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Como todos os professores deviam saber, na passada 4ª feira o ME entregou uma “proposta” (na verdade era folheca e meia A4) de revisão do ECD aos sindicatos de professores, em reuniões separadas.
Como o governo precisava (e desejava), à saída das reuniões das diversas organizações sindicais a comunicação social deu especial destaque à abolição do “título” aos “titulares”, como se isso fosse o “alfa e o ómega” da negociação e respondesse a todas as angústias e reivindicações dos professores (de quem os sindicatos são os representantes legais, mas não mais do que isso).
Com base nessa manipulação comunicacional apareceram logo os habituais “especialistas” a alertar para os “conluios” entre “os sindicatos” (entendendo-se aqui “os sindicatos” por Mário Nogueira, a FENPROF e o PCP) e o governo, com vista a “trair” os professores. Hoje, como está estabelecido no guião do processo negocial, os sindicatos têm o dever de fazer chegar ao ME as suas contrapropostas.
A da FENPROF é clara e em nenhum ponto pode ser acusada de trair as reivindicações e anseios dos professores portugueses, desde os que ainda nem sequer entraram na carreira (não se aceita a prova de acesso), até aos do último escalão.
Os princípios em que assenta a intenção da FNE apresentar as sua contraproposta também não se afastam do que parece essencial defender, neste momento.
Quanto aos sindicatos mais pequenos, não consegui encontrar as suas posições. No entanto, não acredito que estejam na disposição de “vender os professores por trinta dinheiros”.
Assim sendo, esperemos tranquilamente pela próxima 4ª feira, altura em que poderemos apreciar com maior rigor até onde vai a capacidade negocial deste governo e se, como ainda continuam a querer vender-nos, Isabel Alçada é Ministra da Educação, ou apenas Sub-Secretária de Estado das Finanças.
Como sempre, mais um excelente texto.
Quarta-feira é mais um dia para tira-teimas. Veremos se o ME está negociar a sério ou se apenas quer iludir os professores e a opinião pública.
Estrangulamentos administrativos da carreira e prova de ingresso são inaceitáveis. Ver comunicado da Fenprof em:
http://professores-unidos.blogspot.com/2009/11/funil-inaceitavel.html
Tenho-me habituado a ler os teus textos e devo dizer-te que, para além da qualidade de análise (quem sou eu para elogiar…) poupo muito do meu tempo a procurar informação. Os links sempre ao dispor… para mais uma viagem de esclerecimento.
Ok, também acho que a 4ª feira é decisiva e vou torcer pela unidade dos professores!
Eu acredito nos Sindicatos, quer dizer, no meu Sindicato- Fenprof/Spn
Os blogs têm tido um papel importante na discussão e no debate mas na negociação só podemos confiar nos “Sindicatos”. A Luta vai continuar a ser dura, não vai ser fácil acabar com toda a balbúrdia criada pela “Marilú” e seus acompanhantes. A união de toda a classe talvez não venha a ser possível nunca mais… mas que foi bonito enquanto durou foi! Nem eu ninguém à minha volta sabe como isto tudo vai acabar mas uma coisa eu sei, se não fizermos nada que ajude a mudar, tudo ficará na mesma ou pior.
Espero que não esqueçam a correcção do tempo de serviço, para efeitos de tempo num escalão, do roubo que nos fizeram do tempo “congelado”, 27 meses creio eu.
Gostaria que tivessem em conta também outro aspecto que, penso eu, diz respeito a muitos professores e não só, o facto de trabalhar Há 44 anos… desde 1965 e ainda só ter 55 de idade. Era normalíssimo começar a trabalhar cedo no meu tempo. Como professor tenho 27 anos, estou no 9º escalão, tenho licenciatura e não consegui ser “Titular” o que faz com que( se nada mudar) os próximos 10 anos vão ser de continuidade com o mesmo vencimento, quer chova ou faça sol!
Acredito no meu Sindicato para que tudo isto mude acabando com todas as injustiças que nos caíram em cima.
Parabéns pelo teu trabalho! 😉