia-para-os-olhos.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FiunVi+%28PROFESSORES+LUSOS%29
Ó Miquelina! Francamente!
Também és capaz de pensar pela tua cabecita.
Não precisas de repetir o que diz o Guinote fura-greves por intermédio de outro.
Lê o relato da reunião que não é muito extenso e está em linguagem acessível.
E depois dança um pouco para relaxar: