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O ionline dá-nos conta de que, ao contrário do que há anos é papagueado por economistas e comentadores com assento cativo na comunicação social, a gestão pública de fundos de pensões é mais competente do que a gestão privada do mesmo tipo de produtos. Num período de “crise” (2008/2010) a gestão do fundo público de reserva (Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social – FEFSS) conseguiu um ganho real (descontando a inflação) de 2,4%, acima da média de 0,1% dos seus congéneres da OCDE, enquanto que com os fundos privados a história é oposta – uma perda real acumulada de 4,1% que fica abaixo da perda média de 1,3% entre as economias ricas que integram a OCDE.

Mas parece não ser apenas neste sector que se revela a pujança do sector público. Também na educação a “liberdade de escolha” tão apregoada pelos defensores do neoliberalismo está a levar uma machadada brutal, com uma fuga maciça dos colégios privados a colocar dificuldade aos pais que querem matricular os seus filhos em escolas públicas. Ao que parece, para assegurar o direito dos pais a matricularem os seus filhos em escolas públicas, o Estado terá que investir fortemente na criação de mais vagas, salas e escolas neste sector.

Uma alternativa para facilitar a vida a estes pais preocupados com a falta de vagas nas escolas públicas seria financiar famílias pobres, de minorias étnicas e/ou desempregados, para matricularem os seus filhos nos colégios privados, abrindo assim as vagas necessárias para responder a este súbito desejo da classe média alta matricular os seus rebentos em escolas públicas.