Escrito por José Luiz Sarmento, para ler aqui um texto de uma lucidez e de uma qualidade que rebenta com qualquer quota de “excelência”.
A opinião publicada e as “corporações”
09 Domingo Mar 2008
Posted bem público, ponderação, reflexão
in09 Domingo Mar 2008
Posted bem público, ponderação, reflexão
inEscrito por José Luiz Sarmento, para ler aqui um texto de uma lucidez e de uma qualidade que rebenta com qualquer quota de “excelência”.
09 Domingo Mar 2008
Posted "prec", "puxa-saquismo", acabar com o medo, autoritarismo
inO sr. Emídio Rangel, como de resto um grande número de “jornalistas séniores” deste país, é uma criatura com enorme argúcia para criticar quem se opõe aos poderes instalados e para manter uma protecção encapotada a esses mesmos poderes.
De um modo geral, quando lemos ou ouvimos a maior parte dos comentadores encartados do país, verdadeira corporação em que se misturam alguns jornalistas, alguns políticos e um ou outro amigo proveniente da academia, ficamos a saber que o país está de rastos, tudo funciona mal, mas a culpa é sempre de terceiros. Umas vezes incertos, outras perfeitamente identificados, mas o que interessa relevar é que eles, os opinantes, são sempre seres superiores e nada têm a ver com o que criticam.
Tomam os portugueses por tolos e pensam que não nos lembramos que estes senhores opinadores andam, atentos e venerandos, a emitir as mesmas opiniões e a partilhar as migalhas do poder há décadas.
Tudo isto vem a propósito da escrita de pasquim que o sr. Emídio Rangel assinou no Correio da Manhã de ontem. Trata-se de uma peça de antologia sobre o ódio em geral e sobre o ódio e o fel destilado sobre uma classe profissional a que o sr. Emídio Rangel episodicamente pertenceu, muito embora eu não saiba quem lhe reconheceu os méritos pedagógico-didácticos para o fazer.
Se os professores fossem gente como a espécie de caricatura que o sr. Emídio Rangel desenha na sua croniqueta, por certo o sujeito passaria a evitar as imediações de qualquer estabelecimento de ensino, ou passaria a ter que andar de guarda-costas, não fosse algum “hooligan licenciado” passar-lhe a mão pelo lombo. Como somos gente muito superior aos pobres coitados, nostálgicos do Estado Novo e dos privilégios coloniais que esse regime lhes permitiu, demos-lhe a resposta clara e inequívoca com a maior manifestação de que há memória desde o verão quente de 75.
A última grande manifestação que me lembro de ter sido convocada para o Terreiro do Paço foi com Pinheiro da Azevedo a serenar a multidão: «É só fumaça, é só fumaça!» A frase neste caso serve às mil maravilhas para expressar o pensamento do sr. Emídio Rangel – aquela cabeça não consegue produzir mais do que fumaça e mesmo assim o cérebro fica logo em sobre-aquecimento.
09 Domingo Mar 2008
Ontem aconteceu a festa da democracia com 100 mil professores nas ruas da capital e o país a assistir, nuns casos estupefacto e aterrorizado, noutros contente porque começa a ver a luz ao fundo do túnel e a acreditar que é possível remover “Pinto de Sousa e sus muchachos” do poder.
No entanto, amanhã é dia de trabalho e os professores mostrarão nas suas escolas, frente a frente e olhos nos olhos com os seus alunos, que são profissionais responsáveis e dedicados à tarefa que lhes está cometida.
Mas também é dia de continuar a luta contra as políticas educativas erradas deste governo e contra o sitema “Português Suave” que está instalado em muitas escolas e que tem como principais mentores os seus PCE’s, PCP’s e PAE’s.
Como estratégias de luta, Ramiro Marques apresenta no seu blogue algumas dicas. Aqui atrever-me-ei a sugerir mais algumas, em que a ironia e a firmeza terão que andar de mãos dadas: