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Num grupo de discussão no google, animado por professores preocupados com a defesa da Escola Pública, estabeleceu-se uma discussão a propósito deste texto.

Com a devida autorização do seu autor, reproduzo uma parte dessa discussão:

Olá Fernando,
Quando dizes:
«Este é um texto com o qual não concordo em absoluto pq faz depender a luta dos professores de recuos impensáveis e de entendimentos que nada acrescentam.»

…esqueces-te que a nossa ingenuidade foi muito grande, pois não soubemos, não fomos capazes de uma plataforma mínima no dia 8 de Março, após a manif.
Nós, no Ateneu, nesse fatídico dia, pessoas que tentaram congregar os movimentos, não tivemos o sentido estratégico do momento, não sacrificámos uma série de coisas acessórias, mesmo que legítimas, à construção da uma unidade na luta.
O que restava depois disso?
Umas manifs convocadas por sms?
Houve boa gente que o fez, mas isso não teve o efeito de manter a luta acesa ao mesmo nível de antes.
Serei o mais crítico possível dos sindicatos que temos. Mas serei igualmente crítico em relação às veleidades de protagonismo de alguns, que se souberam «estribar» dos movimentos de base, para pavonearem o seu ego.

quanto ao futuro imediato:

As manifs das 2ªfeiras são um enorme disparate, porque um meio de perdermos força com a convicção de que estamos a lutar. Muito mau, mesmo.

Eu não concordo com esta pseudo- estratégia de luta!
Porquê?
Porque é muito melhor e tem efeitos duradoiros fazermos reuniões dentro das escolas!!!
Digo e direi sempre o mesmo!
Em vez da rua, as pessoas devem apropriar-se do espaço das suas escolas, com a noção de que é aí, precisamente, que devem ser discutidas todas as questões, não em reuniões espartilhadas pelos vínculos intitucionais, mas livres, com democracia de base, com participação democrática!
Porque é que não fazemos isto?
Isto é que seria um real perigo para o poder… só isso é que eles temem verdadeiramente.
O poder dos trabalhadores organizados no seu local de trabalho.

Solidariedade,
Manuel Baptista