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Álvaro Almeida dos Santos, o inefável presidente de todos os presidentes (agora presidente de todos os directores, ou será director de todos os directores?), tem-se desdobrado em declarações à comunicação social.

Hoje, falando ao jornal Público disse:

O aprofundamento da autonomia dos estabelecimentos de ensino nas áreas da gestão pedagógica e administrativa, com contrapartidas ao nível dos resultados escolares, é uma das matérias que o Conselho das Escolas quer discutir com a nova ministra da Educação.

Também à Renascença o PCE declarou:

O presidente do Conselho das Escolas acredita que os directores estão a cumprir a lei e que este não é o momento para “suspender o modelo e deixar um vazio – até porque sem avaliação não há progressão”.

O processo que tem de ser feito o quanto antes, diz, porque há um calendário a cumprir. Este responsável espera que seja tomada uma decisão até meados de Novembro para, em Dezembro, avançarem com o processo.

Álvaro Almeida Santos afirma, no entanto, que o modelo simplificado precisa de ser melhorado.

Lendo estas afirmações vem-nos à cabeça uma pergunta singela – porque raio o homem andará a pôr-se em bicos de pés?

A resposta é simples.

Álvaro Almeida dos Santos, e os bonecreiros que criaram a criatura, sabe que o Conselho de Escolas é uma entidade espúria, sem a menor credibilidade junto dos professores e das escolas, cuja existência apenas serviu para legitimar a prepotência da anterior equipa ministerial e o seu desejo de ignorar os legítimos representantes dos professores – os sindicatos, em particular a FENPROF.

No actual contexto de governação, quando já não é possível à nova ministra manter a surdez negocial de Maria de Lurdes Rodrigues, o Conselho de Escolas passa a ser uma tecno-estrutura descartável. E por maioria de razão o seu presidente, que pela sua actuação ao longo do tempo de existência deste órgão se revelou um serviçal, com pouca estatura cívica e moral para representar os professores e as escolas.

Por tudo isso, estas “aparições” de AAS não passam de um último estertor de quem se sente a ser varrido para o caixote do lixo da história da Escola Pública Portuguesa.