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O Ramiro Marques tomou em definitivo a defesa acrítica e absoluta das políticas do governo da direita e da visão troikiana da crise que, segundo ele, levaram a que Nuno Crato tivesse optado pela melhor ADD possível no actual contexto.
Para melhor explicar e defender alguns dos disparates contidos no simplex 3.0, RM acabou por meter a boca no trombone e num post, que entretanto modificou quando percebeu que tinha ido longe demais (ver link), deu a conhecer o facto de ter sido “consultado” pelos fazedores da proposta de ADD. Esse lapso ficou a dever-se à natural satisfação por ver reproduzidas na proposta algumas das suas ideias, sobretudo porque outros bloguers terão sido também convidados a dar uns bitaites sem terem tido igual sucesso.
Esta conclusão pode ser tirada do cruzamento de um outro post do Ramiro com mais alguns comentários publicados no blogue do Guinote, em que o próprio e um outro comentador trocam esclarecimentos sobre o modus faciendi desta governança crática da educação:
- Dizer que fiz lobbying é uma forma de dizer que exerci influência para que as minhas ideias sobre a avaliação de desempenho tivessem acolhimento e sensibilizassem quem teve o poder de decisão de desenhar a proposta de novo sistema de avaliação de desempenho. Neste processo, houve muita gente a exercer influência. Eu fui apenas uma entre muitas.
- O que eu acho giro é ele dizer “não vou revelar pormenores”, quando toda a gente sabe que tanto ele, como mais alguns autores de blogs, além de directores de escolas e afins, terem sido ouvidos nas instalações do ministério.
- #40, Não percebi a relação entre as “partes” do discurso, o quem foi ouvido, os “independentes”, o serem alguns próximos da esquerda e o “reaccionarismo”.
- #45 Ok, então eu vou separar. A primeira parte refere-se a que o ministério, numa decisão que acho salutar, ouviu muita gente logo nos primeiros dias em que tomou posse. E muitas das pessoas que foram ouvidas são autores de blogs. Até agora ainda não tinha ouvido ninguém fazer alarde disso.