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No post anterior declarei a minha concordância com o ponto de vista expresso pelo Miguel Pinto, que de resto também foi apoiado pelo Ramiro Marques.
No essencial, o que para mim está em jogo é a necessidade de parar com guerrilhas entre professores e, sobretudo, não exacerbar um sentimento anti-sindical entre as pessoas que mais se interessam e mais dispostas estão a lutar contra as políticas neo-liberais do governo PS.
Nesta fase em que se inicia um ano lectivo decisivo, a pouco mais de doze meses de eleições, cada munição tem que ser gasta contra o governo de Pinto de Sousa e cada tiro ao lado deste alvo vai fazer ricochete nos professores. Nos que já estão na carreira e nos que Maria de Lurdes Rodrigues e o seu patrão querem manter como mão de obra barata para substituir os que se vão reformar.
Nesse sentido parece-me que, além de irrelevante, é extremamente prejudicial para a luta dos professores estar a fazer contas aos destacamentos sindicais, às ambições políticas dos dirigentes, ou ao lugar que cada um virá a ocupar depois de 2009.
É que se não formos capazes de formar um bloco firme e unido com todos os professores (sindicalizados, não sindicalizados, editores ou simples leitores de blogues), depois de 2009 continuaremos todos onde estamos agora, chorando sobre o leite derramado e vendo Pinto de Sousa, Lurdes Rodrigues, Jorge Pedreira, Valter Lemos e toda a corte de adesivos a massacrarem os professores e a terminarem de liquidar a Escola Pública de Qualidade para Todos e para Todas.
Deixemo-nos de estar sempre a olhar para o que pensamos que o vizinho quer fazer. Deixemo-nos deste espírito mesquinho de fazer juízos de intenção sobre o colega e companheiro, que quer estar ombro a ombro nesta luta. Deixemos para depois do derrube de Pinto de Sousa e das suas políticas a discussão sobre o que queremos e como queremos que sejam os nossos sindicatos, ou uma eventual ordem.
Porque como diz a sabedoria popular, «em tempo de guerra não se limpam armas»