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A propósito da revisão do ECD e das alterações ao modelo de ADD, a equipa de Isabel Alçada tem afirmado repetidamente que nenhum professor será prejudicado, e que bastará ter avaliações de Bom para chegar ao topo da carreira.
É UMA ENORME MENTIRA (a menos que amanhã tenham outro acordo para assinar, em vez daquele que fizeram chegar aos sindicatos)
Tenho consciência de que a minha afirmação (de que a ministra está a mentir ao fazer aquelas declarações) precisa de ser provada.
É FÁCIL (basta apresentar o meu caso)
- Estou no escalão a que corresponde o índice 340 desde 2005;
- Em 2012 terei completado o tempo de serviço necessário para aceder ao índice 370 – 6 anos;
- No entanto, de acordo com o n.º 40 alínea a) da proposta do ME, só o poderei fazer se tiver duas menções de Muito Bom ou Excelente;
- Como desde esta data até ao momento em que completarei o tempo necessário só vai existir um ciclo avaliativo, em 2012 só poderei ter uma das “menções mágicas”, uma vez que não me candidatei a tal “sorte” no biénio que agora termina e também não fui “bafejado” pela sorte de ser avaliador (o que me daria direito a uma “quota especial”);
- Daqui se conclui que, se eu decidir pedir observação de aulas no próximo ciclo avaliativo, se o meu avaliador (necessariamente menos experiente e com menores qualificações profissionais do que eu) achar que as minhas aulas são “o máximo” [esperando que em troca eu ache o mesmo das dele, já que sou o seu subcoordenador] e se, depois disto, a quota chegar até mim, em 2012 continuarei a não poder progredir ao índice 370 porque só terei uma das menções necessárias;
- Logo serei prejudicado porque me opus ao complex e ao simplex, e a todas as restantes trapalhadas da ministra Maria de Lurdes Rodrigues;
- Donde se conclui que a ministra mente duplamente:
- 1. quando diz que nenhum professor será prejudicado e eu acabo demonstrar que sou um exemplo claro de prejuízo;
- 2. quando tem a desfaçatez de afirmar que todos os professores com Bom podem chegar ao topo e depois exige pelo menos uma classificação de Muito Bom ou Excelente para se chegar ao índice 370.
Seria interessante saber quantos professores, actualmente no índice 340, foram avaliados com Muito Bom ou com Excelente no biénio 2007/09 e quantos destes completarão os 6 anos necessários para progredir em 2012. Porque esses serão os únicos que, se voltarem a ser Muito Bons ou Excelentes, progredirão efectivamente ao índice 370. Ficará então por saber em que circunstâncias é que obtiveram as menções através do simplex de má memória e da nossa vergonha… mas isso já são “outros quinhentos”
Mais outro excelente post que irei linkar em breve no ProfBlog. Se me enviasses um texto semelhante por email, eu publicaria o texto por inteiro no blogue e colocaria link para o teu post. Seria uma forma de divulgar este caso que deita por terra afirmações erradas da ministra.
Estou precisamente em situação semelhante e confirmo as contas feitas!…
Sobra-nos em tempo de serviço no escalão anterior o que nos falta para cumprir os ciclos de avaliação agora exigidos para progressão ao 370!…
Estamos em fim de carreira e ninguém parece reconhecer e respeitar uma vida dedicada à escola e aos alunos!…
Cansei!…
Mas, ainda assim, estou preparado para novas e velhas lutas,… …já que nada mais me resta!….
De Braga, com carinho!…
Então façam lá essas contas para quem entrou nesse índice em 1 de Janeiro de 2001. Eu ajudo: são 13 (treze) anos aqueles que terei de passar no 340. Isto se,entretanto, estiver disposto a participar nesta farsa.
No meu caso, estou no índice 340 desde Janeiro de 2000, mas conheço quem lá esteja desde 01/01/1999, já com penalização do faseamento existente na altura. Considerando o ponto 40.b) do “Acordo (?!) de princípios”, se não existir qualquer menção de excelente ou muito bom, talvez fosse possível (será?) atingir o índice 370 em Janeiro de 2015, com 14 ou 15 anos no mesmo índice 340! Considero este cenário uma verdadeira ignomínia e uma afronta aos professores que há muito tempo atingiram, com mérito, esforço e dignidade, o topo da sua carreira! E para os mais jovens não é melhor. Nada de bom se anuncia sob o manto diáfano da “simpatia”(?)… A luta continua…
A Antão,
Também estou no índice 340 desde 2001. Fui «bafejada» com a sorte(?) de ser avaliadora por delegação de competências. Havia, de facto, quotas especiais, mas o director achou que, pelo facto, de todas sermos contestatárias, não aplicou as cotas. Sendo assim, tive Bom (9).
Quando chegarei ao índice 370? Depois de 2015, mas conto reformar-me em 20014, com grande penalização e 39 anos de serviço.
Retiro a vírgula depois de “pelo facto”. O director achou que não devia utilizar as quotas.
Escrever à pressa e com alguma emoção à mistura dá nisto.
Desculpem.
Francisco,
estou no 340 desde 1999…
Existem outras situações em índices anteriores. Encontrando-me no índice 245, teria de aí permanecer 6 anos, pois fui bafejado pela sorte de ser titular, e passaria ao índice 299.
Com a nova proposta, passarei para o 6º escalão e, se tiver a sorte de conseguir entrar nas quotas para o 7º, serei integrado no NOVO índice 272. Ou seja, reduz-se o tempo de permanência nos escalões mas aumenta-se o seu número, sendo que de 6 anos para atingir o índice 299, passa para 8 anos, mas se tiver a sorte de entrar nas quotas de acesso ao 7º escalão!!
De facto, a ME ainda não fez uma análise aprofundada das implicações da proposta, nem mede as palavras que profere.
Como era previsível, não houve acordo e, muito menos, pompa e circunstância.
Aguardemos pela reacção dos partidos da oposição, embora sem demasiadas expectativas.
Janeiro vai começar a aquecer e dia 19 pode haver mais festa do que a que Pinto de Sousa tinha prevista para hoje.
Desacordo à vista:
http://professores-unidos.blogspot.com/2009/12/ministerio-da-educacao-promete-nova.html
No meu caso, estou no índice 340 desde Janeiro de 2002, Considero este cenário uma afronta aos professores que há muito tempo atingiram, com mérito, esforço e dignidade, o topo da sua carreira. Teria sido melhor discutir o assunto na A.R. A luta tem de continuar!
Estas questões foram ultrapassadas e o acordo assinado.
A majoração de 0.5 na classificação permitirá que todos os professores com BOM cheguem ao 370.
Tanto os que hoje já estão no 340, como os que ainda estão no início da carreira.