
A propósito da manifestação de professores deste dia 15, que está a ser convocada, por sms e nalguma blogosfera, para junto do Pavilhão do Académico no Porto, a comissão instaladora da Associação de Professores e Educadores (APEDE) toma a seguinte posição:
- Sem ser nossa pretensão desmobilizar os professores, frisamos que, neste momento e após a manifestação histórica do dia 8, atingimos o patamar maior no que respeita a iniciativas de rua, sendo agora necessário passarmos a outro tipo de acção, menos espectacular mas mais exigente.
- O que, doravante, se impõe aos professores é organizar a resistência no interior das escolas, pressionando os órgãos de gestão e os conselhos pedagógicos para que não prossigam com o processo da avaliação de desempenho, tendo em consideração os efeitos suspensivos das providências cautelares interpostas pelos sindicatos e aceites pelos tribunais.
- Manifestações convocadas por sms, espontâneas e não autorizadas pelo Governo Civil, podem ser uma demonstração genuína da indignação dos docentes deste país. Mas também podem escapar facilmente ao controlo de quem começou por lhes dar corpo.
- Neste momento, já circulam mensagens que levantam a hipótese de, numa manifestação com a natureza referida atrás, se poderem infiltrar agentes provocadores cujo comportamento servirá para denegrir a imagem dos professores, contribuindo para que os responsáveis do Partido Socialista se vitimizem na praça pública.
- Pelos motivos acima apontados, a APEDE declara nada ter que ver com a iniciativa dessa manifestação, ainda que compreenda o sentimento de revolta que tem levado muitos professores para a rua. Claro está que a APEDE não pode impedir que os seus associados integrem essa manifestação a título individual.
Comissão instaladora da APEDE