(Re)Flexões

~ Defendendo a Cidadania

(Re)Flexões

Daily Archives: Março 16, 2008

APEDE

16 Domingo Mar 2008

Posted by fjsantos in associação de professores, associativismo

≈ 1 Comentário

O site da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino já está online.

Ainda não tem todas as funcionalidades operacionais, mas já é possível aceder à ficha de inscrição, ao contacto directo com a associação e a textos produzidos por alguns dos seus membros.

Brevemente ficará disponível, para os sócios e membros registados, um fórum através do qual os professores poderão participar no debate dos temas que mais nos preocupam, em especial os que se prendem com a legislação produzida por este governo, a saber: ECD, Ensino Especial, Avaliação de Professores e Gestão Escolar.

Carta a um amigo

16 Domingo Mar 2008

Posted by fjsantos in ambiguidade, cidadania, demagogia

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Recebi um email de um amigo em que este, respondendo a uma mensagem sobre o texto inqualificável que Emídio Rangel escreveu no CM de dia 8, acabava por reproduzir muitos dos “slogans” com que a máquina de propaganda governamental vai abastecendo os mídia, nesta guerra aberta de que os professores são vítimas:
«O PCP tem-se dedicado, de há muito, a destruir alegremente o sistema educativo deste país e os professosres, aqueles seres, que no nosso tempo, eram tidos como uma espécie de missionários, dedicados ao nobre mister do ensino, ou se foram integrando no esquema para não serem cilindrados pelo sistema ou, pura e simplesmente, se foram embora. Por facilitismo ou comodidade, a “maioria silenciosa” foi-se calando . . .

Ao Ministerio, há muito tempo, que nada mais interessa que enviar gráficos para Bruxelas, para justificar os balurdios que se vão por aqui espatifando, em proveito de alguns, quase sempre os mesmos.

A qualidade do ensino há muito que se vem degradando e os professores que agora foram para a rua, de forma quase corporativa, por comodismo ou facilitismo ou sei lá porquê, estiveram a ver passar os comboios, ou mais concretamente, a assitir ao nivelar por baixo a qualidade do ensino.

A democracia alimenta-se de gente, autonoma e capaz de raciocinar e historicamente, não é gente dessa que interessa ao PC seja lá ele de onde for!

E assim, todos assistimos aos desvarios dos sindicatos que, desde a abrilada, campeiam no ME ou, dos muitos nomes que este ministério (ou será misterio), tem usado com as mais desvairadas “reformas”!

E a que tem levado essas reformas?

Melhorou a qualidade do ensino?

Prepara os alunos para a vida em sociedade ou laboral?

Apanho por tabela esta vaga, que chega ao mercado de trabalho sem preparação e muito menos, hábitos de vida em sociedade organizada.

Acabaram com os exames porque era elitismo . . . e a que leva isto? Ao facilitismo puro e simples.

Para seres dótor ou inginheiro, basta andares por ali . . . e se faltares muito, o prof é que tem que explicar porque é que não vais às aulas.

Uma vez que este meu amigo, apesar de ser uma pessoa inteligente, sensata e ponderada, também embarca na propaganda, resolvi elucidá-lo sobre a injustiça que está a cometer:
A,
Conhecendo-te como uma pessoa sensata e ponderada, tenho que te dizer o quanto lamento profundamente que venhas juntar-te a um treinador de bancada como o Rangel, para fazer coro contra os professores e defenderes os autores dos males que apontas ao ensino.
Não te vou pedir para usares um pouco do teu tempo a ler o muito que muitos professores e investigadores têm escrito, sobre os disparates cometidos pelos sucessivos ministros (julgo que 26, desde 1974).
Peço-te é para que, quando resolveres tomar partido, comeces por perguntar a quem sabe e não te ficares pelo «ouvi dizer que». Tenho-te em melhor consideração e não sou capaz de te imaginar leviano ao ponto de não perceberes que o teu texto é, ele mesmo, uma contradição pegada.
Tudo em nome de um medo e um combate estupidificante ao PCP.
Será que és capaz de mencionar o nome do último ministro, secretário de estado ou director geral do ministério da educação filiado no PCP? Ou estás a chamar lacaios do PCP às dezenas de membros do PS, do PSD e do CDS que pululam e se vão substituindo uns aos outros nos corredores da 5 de Outubro e da 24 de Julho?
Por outro lado, se reconheces que ao ministério o que interessa são as estatísticas, como é que culpas os professores por obedecerem à hierarquia? A menos que aches que os professores desobedecem e nesse caso não trabalham para a estatística, mas sim para que os padrões de qualidade se mantenham altos. Será que não percebes a contradição dos termos em que colocas as coisas?
Sobre exames, certificação e avaliação promotora de aprendizagens não te falo agora aqui, pois a mensagem ficaria demasiado longa. Direi apenas que não são os exames que tornam o ensino elitista, porque exames há-os para todos os gostos. Os exames de condução permitem a obtenção da carta até a analfabetos funcionais.
O que determina o elitismo do ensino é a possibilidade ou não de acesso ao ensino para alguns ou para todos. Um ensino é elitista quando exclui do acesso ao saber muitos, para preservar o valor do diploma de alguns.
É com a contradição entre o valor do diploma e a necessidade de educar e instruir todos que a sociedade se tem de confrontar. Se quiser resolver essa contradição terá que acolher o saber dos professores, ou então continuaremos no disparate dos últimos anos, que culminou na propaganda barata de Pinto de Sousa e que gente sensata como tu vai engolindo acriticamente.
Um abraço,
Francisco Santos

Os equívocos com que Pinto de Sousa quer obrigar o país a acreditar nele

16 Domingo Mar 2008

Posted by fjsantos in autonomia, avaliação das escolas, economicismo, educação

≈ 2 comentários

No comício de desagravo a MLR e de combate à manifestção de 100 mil professores, realizada uma semana antes em Lisboa, Jorge Coelho afirmou:

Do êxito da reforma da Educação depende o futuro de Portugal. Portugal precisa de uma educação e escolas melhores e de uma reforma a sério como a que está a ser feita.

Este tipo de discurso, se fosse feito para brasileiros, seria classificado de discurso para boi que dorme. Entre nós entusiasma gente pouco informada e que tem da política partidária uma noção muito próxima da que têm os membros das claques desportivas quando está em jogo um Benfica – Porto.

Na verdade a primeira parte da afirmação de Jorge Coelho, que no essencial resume o discurso de Pinto de Sousa, é uma evidência “lapalissiana” com que toda a gente concorda.

Portugal precisa efectivamente de uma Educação melhor, que garanta que todas as crianças e jovens adquiram competências e conhecimentos que lhes permitam ser cidadãos de pleno direito, numa cidadania à escala global. Os portugueses não estão condenados a ser os serventes e os operários, pouco ou muito qualificados, ao serviço dos restantes europeus. Só que isso impõe que a certificação que é dada pela escola corresponda efectivamente a uma aprendizagem de competências e conhecimentos, a qual não se compadece com passagens administrativas, inflação de classificações ou atribuição de diplomas com pouco ou nenhum critério.

Para atinjir tal desiderato, é forçoso que Portugal tenha melhores escolas e aí voltamos a estar de acordo. Onde o acordo desaparece é no conceito do que é uma escola boa.

Para Jorge Coelho e para os seus apaniguados, uma vez que acham que esta reforma é A Reforma imprescindível, uma escola boa é uma escola com um director que obedeça às ordens do director regional de educação e através deste às ordens da ministra (o tal líder forte que lhes falta). É também uma escola em que as taxas de transição devem caminhar para os 100%, independentemente de as aprendizagens dos alunos não corresponderem a esse sucesso. Cada ano a mais que um aluno esteja no sistema representa um acréscimo de custos para o orçamento do ministério e, por consequência, para o OGE.

Quanto à qualidade das instalações e equipamentos escolares, do espaço e do mobiliário das salas de aula, ou do número de salas, oficinas e laboratórios que cada escola possui, já se trata de assuntos de menor relevância. Para Jorge Coelho e para o seu amigo Pinto de Sousa competirá a cada escola encontrar os meios financeiros para se equipar, num quadro de mercantilização do serviço educativo e de dependência face aos mecenas que possam existir na comunidade.

É verdade que muita coisa tem que mudar na Educação em Portugal. Só que, ao contrário do que afirmou ontem Jorge Coelho no comício do desagravo à ministra da Educação, ou que Pinto de Sousa vem afirmando desde à três anos, a mudança não passa por esta reforma. Ela começará a realizar-se através do cumprimento da LBSE e passará pelo aperfeiçoamento da legislação que estava em vigor quando esta equipa da educação entrou como um bulldozer pelas escolas adentro.

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