(Re)Flexões

~ Defendendo a Cidadania

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Daily Archives: Junho 5, 2009

No domingo vou votar.

05 Sexta-feira Jun 2009

Posted by fjsantos in a bem da nação, cidadania

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eleições, UE

Neste domingo vou votar para que no parlamento europeu haja deputados que façam ouvir a voz de quem defende uma europa social e defenda políticas públicas de educação, saúde e segurança social mais amigas do cidadão.

Eu, cidadão europeu, estou farto de que sejam organizações “discretas” como a ERT a ditar as políticas europeias e as decisões de cada governo nacional.

O senhor Belmiro e o senhor Amorim, com todo o respeito que possam merecer pelo facto de terem criado enormes organizações empresarias (que lhes dão fortunas colossais, apesar de empregarem milhares de trabalhadores), não têm legitimidade democrática para definirem as políticas públicas, que o governo português deve realizar de acordo com o mandato popular. Mas na prática usam o seu poderio económico para condicionar as decisões dos governantes que nós elegemos. Tal como os restantes membros da ERT fazem em relação a cada um dos outros 26 Estados da UE e em relação às decisões da Comissão Europeia.

É por isso que o Parlamento Europeu tem que ter deputados que se oponham a este controlo do capital sobre a política.

A única forma de contrariar as políticas que prejudicam os cidadãos é expressarmos o nosso protesto contra quem governa contra nós há décadas. E protestar é ir votar, porque quem está contra Sócrates e se abstém, na prática não penaliza os erros e malfeitorias que ele tem cometido.

Por isso deixo aqui o meu apelo – DOMINGO VAMOS TODOS VOTAR.

A não ciência ao serviço da política partidária

05 Sexta-feira Jun 2009

Posted by fjsantos in ética, educação, escola pública

≈ 2 comentários

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CNE, hipocrisia, injustiça

Ana Maria Bettencourt, a nova presidente do Conselho Nacional de Educação escolhida pelo PS, deu uma entrevista ao jornal Público. Até aqui nada de extraordinário. Trata-se de uma pessoa com uma longa carreira política dedicada ao partido que detém a maioria de deputados na Assembleia da República.

Que esta cidadã exerça o cargo para que foi escolhida é perfeitamente legítimo e natural. Que dê entrevistas aos órgãos de comunicação social é um direito que lhe assiste, e uma forma legítima e democrática de dar a conhecer aos cidadãos qual o seu pensamento sobre a área em que assume novas responsabilidades.

O que é pouco aceitável é que, para fundamentar as políticas que o seu partido quer aplicar, utilize um argumento de autoridade científica que carece de legitimidade.

É que quando queremos falar de Educação (e da Escola Pública enquanto uma escola de massas, democrática e ao serviço da sociedade e da cidadania) não podemos olhar para a escola isolada da comunidade em que está inserida.

O que Ana Maria Bettencourt veio dizer sobre a escola e os professores portugueses, na esteira de toda a argumentação aduzida pelos ideólogos pêéssianos que sustentam as políticas de Maria de Lurdes Rodrigues e de Pinto de Sousa, é de uma cegueira total e absurda.

Comparar a escola e os professores portugueses (que nos últimos trinta anos fizeram o que os outros países desenvolvidos tinham feito desde o início do século XX) com a escola e os professores finlandeses, ou outros quaisquer, é injusto e hipócrita.

Injusto porque responsabiliza aqueles que foram o verdadeiro pilar da democratização e da universalização da escolaridade, depois do derrube do Estado Novo, pelos insucessos que têm que ser assacados a quem devia ter promovido políticas públicas integradas, visando a equidade no tratamento de todos os cidadãos.

Hipócrita porque estes “especialistas”, sendo titulares de graus académicos que pressupõem a investigação e reflexão sobre a sociedade, têm a obrigação de saber que foram as políticas de contenção orçamental perseguidas pelos sucessivos governos (desde os longínquos tempos de Soares e do FMI) que ditaram o isolamento da escola portuguesa face aos restantes mecanismos de apoio social, que sempre funcionaram no Norte da Europa (tão louvado por Soares, Sampaio e outros social-democratas da mãozinha fechada), mas que no nosso país nunca passaram de uma miragem para enganar incautos e obter uns “votozinhos” em dia de eleição.

Quando Ana Maria Bettencourt diz que quer outro paradigma para a escola pública, devia dizer que o que preconiza é um retorno a um modelo de escola mais próxima dos colégios dos Jesuítas ou de um ensino individual. Ao mesmo tempo que devia exigir aos seus camaradas de partido e ao seu ministro das finanças um orçamento que lhe permitisse por em prática as tutorias e esse ensino individual, o que permitiria deixar de ensinar a todos como se fossem apenas um.

Não tenho dúvidas de que o atendimento personalizado ao aluno e que a tutoria que pudesse minimizar o abandono familiar e social, a que quase todos os alunos com insucesso estão sujeitos, seria um poderoso factor de promoção do sucesso escolar e de desenvolvimento do país.

Só que isso, como bem sabe Ana Maria Bettencourt e todos os outros políticos que vestem as roupagens de académicos, custa dinheiro. Quando os partidos do sistema, que se apropriaram da revolução desde os finais da década de 70, passarem a olhar para os custos com a Educação como um investimento no futuro, em vez de olharem como uma despesa que é preciso reduzir, perceberão que não devem exigir mais trabalho a cada professor, mas têm que criar as condições para que cada professor possa preocupar-se com menos alunos e assim possa dedicar mais tempo a cada um deles.

E já que tanto gostam de seguir o exemplo dos sectores privados, perguntem-se porque é que os explicadores que têm melhores resultados são os que dão explicações individuais? Ou porque é que nas equipas desportivas de alto rendimento desapareceram os treinadores faz-tudo, passando a existir colectivos de especialistas, que trabalham para o sucesso da equipa sob a coordenação de um responsável muito bem pago?

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