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09 Quinta-feira Out 2008

Posted by fjsantos in avaliação

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…mas só para os iniciados!!!

 

Aplicação informática

A armadilha do “mérito”

09 Quinta-feira Out 2008

Posted by fjsantos in avaliação, escola pública

≈ 3 comentários

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meritocracia

O discurso neo-liberal conseguiu introduzir na escola uma visão do “mérito” como categoria absoluta, a partir da qual se podem e devem tomar todas as decisões, que têm repercussões definitivas na vida dos alunos e dos professores.

Não foi tarefa muito difícil, até porque a maior parte dos professores embarcou neste discurso. Simultaneamente, o termo “mérito” contém em si a ambiguidade suficiente para se tornar apelativo para quase toda a gente.

Isso acontece porque a generalidade dos cidadãos tem de si própria uma imagem suficientemente positiva, permitindo a cada um considerar que tem mérito em todas (ou pelo menos quase todas) as suas realizações. Dessa forma, em abstracto, toda a gente concorda com o uso do “mérito” como forma de distinguir e seriar as pessoas, nas mais diversas actividades.

O problema reside no facto de ter que se aplicar o “mérito” à seriação e distinção relativa entre pessoas, isto é, ao facto de se usar o “mérito” para comparar os resultados produzidos (resultados finais), fazendo tábua rasa do ponto de partida de cada um e desprezando o respectivo percurso e o processo que determinou esse percurso.

Vem tudo isto a propósito do que vou lendo e ouvindo, da parte de muitos professores, a propósito das comparações entre o modelo de Classificação de Serviço posto em prática pelo ME e a proposta de modelo de Avaliação de Desempenho que a Fenprof colocou à discussão nas escolas.

Na maior parte das discussões, como aqui ou aqui, as intervenções centram-se em torno das menções classificativas ou da representatividade sindical, parecendo haver pouca preocupação com a vertente de melhoria dos processos organizacionais, que uma avaliação (auto e hetero) séria pode e deve induzir.

De caminho esquece-se que o termo “mérito” tem significados diversos, de acordo com os “óculos” de quem o pronuncia.

Imaginemos um professor de Português que tenha uma turma num ano terminal de ciclo (com exame final). Realiza um trabalho sério, planifica esse trabalho criteriosamente, produz materiais interessantes e apelativos para os alunos que partilha com os colegas de departamento e, ainda assim, consegue cumprir todo o programa. Penso poder dizer-se que este professor tem “mérito” no seu trabalho. No entanto, para grande desgosto seu, 20% dos seus alunos reprovam no exame.

Imaginemos agora um colega deste professor que tem também uma turma de português no mesmo ano terminal de ciclo. Este colega cumpre o programa e não falta às aulas, mas limita-se a seguir o manual “à la carte”. No entanto, ao contrário do sucedido na outra turma, aqui todos os alunos têm aprovação no exame.

Imaginemo-nos na pele do director desta escola, tendo que atribuir menções classificativas que premiassem o mérito relativo entre os dois professores? A quem atribuir a menção mais elevada?

E quanto aos alunos? O que dizer dos alunos de ambas as turmas? Terão os da segunda turma mais “mérito” ou menos “mérito” do que os seus colegas da outra turma que reprovaram no exame?

E se entretanto descobrirmos que os 20% de alunos que reprovaram vão para casa onde estão sozinhos, sem ter qualquer apoio académico, enquanto que os alunos da segunda turma têm todos explicador de português? Tal facto implicará ou não uma reapreciação do “mérito” de ambos os professores? E dos alunos?

A escola e a educação não podem confundir-se com as actividades empresariais. Nem os professores são operários numa linha de montagem ou vendedores que perseguem objectivos de facturação, nem as escolas são fábricas de encher chouriços ou stands de vendas para escoar mercadorias. Assim sendo, é fundamental clarificar este conceito de “mérito”, não tratando de forma igual o que é diverso.

Desapareçam

09 Quinta-feira Out 2008

Posted by fjsantos in Não classificado

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luta política

Beatles – Um filme inédito – Get Back:

Dizem que a letra dessa música, que manda alguém voltar para o lugar de onde veio, foi escrita pelo Paul McCartney em ‘homenagem’ à Yoko Ono.

Por mim prefiro dedicá-la a um trio bem conhecido dos professores e ao respectivo patrono. Que tal cantá-la quando voltarmos à rua, seja já em 15 de Novembro, seja em qualquer outra ocasião até às eleições de 2009?

Correio Electrónico!

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