(Re)Flexões

~ Defendendo a Cidadania

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Daily Archives: Outubro 26, 2008

Argumentação extremamente clara

26 Domingo Out 2008

Posted by fjsantos in associativismo

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luta política

Recebi, através da SaladosProfessores (fórum em que estou inscrito desde 2003), um texto que revela na perfeição a qualidade da argumentação pró 15 de Novembro e “anti-platafórmica”.

O texto é da autoria de alguém que não conheço e que está registado no fórum como “Só Rir“, mas que apesar de ter um nick pouco credível, coloca questões de extrema pertinência para quem precisa de decidir qual a posição a tomar nesta contenda (perfeitamente dispensável pelos professores) entre alguns professores internautas e a plataforma sindical.

«Aqui há uns dias questionei sobre os motivos para as escolhas das datas, principalmente da de dia 15, pois não conheço os motivos que levaram à escolah dessa data em particular. Sei que não sou o único com essa dúvida. Um colega enviou ao colega Ilídio Trindade, do MUP – Movimento Mobilização e Unidade dos Professores, um mail com as mesmas questões.
Foi este o mail:
“Caro Ilídio Trindade,
Relativamente à polémica sobre a manifestação do dia 08 de Novembro versus a manifestação do dia 15 de Novembro, gostaria de lhe perguntar quais são as razões suficientemente fortes para que haja uma manifestação no dia 15 de Novembro. Até agora, não vi no blogue do MUP essas razões. O que vejo é a afirmação de que a manifestação do dia 15 de Novembro já estava agendada antes de a plataforma sindical ter agendado a manifestação do dia 08 de Novembro. De facto, isso é verdade. Mas note-se que o processo de negociação sindical com o ME termina a 14 de Novembro. Então pergunto também o seguinte: será que uma manifestação no dia exactamente a seguir ao fim desse processo consegue pressionar o ME? Por outro lado, supondo que a manifestação a 15 de Novembro independe desse processo, porque motivo foi marcada exactamente para um dia depois do fim dele e não para uma outra altura? Desde já agradeço que me possa responder a essas interrogações e solicito-lhe que possa publicar no blogue do MUP (do qual é coordenador) esta mesma mensagem, a fim de estimular o debate. Tenho a certeza da sua democraticidade nesse sentido.”

A resposta foi a seguinte:
“Caro colega,
Como compreenderá, o tempo para responder ao seu e-mail é muito escasso.

No entanto, vou dar-lhe uma resposta breve, que espero exprima sucintamente o que penso.
A resposta à sua pergunta é simples: Milhares de professores (de Norte a Sul) nos têm feito chegar que APENAS virão no dia 15!
Que devemos fazer? Abandoná-los? Traí-los, como fizeram os sindicatos (é também a minha opinião)?
Ora, nós não estamos contra a manif de 8!!!! Lamentamos o facto de os sindicatos não se terem posto ao lado dos professores (não é de movimentos).
Portanto, que haja a manif de 8. Infelizmente (com mágoa o digo), não será uma manifestação como todos pretenderíamos.
Mais lhe digo: mesmo que os movimentos “desconvoquem” (entre aspas porque não convocaram – foram os professores!), no dia 15 virão muitos professores para Lisboa!
Em face do exposto, creio que compreenderá as razões por que nos JUNTÁMOS (e apenas isso) aos professores e estamos do lado deles!

Relativamente à publicação da sua mensagem no blogue, não o farei, não por uma questão de democraticidade, mas por uma questão de linha orientadora dos nossos “estatutos”. O blogue não é um blogue de discussão (embora ela possa existir e em breve colocaremos um fórum on-line), mas um blogue de um MOVIMENTO de professores. Nele cabem todos os professores, independentemente do que pensem, conquanto a sua acção seja em prol da unidade e mobilização dos professores para a defesa da suas causas e da causa da Educação. No entanto, a sua mensagem é uma mensagem desmobilizadora dos professores. Neste momento, o debate sobre este assunto não é o mais importante, nem se revela de grandes efeitos. Importa, sim, congregar sinergias para que OS PROFESSORES (repito, professores, não “movimentos” se façam ouvir. Os sindicatos têm a sua máquina bem oleada (e ainda bem) e têm andado a pressionar e a tentar demover os professores, no sentido de entrarem no seu “jogo”, quando os professores já lhes “disseram” que não estão a agir em função dos interesses da classe. Os professores não têm (ainda) máquinas! É essa a nossa função e o nosso compromisso para com milhares de professores, de Norte a Sul do País. Eu sou apenas um deles!
Os professores querem manifestar-se com ou sem sindicatos! E querem manifestar-se contra a política da educação . Os sindicatos não têm conseguido demover o ME… Então os professores vão à rua para dizer ao ME que SÃO OS PROFESSORES QUE EXIGEM!
Uma nota final: aconselho-o a revisitar o arquivo do blogue (é grande, embora tenha apenas pouco mais de meio ano!) e a verificar que colaborámos (colaboramos e continuaremos a colaborar) com os sindicatos sempre que estiverem DO LADO DOS PROFESSORES. Não admitimos que alguém tome as decisões que não são da nossa vontade (como aconteceu com o Memorando, etc.)
Um abraço solidário, na luta.
Ilídio Trindade”

Esta resposta levanta-me algumas questões, que coloco aqui pois o blog do MUP não o permite (“O blogue não é um blogue de discussão).

– Afirma que o colega Ilídio que o MUP é uma Movimento de professore onde “cabem todos os professores, independentemente do que pensem, conquanto a sua acção seja em prol da unidade e mobilização dos professores para a defesa da suas causas e da causa da Educação.” No entanto quando são feitas questões sobre os motivos do dia 15, essas questões são consideradas “uma mensagem desmobilizadora dos professores”, pois “Neste momento, o debate sobre este assunto não é o mais importante”. Não serão estas duas posíções contraditórias?

– Afirma “Os sindicatos têm a sua máquina bem oleada (e ainda bem) e têm andado a pressionar e a tentar demover os professores, no sentido de entrarem no seu “jogo”, quando os professores já lhes “disseram” que não estão a agir em função dos interesses da classe. Os professores não têm (ainda) máquinas!” e “Não admitimos que alguém tome as decisões que não são da nossa vontade”. No pós manifestações pretende o MUP reunir e negociar com o ME, em nome dos professores?»

A resposta que Ilídio Trindade deu ao colega que o interpelou a propósito da escolha de dia 15 acaba por confirmar tudo o que já referi sobre a impossibilidade de haver unidade entre movimentos e sindicatos:

Milhares de professores (de Norte a Sul) nos têm feito chegar que APENAS virão no dia 15!
Que devemos fazer? Abandoná-los? Traí-los, como fizeram os sindicatos (é também a minha opinião)?
Ora, nós não estamos contra a manif de 8!!!! Lamentamos o facto de os sindicatos não se terem posto ao lado dos professores (não é de movimentos).
Portanto, que haja a manif de 8. Infelizmente (com mágoa o digo), não será uma manifestação como todos pretenderíamos.
Mais lhe digo: mesmo que os movimentos “desconvoquem” (entre aspas porque não convocaram – foram os professores!), no dia 15 virão muitos professores para Lisboa!
Em face do exposto, creio que compreenderá as razões por que nos JUNTÁMOS (e apenas isso) aos professores e estamos do lado deles!

Como disse aqui e aqui, mesmo que quisessem voltar atrás, os professores que encabeçaram a contestação anti sindical (mesmo que de forma involuntária) não podem fazer outra coisa que não seja apelar à manifestação de dia 15, sob pena de serem tão ou mais traidores do que os dirigentes sindicais que anatemizaram.

Como escolher em que data deve protestar contra Maria de Lurdes Rodrigues

26 Domingo Out 2008

Posted by fjsantos in cidadania

≈ 9 comentários

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clareza de intenções

 

Nos últimos dias começa a ficar claro que ninguém vai desmarcar as manifestações de dia 8 e de dia 15, contra as políticas educativas neo-liberais do governo PS.

Assim sendo, uma vez que serão poucos os que terão condições para estar presentes nas duas, convém estabelecer um critério que permita seleccionar a manifestação que se adequa melhor aos objectivos de cada professor. A partir dessa definição, cada um terá que assumir as suas responsabilidades e, no final, fazer uma avaliação ponderada e criteriosa dos ganhos e perdas obtidas.

É tendo em atenção a necessidade de definir os objectivos de cada professor que proponho estas duas hipóteses de reflexão:

Se deseja ser representado por uma estrutura forte, experimentada, com um passado de luta que se traduziu em algumas derrotas, mas também em muitas e significativas conquistas para a escola pública e para os professores; se quer que os seus representantes legais cheguem à mesa de negociações com força e poder para forçar as alterações que são fundamentais para que a escola e os professores cumpram a sua missão, então a manifestação em que tem que estar presente é no dia 8 de Novembro, e tem que chegar a tempo de participar no plenário que antecede a marcha até ao ministério.

Mas, se prefere ser representado por quem não sabe muito bem quem é, se acha que mais importante do que vergar o ministério é “dar uma lição aos dirigentes sindicais”, se está convicto de que é preferível aguentar as “neo-liberalidades do bloco central e da comunidade europeia, do que sujeitar-se a apoiar “comunistas perigosos e interesseiros”, então o seu lugar é sem dúvida na manifestação de dia 15, até à Assembleia da República.

Por mim, o meu adversário é o ministério da educação e o governo socialista que aplica medidas neo-liberais, que visam destruir a escola pública democrática e para tod@s. Por isso vou participar no plenário e na manifestação do dia 8 de Novembro!

O impasse das datas

26 Domingo Out 2008

Posted by fjsantos in cooperação

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poder efémero

“Ó glória de mandar! Ó vã cobiça

Desta vaidade, a quem chamamos Fama!

Ó fraudulento gosto, que se atiça

C’um a aura popular, que honra se chama!

Que castigo tamanho e que justiça

Fazes no peito vão que muito te ama!

Que mortes, que perigos, que tormentas,

Que crueldades neles experimentas!

Vou continuar à espera de dia 29, mas o meu cepticismo aumenta

26 Domingo Out 2008

Posted by fjsantos in associativismo, cidadania, comunicação

≈ 8 comentários

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luta política, representatividade

No dia 21 escrevi uma entrada neste blogue em que tentava explicar porque motivo haverá duas manifestações de professores a 8 e a 15 de Novembro.

Alguns colegas, com quem mantenho um contacto mais regular, acharam que estava a ser demasiado pessimista e, sobretudo, que não detinha a informação suficiente sobre o assunto, até por desconhecer os esforços que estavam a ser feitos, para criar as condições geradoras da unidade.

Dois dias depois recebi, primeiro por email e depois em telefonema atencioso do Ricardo Silva, a informação que está disponível aqui.

Achei que era uma iniciativa com algum mérito, mas não fiquei particularmente convencido da sua eficácia, até porque os pressupostos em que assenta a minha análise continuaram e continuam válidos:

«Do lado da plataforma o equilibrio para manter a unidade sobrepõe-se ao eventual desejo que alguém tivesse de recuar… Do lado dos movimentos, mesmo que houvesse um genuíno desejo dos dirigentes da Apede, do Mup e do ProMova se entenderem com a plataforma, no dia em que isso acontecesse passariam a ter o mesmo tratamento de traidores por parte dos seus apoiantes blogosféricos . Por isso nada podem fazer também no sentido de promover a unidade necessária.» – foi o que escrevi na altura e que continuo a pensar.

Passados mais alguns dias o meu cepticismo só tem razão para aumentar. Ainda ontem de manhã, ao ler a entrada «Publicada por ILÍDIO TRINDADE em 3:54:00», uma sensação de que já tinha visto o filme todo me assaltou.

De facto, bastou esperar mais algumas horas e a previsão (se fosse tão fácil acertar no €milhões, não estaria aqui a escrever este post) começou a concretizar-se.

Os termos em que estão redigidos, tanto este comunicado, como este outro, não parecem ser de molde a serenar os ânimos, como se pode constatar pelas leitura dos comentários que estão disponíveis aqui e aqui.

Se a tudo isto juntarmos mais isto, então o quadro parece ficar completo, e os professores terão que escolher claramente se querem ter como interlocutores do ministério a Plataforma Sindical (de quem todos conhecemos as virtudes e os defeitos), ou se preferem ser representados por algo de inorgânico, que embora aparentemente surja com imenso dinamismo, apresenta um grau de fluídez que impede a responsabilização individual por actos eventualmente lesivos da classe.

Seja como for, este primeiro round já tem vencedor assegurado – o governo e os inefáveis inquilinos da 5 de Outubro.

Correio Electrónico!

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