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Olhando para a forma como o PS vai conseguindo “aliciar”, à vez, votantes dos partidos à sua esquerda e à sua direita, faz pensar numa enorme aproximação do PS ao seu congénere mexicano PRI que, utilizando estratégias várias (entre o pau e a cenoura), funcionou durante décadas como uma espécie de União Nacional/Albergue Espanhol de 3ª categoria.

Se pensarmos no que aconteceu ontem em duas das mais emblemáticas vitórias que o PS conseguiu – Lisboa e Beja – fica-nos uma dúvida intrigante: o que é que haverá de comum entre dois autarcas do mesmo partido, que conseguem ser eleitos com o apoio expresso dos votantes do partido que o seu camarada derrotou na outra câmara?

Em Lisboa o PS conseguiu “aliciar” o voto da CDU contra o PSD, obtendo uma maioria absoluta, por causa do “medo da direita”. Em Beja a mesma marca PS conseguiu “aliciar” o voto do PSD contra a CDU, ganhando a presidência da câmara, porque a direita precisa de quem, no executivo municipal, “lhe viabilize os negócios”.

Malhas que o império a política tece…