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Não havia nexexidadezezezezzzz
É o que apetece dizer, depois de ler o comunicado de imprensa colocado no sítio do SPGL na Internet.
Já todos sabemos que a lista A ganhou. Nenhuma das outras listas contestou a legitimidade da vitória da direcção. O quadro da luta dos professores aconselharia a que os vencedores tivessem o bom senso de promover a unidade e lançar as pontes para que se tratasse de sarar eventuais feridas provocadas pela disputa eleitoral.
Infelizmente não é (ou pelo menos não foi até ao momento) o entendimento dos responsáveis da lista A/Direcção do sindicato.
O comunicado de imprensa, divulgado na página oficial do sindicato e não numa página da lista A, não se limita a dar conhecimento oficial dos resultados. Pelo contrário, o autor do texto não se eximiu a adjectivar como “esmagadora” a vitória da direcção.
Será que o “esmagamento” das correntes de opinião contrárias às que estão representadas na direcção é mais importante do que a mobilização de todos os sócios, para as tarefas sindicais que se perfilam no horizonte, a começar pela unidade necessária já nas lutas agendadas para a próxima semana?
E para proclamar esse esmagamento é necessário “trabalhar” os números da maneira mais conveniente aos interesses dos vencedores?
Os números apurados são os que são e estão disponíveis para quem quiser fazer as contas. A vitória da direcção do sindicato não é passível de contestação, nem foi contestada por nenhuma das listas derrotadas. Os incidentes processuais da votação foram resolvidos em sede própria e de acordo com os regulamentos eleitorais em vigor. Assim sendo não se compreende o teor do comunicado.
Para além do facto de as percentagens de votação não serem rigorosamente as que são anunciadas no comunicado de imprensa, não se entende como é que a direcção do sindicato se permite anunciar que a contagem de votos ainda não apurados (condicionais e por correspondência) lhes dá «largas possibilidades de aumentar ainda a diferença». Será que o autor do comunicado, e o responsável pelo sítio do SPGL na Internet, sabe qual o conteúdo dos envelopes fechados e ainda não abertos? E como é que teve acesso a esse conhecimento?
Numas eleições que nenhuma das listas derrotadas contestou, como é que é possível que a lista vencedora, na ânsia de proclamar o “esmagamento” dos sócios que ousam discordar das suas políticas, se permite introduzir um factor de perturbação que pode levar a pensar em coisas menos claras? Ainda por cima quando os números em causa já nada alterarão o resultado final?
Quanto aos valores anunciados das percentagens da vitória, penso que nem é preciso fazer nenhuma licenciatura para decidir se se querem contar todos os votos entrados em urna, ou se apenas se conta com os votos obtidos por cada lista concorrente, eliminando os brancos e nulos.
De facto, num quadro de enorme desinteresse dos sócios pela vida do sindicato, que se vem traduzindo numa perda de sócios que ronda as 3 dessindicalizações por dia, este tipo de contentamentos vitoriosos são um enorme disparate. Era bom que os responsáveis pelo futuro próximo do sindicato percebessem o sectarismo de que padece o texto do comunicado, colocado na página que é de todos os sócios e não é propriedade exclusiva da lista vencedora.
O anterior comentário enviado é da responsabilidade de António Avelãs que faz questão de o assinar. Por inabilidade informática fez o envio sem introduzir a assinatura. O IP, claro, é o mesmo.
Manuel Grilo
1. A expressão “vitória esmagadora” significa vitória nítida, por larga margem. Apenas isso. Passar daí para “esmagamento” de sócios, de opinião, etc , como o seu texto refere, é tresler por completo. Ou fingir que se pretende raciocinar com rigor.
2. Admitindo, como é norma, que, pelo seu volume, os votos condicionais acompanharão a tendência dos votos expressos directamente em urna; e que, como tem acontecido em eleições anteriores, pelos sectores envolvidos, os votos por correspondência são favoráveis à Lista A, fácil é de admitir que muito provavelmente a diferença entre as listas se acentuará. Como se escreveu.
3. Sobre essa estranha obsessão das três por dia (falando, claro, das dessindicalizações) é pura ilusão. É pura mentira, mas disso falaremos com mais calma após este período eleitoral.
4. Aceite com normalidade a derrota. Como nós aceitamos com normalidade a vitória. Esmagadora.
António Avelãs, para seu desgosto, Presidente do SPGL
Sr. presidente Avelãs,
Se tivesse tido tempo para ler o que escrevi, o sr. professor Avelãs teria reparado que aceitei com normalidade os resultados, não pus em causa a justiça da sua vitória e o que me preocupa é saber quais os caminhos do futuro.
Porque só fica derrotado quem desiste de lutar.
https://fjsantos.wordpress.com/2009/05/21/as-eleicoes-ja-foram-os-resultados-apurados-indicam-um-vencedor-mas-so-fica-derrotado-quem-desiste-de-lutar/
“António Avelãs, para seu desgosto, Presidente do SPGL”
Que mediocridade…
Pirosada! Baixinho, rasteirinho. Há quem lhe chame ter mau ganhar, não?
Também há quem lhe chame a reagir ao mau perder!
O Francisco reconheceu a vitória porque não poderia deixar de o fazer. No final da contagem, na D. R. de Santarém estaremos (Lista A) acima dos 70%. Em todo o SPGL perto dos 70%. Isto é uma vitória nítida que, mais que um reconhecimento, merecia uma felicitação que o Francisco não quis fazer. Mau perder? Talvez não…
A partir de agora precisaremos de todos os sócios porque as lutas que temos pela frente serão muitas e difícieis e o SPGL terá uma direcção que, a meu ver, emergiu da lista com o melhor projecto e a melhor equipa. Os sócios souberam reconhecer isso. Saberá o Francisco? Penso que sim… com o tempo.
Para já, aqui fica uma saudação à Lista B pelo trabalho que desempenhou e que, a meu ver, contribuiu para demonstrar a vitalidade e a democraticidade do nosso sindicato.
E fica uma efusiva felicitação a todos os meus companheiros de lista, a lista A. Pelo seu esforço, pela sua dedicação, pelas canseiras sem fim, pela responsabilidade, pela pluralidade e pela liberdade democrática.
Agora estaremos a trabalhar, como já estávamos, com todo o empenho e responsabilidade e secundados por uma inequívoca e contundente vitória eleitoral.
João Paulo Videira
Não!
Além do mais, papel de cuco.
Fechou por uma oretensa honra, mais para o lado do beicinho. Agora, inchado, espalha os ovos por ninho alheio. Quanto ao SPGL, a questão, para mim, e a médio prazo, não é essencialmente quem ganha ou perde. É mesmo a má qualidade da forma de fazer sindicalismo. Mas sempre com muito ego!
O comunicado de imprensa da direcção é uma peça indecorosa do ponto de vista político sindical.
1. Anuncia os resultados finais, antes de estarem apurados e validados pela Comissão Eleitoral que é quem tem competências estatutárias para o fazer.
2. Faz a projecção desses resultados, anunciando “largas possibilidades de aumentar a vantagem”, quando faltava apurar os votos condicionais e por correspondência (futurologia ou domínio mais apurado de técnicas experimentadas anteriormente?)
3. Contabiliza a seu favor na percentagem todos os votos brancos e nulos (o resultado provisório era 57% e não 63%)
4. Confirma a falta de nível democrático, ao vangloriar-se de uma vitória “esmagadora”
5. Atinge o pleno do descaramento com o “sindicato livre de tutelas político-partidárias” depois de os 15 cargos da direcção central/área da presidência terem sido geométricamente distribuídos entre três forças político-partidárias.
Obs.: O João Paulo Videira que tinha fugido do debate quanto ficou sem argumentos regressou agora tão inchado que perdeu a noção da realidade. Os resultados finais provisórios (site oficial), já com os condicionais e por correspondência, mas ainda não validados pela C. E. , apontam para uma vitória da Lista A com 59% dos votos expressos em urna. Algo menos que os 70% do João Paulo.
Expressos em urna são os votos utilizados pelo votante para manifestar o seu sentido de voto.
Há também os votos que não são utilizados e que devem sempre ser conferidos no final do acto de votação e remetidos à C. E. junto com os restantes materiais (votos, listas, actas, cadernos). O João Paulo sabe por acaso o que sucedeu aos votos “não utilizados” em Santarém?
João Paulo,
Ao contrário do que afirma o presidente do SPGL, o que me desgosta não é tanto que ele tenha sido eleito. Obviamente que ele não era o meu candidato e, como tal, preferia que fosse outra a escolha dos sócios.
Mas daí ao desgosto, no sentido que lhe foi dado no comentário assinado pelo Avelãs, ainda vai um longo caminho.
O que de facto me desgosta é que quem, a partir do momento em que foi eleito, tem que ser o presidente de todos os sócios, se esqueça desse pequeno detalhe e use os termos que usou.
Tal como tenho que afirmar que me incomoda o facto de o texto de vitória da lista A ser publicado na página do sítio oficial do sindicato, que é pertença de todos os sócios e não de 60 ou 70% dos que votaram. Aquele texto podia ser divulgado no blogue ou na página oficial da lista A e não haveria o mais pequeno comentário da minha parte. Colocado no sítio do SPGL, parece-me merecedor de reparos.
Quanto à necessidade de trabalhar seriamente para revitalizar o sindicato e aproximá-lo dos professores e das escolas, estamos totalmente de acordo.
OOps! quando eles começam a medi-la, sou uma menina decente e não me meto. Até porque a minha opinião, em relação ao SPGL, é que é mesmo muuuuuuuuuuuuittttttto pequenina, mas com muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitooooooooo reclame.
Ainda os resultados das eleições do SPGL…
É um assunto que está longe de estar encerrado.
Durante o dia de hoje desapareceram inexplicavelmente 410 votos
http://professores-unidos.blogspot.com/2009/05/falta-de-rigor-ou-algo-diferente.html
Para não variar… O Bush e o Al Gore tb andaram nessa, lembram-se? E, há 3 anos atrás a coisa tb não foi simples… Enfim, organizem-se!
Antes de mais os meus parabéns aos vencedores e uma palavra de apreço aos vencidos (sendo que, neste contexto, as expressões nem me agradem), como é normal e salutar em democracia. Desejo bom trabalho a todos os envolvidos e que saibam contribuir de modo positivo para que as lutas dos professores sejam ganhas, porque a razão neste conflito, essa, está do nosso lado!
Espero, acima de tudo, que saibam todos tirar as devidas ilacções da grande realidade que marcou estas eleições (e que já nem será uma novidade, mas é agravada pelo nível de mediatismo- pelo menos blogoesférico- que este acto eleitoral atingiu): a ESMAGADORA vitória da abstenção nas eleições para o SPGL! Não se esqueçam disso no vosso trabalho! Trabalho a que desejo, repito, o maior sucesso.
Uma última palavra para o João Paulo Videira que ainda não tive o prazer de conhecer presencialmente e a quem reconheço um empenho genuíno na luta e na sua função de dirigente sindical: talvez lhe tivesse ficado bem dirigir saudações a TODAS as listas concorrentes ao SPGL, incluíndo a C e a D e não apenas à lista B. É que nem só aqueles que têm por trás uma MÁQUINA!!! que lhes permite congregar cerca de 350 (TREZENTOS E CINQUENTA) nomes para erguer uma candidatura à direcção central, merecem apreço e saudação. Todos são importantes! Há certos tiques de “xenofobia” sindical, que se notam neste e noutros casos, talvez responsáveis por ainda não termos já esta luta ganha como devíamos. Mas em frente, dia 30 lá nos encontraremos todos!
P.S. – E não se esqueçam dos termos do “Tratado de Sintra” 🙂 como, desde logo, baptizei o acordo e o compromisso assumidos pela lista A e B relativamente à desblindagem dos Estatutos do SPGL (e devo dizer que a expressão desblindagem nem sequer foi minha). Já agora, se me permitem a achega, incluam na revisão dos Estatutos, a limitação do número de mandatos para os dirigentes do SPGL (não leiam aqui nenhuma crítica ou ataque a quem, neste momento, desempenha os cargos directivos, trata-se de uma questão de princípio tão somente).
Os resultados definitivos e respectivas percentagens (manipuladas no comunicado da direcção que seguiu para a Lusa e daí para a comunicação social) podem ser vistos em:
http://professores-unidos.blogspot.com/2009/05/resultado-das-eleicoes-leitura-que-se.html
Obs.: O João Paulo Videira fez-se desentendido e emudeceu subitamente. Tem razões para isso. Já se sabe o que aconteceu aos votos não utilizados na regional de Santarém. Não foram remetidos à Comisão Eleitoral, tal como era obrigatório. Quer dizer que não foram conferidos pela C.E.. Motivo suficiente para anular todas as mesas e repetir as eleições em Santarém. Mas a Comissão Eleitoral, com os votos contra da Lista A/Direcção, ficou-se pela aprovação tímida de uma moção de censura ao João Paulo Videira.
“De facto, num quadro de enorme desinteresse dos sócios pela vida do sindicato…”
No outro blog (que não se consegue comentar) diz:
“Num quadro de elevadíssima abstenção que se prevê venha a ultrapassar os 70%, …”
Falta de rigor:
Senão vejamos:
Dos 17621 votantes (votaram 6448 para a DC e MAG) o que representa 36,59 % de votantes (onde estão os 70%?)
Comparando com 2006 dos 21297 eleitores (votaram 8048 para o mesmo orgão) o que representa 37, 79 % de votantes.
Será que a “elevadíssima abstenção” e “enorme desinteresse dos sócios” nas votações é um problema destas eleições?
Duas observações ao comentário meio “desatonto” do “pouco desatento”:
1. Num quadro de elevadíssima abstenção que se prevê venha a ultrapassar os 70%, …”
Falta de rigor
Com os dados disponíveis era essa a projecção.
Falta de rigor existe sim no comunicado da Direcção que contabiliza a seu favor os votos brancos e nulos e transforma 57% em 63% para falar de vitória “esmagadora” e envia assim o comunicado para a Lusa. Falta de rigor ou algo mais existe na inexplicavel discrepância de 410 votos entre o comunicado da Direcção e o da Comissão Eleitoral.
Falta de rigor ou algo mais existe nos votos não tilizados que ficaram em Santarém e não foram remetidos como era obrigatório à C. E.
Falta de rigor, mas também falta de isenção e sobretudo falta de vergonha.
2. Será que a “elevadíssima abstenção” e “enorme desinteresse dos sócios” nas votações é um problema destas eleições?
Mais de 11 000 abstenções em 17621 eleitores é uma abstenção elevadíssima por muito que este qualificativo custe (ou talvez não) ao observador “pouco desatento”.
Não é de facto um problema destas eleições. É sobretudo um problema deste sindicato desde que iniciou a caminhada ugetista para se transformar num sindicato de dirigentes.
Saberá o “pouco desatento” que no último mandato, o SPGL perdeu em média 3,3 sócios por dia?
E, enquanto isso, o SPRC desde Setembro de 2008 já efectuou 505 novas sindicalizações?
A abstenção não foi de 70%. Foi de 63,41%!
Ufff que alívio, estava a ver que tinha sido mesmo um nível de abstenção realmente preocupante, como os arautos da desgraça andavam para aí a espalhar.
Sendo assim “prontos”, ok, está tudo muito melhor e podemos ficar descansados! E como já nem é novidade, melhor ainda, nenhum motivo para alarme. A Oeste Nada de Novo, camaradas!
Ahhh um pequeno mas muito importante esclarecimento: o meu comentário sobre a abstenção não deve ser entendido, de modo nenhum, como uma defesa das posições de uma qualquer lista contra outra. Estou totalmente fora desse filme e ninguém me poderá acusar do contrário.
Pessoalmente até posso dizer que lamento que a lista D, por 24 votos, não tenha conseguido eleger o seu cabeça de lista para o Conselho Geral, até porque considero importante e enriquecedor existirem representantes das várias tendências no seio dos orgãos consultivos do sindicato mas, mesmo pensando assim, durante a campanha não escrevi uma única linha a apoiar quem quer que fosse. E a APEDE fez exactamente o mesmo!
Ricardo,
A abstenção é preocupante.
Quando fiz um comentário foi para demonstrar que, infelizmente, a abstenção é uma situação que se mantém desde as eleições anteriores.
Concordo consigo quando refere “…até porque considero importante e enriquecedor existirem representantes das várias tendências no seio dos orgãos consultivos do sindicato”. Todas as listas deveriam em função de determinado patamar estar representadas neste orgão.