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Neste momento o governo liderado por Pinto de Sousa está disposto a “pôr a carne toda no assador” (para usar uma expressão muito utilizada por um conhecido treinador de futebol português).
No jogo sujo em defesa da sua dama – a redução de custos com pessoal através do modelo de classificação de serviço, que abusivamente baptizou de avaliação de desempenho – o governo está disposto a tudo. Até a queimar em definitivo um dos pseudo-sindicatos, que tem servido aos governos do PS e do PSD para impor os seus desejos.
Num passado não muito distante, era comum os governos terem sempre à mão um sindicalista, militante no partido que apoia o governo, que estivesse disponível para a farsa de uma assinatura que quebrasse a unidade dos professores e permitisse afirmar que havia acordo com “os sindicatos”.
A constituição da plataforma sindical docente e a unidade que tem sido possível, através da mobilização de toda a classe, colocou um novo problema ao governo – não ter disponível o “homem de mão” que fizesse o frete. Mas para Pinto de Sousa e seus acólitos há sempre uma esperança e, ao que noticia o seu jornal oficioso, acabaram por encontrar o seu rapaz. Resta saber por quantos dinheiros estará ele disposto a vender-se.
Pela parte dos professores já sabiamos que haveria sempre alguns fura-greves. Aliás, muitos deles puderam ser vistos ontem no largo do Rato, depois de se terem mostrado no Prós&Prós de segunda-feira.
Não será por causa disso que a nossa determinação esmorecerá, ou que a vitória fica mais difícil. Afinal de contas a Associação Sindical Pró-Ordem não terá, certamente, tantos sócios como alguns movimentos que ainda há poucos meses não existiam. E com Judas destes terá ainda menos apoiantes depois de dia 3.