Etiquetas
Acabei de ler um texto de um delegado sindical do SPGL – Jaime Pinho – no Umbigo do Paulo. Porque me parece que o texto faz uma generalização que, na minha modesta opinião, é abusiva, sinto-me obrigado a declarar o seguinte:
Sou autor de um blogue cuja principal preocupação se centra em temas educativos, da escola pública e das políticas públicas de educação.
Não me sinto minimamente excluído da participação na manifestação do dia 8 de Novembro, pelo que me parece abusivo fazer essa associação espúria entre bloguers e excluídos pela plataforma.
Apesar de não ser sindicalizado há muitos anos, não me excluo da reflexão e do debate em torno dos problemas profissionais.
Nunca fui impedido de participar em nenhuma reunião que tenha sido convocada por algum sindicato, nas escolas em que leccionei. A decisão de participar ou não foi sempre minha, sabendo que todas as convocatórias para reuniões sindicais, manifestações e greves abrangem (legalmente) todos os professores, independentemente da sua relação com o sindicato convocante.
Ao longo de 30 anos de trabalho docente participei em muitas dessas iniciativas, sempre na qualidade de professor e nunca tendo que mostrar o cartão de sócio. Também não estive presente em muitas outras, porque não quis estar.
A minha actividade, enquanto bloguer, não está condicionada pela circunstância de apoiar nenhuma organização (sindicato ou movimento autónomo). Esta foi e é a forma de participação que escolhi, em função da liberdade de que não estou disposto a abdicar.
Todos os professores têm o mesmo direito a escolher – intervir no espaço de uma organização que tem regras de funcionamento, ou actuar como uma espécie de free-lancer. Cada espaço de intervenção implica deveres e direitos diferentes. E o exercício dos direitos deve estar intimamente ligado ao cumprimento dos deveres.
O que me parece de grande desonestinade é pretender usufruir dos direitos sem ter que cumprir os deveres. É isso que diariamente procuro ensinar aos meus alunos e é isso que exijo aos adultos com quem me relaciono.
O que, levado às últimas consequências, significa que quem quer determinar a orientação das organizações sindicais, a primeira coisa que tem que fazer é sindicalizar-se e não editar um blogue. Pelo contrário, quem apenas quer participar no debate, pode perfeitamente ficar-se pelo exercício da palavra.
Francisco Santos
A luz não nasce da discussão sem que seja adicionado outro ingrediente: a vontade de ver. Quando esta última falha, o resultado é a dificuldade em distinguir nitidamente os responsáveis pelas situações e o verbo fácil que indicia a falta de confiança na vitória contra um exército que ainda não apresentou as suas brechas.
Valerá a pena continuar a dar para este peditório?
Um abraço
Retirou o Sun Tzu porquê?
Retirou o Sun Tzu porquê?
E vem aqui apregoar moral…?
C Félix F.
CFF
O pior cego é o que não quer ver.
Procure e encontrará a luz… só que tem que se esforçar, meu caro.
Afinal, quem sou eu para “retirar Sun Tzu” 🙂
Caro colega Jaime Pinho,
A sua carta (de 23 de Outubro, hoje) que, em baixo, volto a remeter para distanciada releitura, parece-me muito bem!
Pelo que li, julgo que se revê neste artigo: Sindicalistas: não compreender a vida nas escolas. In: http://educar.wordpress.com/page/3/ (post de 19 Out. 08)
Depois do que escreveu, como sindicalista no activo, só tem uma coisa a fazer: demitir-se. Entregue o seu cartão.
Cumprimentos e votos de boa luta.
Encontramo-nos dia 15?
Carlos Félix Fernandes
carlosjfelixf@gmail.com (criei este mail novo, para sindicalistas descontentes… que sentem, por algumas razões, que defraudaram os colegas). “Felizmente há blogues”… e caixotes do lixo.
Também li e fiquei com uma dúvida, será que Jaime Pinho colocou as suas inquietações ao SPGL e não foi ouvido, ou foi mal recebido, ou…??? É que de outro modo não consigo perceber esta sua posição, ou melhor, talvez até consiga imaginar…