Etiquetas
Sendo um espaço completamente aberto, a blogosfera permite que qualquer “voz do dono” escreva em defesa da sua dama, ou atacando quem lhe possa pôr em causa prebendas futuras.
É por isso perfeitamente normal que os apaniguados do pêésse, jornalistas de carreira, ou simples aspirantes a um lugar na federação lá do bairro, venham para os seus blogues (individuais ou mais frequentemente colectivos, que esta malta prefere a táctica da matilha) descarregar fel sobre a luta dos professores. É que, para o bem e para o mal, a unidade de uma classe que os pêéssianos consideravam eternamente desavinda, está a causar demasiados engulhos ao seu (deles) “menino de ouro” e o mais certo é que se lhes acabe a maioria e o mando.
Enquanto o momento não chega e enquanto lhes for possível acreditar que Pinto de Sousa continuará a travestir-se de esquerda, para dar corpo às políticas da nova direita, as “vozes do dono” continuarão a lançar mão de todas as armas de arremesso, utilizando as tácticas do populismo que o ministro SS tão diligentemente lhes indicou on-line.
Vejamos então alguns breves exemplos:
Tomás Vasques, no “Hoje há conquilhas” usa a demagogia infrene, a exploração das emoções, o primarismo ideológico e o piscar o olho aos ressabiados dos vários quadrantes, quando ridiculariza a luta de 130 mil professores a propósito do Natal;
Paulo Ferreira, no “Câmara dos Comuns”, não olha a meios para atacar os adversários e procura sistematicamente feri-los na sua honra e dignidade, usando de demagogia infrene, exploração das emoções, primarismo ideológico ao transformar o porta-voz da plataforma sindical e líder da Fenprof num indivíduo abjecto e promotor de desordens. Confundir ovos e ministra, com pistolas e brincadeiras na sala de aula é além de tudo um exemplo acabado da demagogia infrene dos pêéssianos de serviço;
Vital Moreira, na sua “Causa Nossa”, usa exactamente a mesma receita, ao não olhar a meios para atacar os adversários e procurar sistematicamente feri-los na sua honra e dignidade, usando de demagogia infrene, exploração das emoções, primarismo ideológico quando insinua que 130 mil professores fizeram a maior greve de sempre apenas para defender os interesses dos sindicalistas.
Todos estes, e muitos mais, são gente perigosa para a democracia, pelo menos se tivermos como boa a afirmação de Augusto Santos Silva de que «há quem se renda ao populismo porque confia que lhe traz vantagens no imediato, mesmo sabendo que o preço a pagar será enorme, há quem se renda porque no fundo se revê nele, mas também há quem se renda porque desistiu de pensar e agir com responsabilidade. E quem se rende ao populismo não ama a democracia.»
Eu prefiro ignorá-los. Não perco tempo com eles. Estão ao serviço de um governo corrupto. Defendem os privilégios que o PS lhes dá pelo facto de ser o dono da maior parte dos bancos e das grandes empresas.