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Daily Archives: Setembro 28, 2009

Da continuação da Luta – a Esquerda Radical em crescendo

28 Segunda-feira Set 2009

Posted by fjsantos in acabar com o medo

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cinco dias

Afagando o ego com leituras agradáveis:

Há 19% de pessoas que votaram em partidos que, de acordo com a maioria dos comentadores e especialistas, querem desprivatizar tudo e mais alguma coisa. E mesmo que não seja verdade que esses partidos tenham planos de tal ordem, o facto de se neles se ter votado diz-nos muito acerca dos limites desse respeito supostamente natural que a espécie humana nutriria pelo princípio sagrado da propriedade privada. Enfim, o anticomunismo primário de tantos e tantas comentadores conseguiu criar este monstro que é a esquerda radical. O monstro seguramente agradece e, nos próximos anos, tudo faremos para ajudá-lo a engrandecer-se na sua disformidade. O velho comunismo, o novo esquerdismo, a democracia económica, se não os encontramos matematicamente programados nas verdades proclamadas pelos partidos que a eles são associados, seguramente se reanimam com as mentiras com que os seus adversários pretenderam caluniar tais partidos. Destruidores de pátrias, ateístas empedernidos, adeptos da preguiça, redistribuidores obsessivos, inimigos da concertação, peões da luta de classes – saibamos estar à altura destas calúnias, aceitando-as se não com orgulho, palavra de que não gostamos, pelo menos com um sorriso nos lábios.

dos ganhos e das perdas

28 Segunda-feira Set 2009

Posted by fjsantos in balanço

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eleições, resultados eleitorais

A LUTA CONTINUA E A VITÓRIA É CERTA (só vai é demorar mais algum tempo a alcançar).

Olhando com atenção para o veredicto que os portugueses pronunciaram com a votação de ontem, há alguns vencedores e muitos perdedores [antes de continuar a minha análise, devo declarar que considero que o campo em que me situo foi um dos perdedores de ontem].

  • Em primeiro lugar ganhou a direita, quer pelo aumento da representação do CDS/PP [cujo discurso securitário e xenófobo colheu bons dividendos], quer porque a soma dos deputados dependentes de Sócrates com a dos deputados dependentes de Portas asseguram a “governabilidade”, isto é, garantem que as políticas neoliberais (temperadas com algum neoconservadorismo “pêpêano”) têm caminho aberto nos próximos quatro anos, com o beneplácito de Belém.
  • Ganhou também Paulo Portas, que conseguiu garantir uma influência decisiva na decisão política, ao alcançar um número de deputados que permite formar uma maioria de governo com Pinto de Sousa.
  • Ganhou ainda o próprio Pinto de Sousa, que corria o risco de ser obrigado a governar à esquerda ou ser corrido pelos eventuais descontentes, se a descida de votos e deputados tivesse atingido valores mais elevados.

No campo dos perdedores incluo muitos dos que até conseguiram melhorar os seus “scores” eleitorais. Mesmo quando clamam vitória.

  • Desde logo o PSD, que apesar de ter aumentado o número de deputados deixou de ter o peso relativo que tinha no campo da direita. Hoje o PS de Sócrates Pinto de Sousa somado ao PP de Portas podem dispensar o voto do PSD para conduzir as políticas que entenderem.
  • Em segundo lugar o BE, que não obstante o extraordinário aumento de votos, percentagem e mandatos, não conseguiu o objectivo central que seria desalojar Pinto de Sousa do poder no PS e tornar-se num partido decisivo para a governação do país. Com os resultados alcançados, o PS pode aliar-se ao PP e prescindir do apoio do BE.
  • Em terceiro lugar a CDU que, apesar de ter consolidado a sua base eleitoral e de ter aumentado a representação na Assembleia, não só não consegue condicionar a formação do próximo governo, como se vê ultrapassada pela direita populista, retrógrada e xenófoba representada pelo CDS/PP.
  • Perderam também Alegre, os “alegristas” e todos os que acreditaram que Manuel Alegre era um homem da esquerda determinada e consequente. A forma ambígua como o deputado Alegre nunca foi capaz de se opor às políticas de direita do seu partido, e o despudor com que se apresentou a apoiar a campanha de Pinto de Sousa, constituíu o aval que garantiu a sobrevivência do 1º ministro e a possibilidade deste se aliar mais uma vez à direita, para continuar a destruição dos serviços públicos de saúde, segurança social e educação.
  • Perderam também os professores que, graças ao apelo politicamente absurdo para votar à direita ou à esquerda, acabaram por permitir que o próximo governo venha a mudar apenas o acessório, para não mexer (quiçá agravar) o essencial. E o acessório serão alguns “retoques” na ADD, ou até no “título” de “titular”. Enquanto que o essencial será o desmantelamento da escola pública, o agravamento das políticas de gestão e prestação de contas, o financiamento público do ensino privado [voucher/cheque ensino], a contratação municipalizada de professores, a precarização e proletarização da profissão.

Uma nota final para os perdedores que ontem agitaram bandeira de vitória no largo do Rato e em frente ao Altis:

  • Imigrantes e activistas “arco-íris” fizeram a festa da vitória do “seu sócrates”. Resta saber como agitarão as respectivas bandeiras quando Pinto de Sousa os trocar pelo apoio no orçamento ou pela viabilização de outras políticas essenciais para a governação. Portas e o seu PP foram claros quanto ao rendimento mínimo, à legalização de imigrantes e à legalização dos direitos de cidadania das minorias. E convém não esquecer que Portas foi quem teve mais razão para sorrir e festejar na noite de ontem.

A Luta Continua

28 Segunda-feira Set 2009

Posted by fjsantos in balanço

≈ 5 comentários

Não tendo qualquer constrangimento de militância partidária, posso olhar para os resultados eleitorais de uma forma politicamente incorrecta. Por isso, apesar de ter havido uma clara derrota da arrogância, da pesporrência e do absolutismo da maioria absoluta de Pinto de Sousa, Silva Pereira, Santos Silva e Teixeira dos Santos, que tinham dado rédea solta a Vieira da Silva e ao seu código da precaridade, a Lurdes Rodrigues e ao seu ódio aos professores, bem como a outros funcionários menores [Margarida Moreira e as centenas de ditadorzecos que nas escolas foram os zelotas de serviço], não creio que tenham sido criadas todas as condições para passarmos a ter um governo de esquerda.

Assim sendo a palavra de ordem tem que ser – A Luta Continua.

EleiçõesSetresult

Claro que é preciso destacar a extraordinária descida do PS, que perde deputados para todos os partidos.

Evidentemente que me congratulo com a subida de votação e de deputados que foi conseguida pelo BE e pela CDU. É um bom sinal que estes dois partidos somados tenham 31 deputados, mais nove do que na anterior Assembleia.

Mas não posso ignorar que Paulo Portas e o seu discurso de ódio ao que é diferente (imigrantes e outras minorias), bem como a defesa dos valores neo-conservadores, também obteve mais nove deputados do que em 2005.

Na verdade é preciso reconhecer que Pinto de Sousa tem condições para prosseguir as políticas neo-liberais importadas da UE e da OCDE, com o beneplácito [partilhando lugares no governo, ou fazendo apenas cedências nas políticas de diminuição do papel do Estado nas políticas sociais] de CDS/PP e do PSD que sobreviver à saída de MFL.

Evidentemente que para a esquerda as condições de luta são agora mais favoráveis: maior número de deputados, maior base social de apoio e fim da maioria absoluta da direcção anti-social do PS. Mas, ainda assim, é preciso voltar a cerrar fileiras e continuar a estar disponível para lutar.

Uma última palavra para dois protagonistas claramente perdedores da noite de ontem:

  • Manuel Alegre e a sua atitude titubeante e ambígua tem uma clara responsabilidade na manutenção de Pinto de Sousa à frente do PS e na possibilidade que este tem de continuar aliado à direita;
  • Os professores e em particular os movimentos que fizeram um apelo idiota de votar à esquerda ou à direita apenas para penalizar o PS, como se fosse indiferente votar CDU/BE ou votar PSD/PP. Com esse apelo, e os resultados que produziu, ficou a perder a escola pública porque estão criadas as condições para que nada mude na gestão das escolas e sejam aprofundadas as políticas de municipalização/privatização da escola pública, bem como o financiamento público do ensino privado.
Correio Electrónico!

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