Esta “estória” passou-se num TEIP que conheço, mas é com certeza igual a tantos outras “estórias” de outros tantos TEIP’s.
- Um agrupamento situado na periferia de uma grande área metropolitana;
- Uma escola, das várias que constituem o agrupamento, situada num bairro problemático;
- Bairro edificado há meia dúzia de anos sob a égide duma das eminências aparelhísticas do partido no poder, contra todos os princípios de não construção de guetos, a que se chama pomposamente de “realojamentos”;
- Entrada da escola problemática no programa TEIP 2;
- Alargamento do TEIP a todo o agrupamento incluindo, para efeitos de concurso de colocação de professores, escolas que vivem realidades completamente distantes do universo TEIP da escola do “bairro difícil”;
- Na escola sede do agrupamento, os poucos alunos do “bairro difícil” que chegam ao 3º ciclo são os que superaram, em anos anteriores, os handicaps e constrangimentos inerentes à sua condição de alunos desfavorecidos;
- Como é natural, os professores do 3º ciclo desconhecem por completo a realidade TEIP, excepto no que se refere à condição de pertença ou exclusão do quadro do agrupamento, por via do concurso;
- Em devido tempo o agrupamento “seleccionou” os candidatos que, não pertencendo ao respectivo quadro, manifestavam vontade de passar a pertencer-lhe;
- Uns entraram, outros foram excluídos, de acordo com uma seriação regulada por normas de um concurso local;
- Ontem, por efeito do concurso nacional, diversos professores pertencentes ao agrupamento foram colocados em quadros de outras escolas, deixando vagos os seus lugares no agrupamento TEIP;
- Estas vagas não foram recuperadas neste concurso;
- Metade dos horários de matemática do 3º ciclo irão ser preenchidos por professores fora dos quadros;
- Acontecerá o mesmo em diversos grupos disciplinares, susbstituindo-se professores do quadro, vinculados por 4 anos, por professores de uma bolsa de recrutamento a requisitar anualmente.
Aqui no Monte de Caparica aconteceu o mesmo. Mas as que saíram foi porque não queriam continuar a trabalhar no Agrupamento. A nova gestão tem que se lhe diga……………………………..
…e o mesmo em Idanha-a-Nova. A título de exemplo, no grupo 300 saíram três professores. Isto não faz sentido nenhum. Eram mais três vagas que seriam (eventualmente) ocupadas pelos QZP’s que assim ficaram sem colocação. Quem se lembrou deste concurso de escolas prioritárias… Afinal serviu a quem? Às escolas não foi, que “trocaram” professores do quadro por professores muito pior colocados nas listas. Aos professores muito menos, que viram estas vagas não ser recuperadas. Excelente ideia para figurar no “best of Socratino”.
Olá
Temos que ter cuidado com o que dizemos. Eu sou contra os Agrupamentos TEIP, porque todos somos capazes e isto só vem vem introdroduzir mais uma variável para a vigarice.
Só colocaram 4oo e tal docentes, com a falácia dos 30 mil que juejá estavam colocados.
Continuam a mentir e não podemos permitir. Exigimos novo concurso!
O meu agrupamento perdeu 10 professores, mais 1 que já tinha perdido no concurso de colocação (?) de titulares… 11 no total.
Vagas, literalmente vagas… completamente vazias.
Eu estava no Agrupamento da Maria Lisboa, não que não gostasse, mas tentei ficar mais perto de casa. Ao fim de 32 anos de serviço consegui ficar a 500 metros de casa. Imagino as vagas TEIP que lá ficaram, porque os “magalhães” da dgrhe não sabem fazer recuperação de vagas.
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