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Leitura importante
27 Sábado Dez 2008
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27 Sábado Dez 2008
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Ainda a propósito do discurso natalício do primeiro ministro, e da forma populista como o governo encara a sua relação com os portugueses, é curioso analisar Santos Silva à luz de Santos Silva.
Criticando a oposição, o ministro dos assuntos parlamentares SS afirmou que: “em contraste” com a mensagem “de confiança e esperança” de José Sócrates, “a generalidade dos partidos da oposição” optaram “por criticar, criticar, criticar”.
Usando a sua própria estratégia, o ministro SS não olha a meios para atacar os adversários e procura sistematicamente feri-los na sua honra e dignidade, ao mesmo tempo que se faz de vítima e pisca o olho aos ressabiados dos vários quadrantes.
Tudo isto é profundamente preocupante, porque podemos ver a aplicação prática da lição dada por Augusto Santos Silva, no blogue da Fundação Res Pública, que termina com a sentença: Quem se rende ao populismo não ama a democracia.
Concordarão os meus leitores que é muito perturbante saber que quem nos governa, afinal não ama a democracia e apenas faz dela um uso instrumental, ao serviço dos seus interesses populistas.
27 Sábado Dez 2008
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O regresso após a pausa natalícia é dedicado à leitura da mensagem do primeiro ministro Pinto de Sousa ao país, à luz dos ensinamentos que um dos seus ideólogos (o nosso estimado ministro SS) nos trouxe a propósito do populismo.
Procuremos então as ideias-chave populistas da mensagem, que já foi criticada por toda a oposição:
segundo Santos Silva, populismo quer dizer culto quase messiânico do líder e o que o primeiro ministro procurou foi apresentar-se como o salvador, o messias, que vai salvar os portugueses da crise internacional e das dificuldades de 2009;
ainda de acordo com SS, populismo é exibir a mania das grandezas, prometer “obra” e “animação”. É esconder o vazio com a paródia. Afirmar, como fez Pinto de Sousa, que ele e o seu governo criaram condições para baixar as taxas de juro é fazer dos portugueses estúpidos e desqualificados intelectualmente. Mas também corresponde a uma mania das grandezas e um autoritarismo que escondem uma enorme fragilidade de formação cívica e política. Já a afirmação de que este governo defendeu as poupanças ou aumentou os salários da função pública acima da inflação, só é enquadrável na categoria da paródia.
Daqui se conclui que, em matéria de populismo, ninguém consegue bater o actual governo, o que confirma o fundamento das nossas preocupações com a defesa da democracia, uma vez que é o próprio ministro Santos Silva que nos alerta que: Quem se rende ao populismo não ama a democracia