Etiquetas
… não se reduz à austeridade e aos sacrifícios, mesmo quando estes se abatem sobre os mesmos do costume – os trabalhadores, os pensionistas, os desempregados e os mais pobres.
A única coisa que interessa aos especuladores e aos seus corretores em Wall Street, Londres, Paris, Hong-Kong ou Xangai é conseguir abocanhar as empresas controladas pelos estados nacionais, por prestarem serviços essenciais a toda a população, a preços de saldo. Mesmo e principalmente se forem monopólios naturais como a água, ou imprescindíveis à vida como a energia e a saúde.
É sobretudo a esta gente, também designada eufemisticamente como “os mercados”, que se dirige a prosa que se segue:
É óbvio que o verdadeiro programa da troika não está explicitado no acordo de governo acabado de assinar pelo PSD e CDS. Este acordo é uma síntese particularmente bem elaborada para conter tudo o que está no MoU sem o dizer e ao mesmo tempo embrulhar as medidas mais gravosas em eufemismos de “emergência social”, “empregabilidade”, “futuro para os jovens”, “igualdade oportunidades”, “mobilidade social”, etc., etc.
Por terem plena consciência do pacto de submissão que assinaram e das suas desastrosas consequências, os dois partidos do governo continuam o jogo de dissimulação e de embuste que levou ao engano milhares de votantes.
Eles sabem que quando as medidas começarem a doer, a maior parte dos seus votantes irá engrossar a larga maioria social e exigir uma política verdadeiramente patriótica e de esquerda.
Acabe-se com a ilusão: quem não está dentro do circulo do poder, não tem influência sobre pessoas dentro do circulo do poder, não é rico ou não pertence a famílias influentes e ricas, é um escravo.Todas essas pessoas não são verdadeiramente livres, independentes e trabalham para sustentar os grupos de poder. A diferença em relação ao passado é que não é torturado fisicamente…
Estamos a viver um momento igual à década de 30 do séc.XX, denominado a Grande Depressão. Um nó górdio económico e financeiro que só será desatado com a instalação de sistemas ditatoriais e/ou o recurso à guerra. Ou, como réstia de esperança, surgir um movimento que apresente força suficiente para implementar um outro sistema económico e financeiro, à semelhança da atitude dos islandeses.
A insistir na continuação do sistema actual, a soberania territorial poderá manter-se, mas com um Estado falido, à semelhança do que acontece na América do Sul ou África, em que impera a cleptocracia e o poder do terrorismo armado sobre a maioria da população…
A propósito da troika, eis um vídeo que está a causar furor na internet, realizado com recurso a donativos de cidadãos:
Desconfio que alguns desses “defensores” se estão a pôr em bicos de pés para serem convidados para SEcretários de Estado! LOL