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De acordo com a RTP online, que cita declarações de Jorge Pedreira ao DN, «Ministério pode retaliar contra professores devido a greves».
Estas afirmações e este título inserem-se na previsível campanha de intimidação e de pressão sobre os professores, a poucos dias do recomeço das actividades lectivas e na sequência da promulgação do simplex, por parte do PR.
Mas também obedecem ao cânone populista enunciado pelo ministro SS, quando explica que populismo é «exploração das emoções, atenção exclusiva ao curto prazo, desprezo pelas regras institucionais, cultivar o clientelismo e a dependência, preferir o truque, o tráfico de influências, a gestão dos interesses, a negociata.»
E obedecem porque:
- procuram explorar as emoções dos professores que possam ter interesse nas prebendas anunciadas pelo ME;
- viram-se exclusivamente para o curto prazo, uma vez que o que está em jogo é o agitar da bandeira eleitoral dos “professores avaliados” na próxima campanha, abandonando em definitivo a máscara de uma avaliação que melhore as práticas lectivas;
- cultivam a dependência dos professores em relação à tutela;
- cultivam a gestão de interesses e a negociata.
Todos estes princípios estão publicados no sítio da Fundação República que, de acordo com a declaração de intenções apresentada, «se define como um blogue de reflexão política no campo do socialismo democrático, do trabalhismo e da social-democracia.»
Donde se pode concluir que o actual governo e os seus ideólogos estão dispostos a usar de todas as armas do populismo, com o intuito de garantirem a sobrevivência política.
O que, sendo consequente com o diz o artigo assinado por Augusto Santos Silva, nos alerta para um grave perigo em relação à democracia, uma vez que: «Quem se rende ao populismo não ama a democracia.»