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renegociação imediata da atual dívida pública com a reavaliação dos prazos, das taxas de juro e dos montantes a pagar
O meu caro leitor já terá ouvido, mais do que uma vez, estórias de cidadãos que acumularam débitos à banca e que, de repente, constatam que estão em situação de insolvência.
Também terá ouvidos os conselhos que a DECO costuma dar a estas pessoas. A receita é dura, mas permite que a prazo as pessoas resolvam o problema.
A primeira coisa a fazer é mudar de vida. Para o fazer, o cidadão endividado deve dirigir-se aos seus credores e propor-lhes a renegociação da dívida, coisa que deve fazer com o aconselhamento de alguém que não tenha por objectivo lucrar com a fragilidade do cidadão (normalmente a DECO presta esse apoio).
Alcançado o acordo, o cidadão deve seguir com atenção alguns passos: não continuar a gastar mais do que o dinheiro que tem disponível e cumprir o acordo negociado com rigor; procurar aumentar os seus rendimentos, quando tal seja possível; não voltar a recorrer ao crédito como forma de se financiar acima da sua “taxa de esforço”.
Ao que parece (pelo menos é o que afirma a DECO) isto funciona para as pessoas. É, pois, natural que resulte também para os países.
É a essa luz que devem ser entendidas as propostas hoje apresentadas pelo PCP, em conferência de imprensa, e que apenas vi noticiadas no ionline e no público:
renegociação imediata da actual dívida pública portuguesa
intervenção junto de outros países que enfrentam problemas similares da dívida pública
defesa e promoção da produção nacional
diversificação das fontes de financiamento
avaliação do conjunto de situações que envolvem as chamadas Parcerias Publico Privadas
Enquanto escrevo este post, vou ouvindo Pedro Santana Lopes na TVI24 afirmando que “adorava” conhecer as propostas do BE e do PCP para resolver a crise. Pena que tão ilustre “comentadeiro” não tenha tido oportunidade de ler notícias da conferência de imprensa de que aqui falo. Já não podia queixar-se de que os comunistas não apresentam soluções e apenas sabem estar do contra.